Autor: Hector Hammerly
No princípio… Deus” (Gênesis 1:1). Esse é o fundamento de meu ser, minha esperança e meu destino. Sem este firme fundamento de crença em Deus, a vida é vazia. Alguns acham difícil crer num Deus vivo e pessoal. Alguns acham estranho relacionar-se com Deus num nível profundo e significativo. Não eu. Para mim Deus é real, tão real como se poderia esperar — para guiar, corrigir e orientar na jornada da vida. Ao refletir sobre minha fé em Deus, posso pensar pelo menos em 10 razões para essa convicção.
1. Creio em Deus por causa da grande beleza que a maior parte da natureza ainda exibe. A beleza da natureza é desnecessária sob o ponto de vista evolucionista. A natureza fala de desígnio com um pendor para a beleza.
2. Creio em Deus por causa da ordem, complexidade e complementaridade da natureza. A maior parte das coisas na natureza opera num conjunto harmonioso e parece feita uma para a outra, como as peças de um gigantesco quebra-cabeça. Isso revela desígnio, e não ocorrência casual.
3. Creio em Deus por causa das numerosas maneiras pelas quais a ecologia, o ambiente, a posição e os movimentos de nosso planeta satisfazem as necessidades da vida na terra, dentro de limites estreitos. Isso, de novo, é muito mais provavelmente o resultado de desígnio e não de casualidade.
4. Creio em Deus por causa de pessoas como Albert Schweitzer, Madre Teresa e milhões de outros seres humanos dispostos a sacrificar-se. Vidas e impulsos altruísticos contradizem a “sobrevivência do mais forte” no cenário de unhas e dentes proposto pelos evolucionistas. O sacrifício próprio testifica da existência de uma Presença boa e amorosa no mundo e no universo, uma Presença que influencia muitos a serem amorosos e generosos, independentemente de seus próprios interesses. Não há vantagem evolucionária em agir assim.
5. Creio em Deus por causa dos bons traços de caráter que muitas pessoas ainda possuem, apesar de fortes influências negativas. Estou-me referindo a qualidades, tais como honestidade, generosidade, perdão, tolerância, equilíbrio, paciência, determinação, amor por aqueles que não são amoráveis, e assim por diante. Admiramos todas essas qualidades porque são, com efeito, qualidades divinas, exemplificadas por Deus. A maior parte delas é contrária ao princípio evolucionista, segundo o qual cão devora cão. Muitos incrédulos, naturalmente, têm caracteres excelentes; mas não é isso u’a manifestação não reconhecida da influência de Deus no mundo?
6. Creio em Deus porque muitas pessoas, inclusive eu, têm experimentado casos de proteção providencial contra perigos e têm tido a satisfação de ver suas vidas superarem todos os obstáculos, incluindo circunstâncias extremamente adversas. Deus, que criou as leis da natureza, não é escravo delas; Ele certamente pode abrir exceções. Denominamo-las “milagres”.
Creio que Deus está pronto para proteger, guiar e abençoar aqueles que nEle crêem e que estão dispostos a obedecer-Lhe. Naturalmente, há pessoas que se consideram demasiado sofisticadas e independentes para se submeterem a um Ser Supremo, e podem não aceitar o argumento. Mas ele não deixa de ser verdadeiro.
7. Creio em Deus porque dezenas de pesquisas científicas cuidadosas têm mostrado que os crentes devotos desfrutam numerosas vantagens sobre crentes nominais e sobre incrédulos. Os cristãos devotos são mais felizes, sadios, geralmente mais prósperos, vivem mais e evitam um número maior de patologias sociais do que os crentes nominais ou os incrédulos. Não creio em Deus para colher esses benefícios. Com ou sem esses benefícios, posso afirmar o efeito positivo da crença em Deus sobre minha vida, meus pensamentos e minhas ações.
8. Creio em Deus porque os efeitos destrutivos da impiedade sobre indivíduos e sociedades inteiras são tristemente evidentes. Esses efeitos incluem falta de propósito, decadência moral, crime, dependência de drogas e uma deterioração da sociedade em geral.
9. Creio em Deus porque a alternativa não leva ao que é bom e prazenteiro na vida humana. A razão independente não é confiável, e não se pode depender das mentes humanas mais brilhantes para produzir sistemas filosóficos construtivos. Platão, por exemplo, queria substituir a família pelo Estado! Entre os pensadores “iluminados”, filósofos recentes tais como Nietzsche propuseram um “super-homem” destituído de moralidade. O resultado foi o “desejo de poder” que se manifestou nos horrores do nazismo. Sartre e Heidegger promoveram o existencialismo, cuja posição ateísta só leva ao desespero e ausência de significado. Tudo isso mostra que o pensamento humano não orientado não merece confiança. Tem por vezes produzido as distorções mais devastadoras e os males mais terríveis — mesmo vindo de filósofos de grande reputação.
10. Creio em Deus Criador porque a teoria alternativa das origens — a evolução — está cheia de anomalias lógicas e lacunas de dados. Considere o seguinte:
Embora haja evidências de micro-evolução na natureza (mudanças que envolvem adaptação ao ambiente dentro da mesma espécie de organismos), não há evidência de que que os organismos, deixados sós, se tornam mais complexos e sofisticados. O oposto é que parece ser o caso. Até mesmo as mutações revertem a suas formas anteriores.
Não há evidência de que organismos de uma espécie possam tornar-se organismos de outra espécie — quer gradual, quer subitamente. Nenhum fóssil intermediário verdadeiro foi encontrado. Se a teoria da evolução fosse verdadeira, milhares de fósseis intermediários já teriam sido desenterrados. Ao contrário, o registro dos fósseis mostra espécies distintas com nenhum ou poucos assim-denominados intermediários.
Quanto ao “equilíbrio pontuado”, a hipótese de que mudanças rápidas ocorreram em lugares isolados e depois se espalharam não foi comprovada por nenhuma evidência, já que não se encontraram esses lugares. Soa mais como uma explicação fantasiosa por falta de evidência, do que alguma aplicação do método científico.
As extremas complexidades da célula, do cérebro humano, do DNA e mesmo do aminoácido mais simples, não poderiam ter surgido por acaso, mesmo em eras infindáveis. Esse “milagre do acaso” é pensamento positivo por parte daqueles que rejeitam a idéia de um desígnio inteligente. A probabilidade estatística de que tal coisa aconteça é tão pequena que se torna impossível para qualquer propósito prático. Mesmo com todo o tempo no universo, um vento forte soprando sobre um monte de sucata não poderia produzir um Boeing 747. Nem pode um cérebro humano ou o código genético simplesmente “aparecer” como resultado de forças naturais aleatórias.
Resumindo estes breves comentários sobre a teoria da evolução, parece natural que pessoas que não fecham a mente à existência de Deus achariam mais lógico crer num Planejador Inteligente do que numa teoria defeituosa. A crença em Deus não é um recurso de mentes ociosas. Depois de examinar as provas a favor e contrárias, é mais lógico ver uma Mente Inteligente operando no universo do que aceitar o castelo de cartas da evolução.
As dez razões acima parecem mais do que suficientes para nos levarem a aceitar a idéia de Desígnio Inteligente — e de um Planejador Inteligente e cheio de amor, isto é, Deus. Embora eu não possa provar que Deus existe, do exposto acima concluo que Ele precisa existir e, portanto, não devo resistir — ao Seu amor, direção e planos para minha vida.
* Hector Hammerly (Ph.D., Ohio State University) leciona Lingüística Aplicada na Simon Fraser University, Colúmbia Britânica, Canadá. Seu endereço: 2766 Daybreak Ave.; Port Coquitlam, BC; V3C2G1 Canadá.
Fonte: Diálogo Universitário
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