Deus e o gênero

Autor: John M. Frame

Atualmente algumas teologias têm focalizado sobre a conveniência de se usar uma linguagem feminina para Deus. O recente teólogo evangélico Paul K. Jewett fez esta central questão em seu God, Creation, and Revelation. Apesar de negar em seu prefácio que “tenha algum pensamento de acomodação da exposição da fé cristã ao cânons da modernidade,” às vezes, usa “ela” para Deus e concede muito espaço para a defesa de argumentos feministas. O livro She Who Is de Elizabeth Johnson é um amplo tratado acerca da doutrina de Deus, tem como sua tese principal a necessidade de se usar uma linguagem feminina (mais ou menos exclusivamente) com referência a Deus. Estes títulos são característicos de muitos.
Esta questão certamente não é a maior no que diz a respeito à própria Escritura, nem é a mais alta prioridade do presente volume. Mas, desde que a teologia é aplicação, e ela se torna importante para aplicarmos os princípios bíblicos aos interesses emitidos das pessoas contemporâneas. Certamente, há princípios bíblicos que são relevantes para esta questão.
Como Deus poderia se Fêmea? Podemos primeiramente esclarecer que esta questão envolve o uso da linguagem figurada. Ninguém argumentaria que Deus é literalmente macho ou fêmea, assim os cristãos em geral concordam que Deus é incorpóreo (como a Bíblia ensina). Elizabeth Johnson crê que Deus é físico num sentido panenteístico: o corpo de Deus é o mundo. Mas ela não baseia o seu argumento da feminilidade de Deus sobre as características físicas. Apesar da Escritura, às vezes, representar Deus antropomorficamente pelo uso de figuras de partes do corpo humano, estas partes não incluem os órgãos sexuais. Deste modo, a sexualidade não é parte das figuras visuais da Escritura. As afirmações que consideram as figuras femininas de Deus, portanto, são sutis. Elas fazem analogias entre a posição, o caráter, a personalidade e as ações de Deus, e que associamos com a mulher. A real natureza desta questão levanta problemas para o feminismo. Existem traços do caráter ou da personalidade que são característicos na mulher em algum grau? Às vezes, feministas dizem que não. Em sua concepção, toda característica humana e traços de personalidade são comuns tanto a homens como a mulheres, e pensar de outro modo é comprometer-se com estereótipos. Em outras circunstâncias, elas têm reconhecido que há diferenças (em menor grau), mas têm preferido dar maior honra àqueles traços associados com a mulher. Johnson e algumas outras feministas procuram ter ambos os conceitos. Ela insiste que nossa noção do feminino (logo, o Deus feminino) poderia incluir “intelectual, artístico,” e “liderança pública”, e igualmente “orgulho e ira”. Ela elogia a religião de Ishtar (no Antigo Testamento, Astarte ou Astoreth, a esposa de Baal, Jz 2:13; 10:6; 1 Sm 7:3-4; 12:10) ao encontrar em sua deusa “a fonte do poder e soberania divina personificada na forma feminina,” que promove guerra e exerce julgamentos. Sobre esta base, traços de masculinidade e feminilidade são essencialmente os mesmos. O que a sociedade necessita entender é que eles podem ser encontrados tanto nas mulheres como nos homens. Entretanto, esta ênfase conflita com o desagrado de Johnson pela noção de “ter o poder sobre”, o governo e submissão. Ela vê estas concepções como sendo tipicamente características masculinas que a teologia feminista poderia evitar descrever Deus. Porventura, o “ter o poder sobre” é um traço masculino que a teologia feminista poderia substituir em favor dos traços femininos? Ou ela é um traço que as feministas poderia admitir como sendo uma propriedade feminina e encontrar numa deidade feminina? Portanto, não está claro, que espécie de deus uma deidade feminina poderia ser. Poderia ela ser mais nutridora, bondosa, receptiva e afetuosa do que a deidade masculina da teologia patriarcal? Ou, ela seria tão poderosa, dominante e agressiva como qualquer homem, não obstante, de algum modo ainda ser feminina? Johnson usualmente parece favorecer a última alternativa, com alguma inconsistência, como temos visto. Mas, qual é a característica feminina acerca desta deidade? Se a sua feminilidade não é física, podemos julgar sua natureza somente pelos traços do caráter e personalidade. Mas acerca da descrição de Johnson, os traços da deusa são comuns a machos e fêmeas. Assim, é difícil discernir o que Johnson realmente entende ao afirmar quando diz que Deus é feminino.

Figuras Femininas de Deus na Escritura

Não poderíamos continuar sem antes verificar os dados bíblicos. Poderia ser acrescentado que, apesar de Deus ser o Criador, e por isso o modelo tanto para as virtudes “masculinas” e “femininas” (mas que estas sejam bem definidas), as figuras bíblicas de Deus como gênero, lhes é relevante, e que são predominantemente masculinas. Os pronomes e verbos que se referem a Deus são sempre masculinas na Escritura, e as figuras que usa para si (Senhor, Rei, Juiz, Pai, marido) são tipicamente masculinas. Todavia, há algumas figuras femininas de Deus na Bíblia. Em Deuteronômio 32:18, Deus, através de Moisés, repreende Israel, dizendo: Abandonaste a Rocha que te gerou; E te esqueceste do Deus que te deu o nascimento. Nesta figura, Deus usa tanto funções masculinas como femininas na origem de Israel. Em Números 11:12, Moisés frustrado com a murmuração dos israelitas, nega que não foi ele, mas Deus, quem havia concebido aquele povo e conduzido-os. Assim ele pergunta: “porque, Tu ordenas-me para conduzi-los em meus braços, como uma ama conduz uma criança?” Talvez o pensamento expresso em Deuteronômio 32:18 descansa nas palavras de Moisés: Deus concebeu Israel e lhe deu o nascimento, e assim Deus deveria ser sua ama. Estas duas passagens são mencionadas muitas vezes na literatura feminista, mas a figura feminina não é enfatizada. No contexto, nada mais é feito pelo fato de que Deus concede o nascimento ou pode ser uma ama. A figura aqui é menos impressionante do que de Gálatas 4:19, onde o apóstolo Paulo descreve a si mesmo como em dores de parto pela igreja, e em 1 Tessalonicenses 2:7, onde diz que ele e seus cooperadores foram “carinhosos entre vocês, como uma mãe acaricia aos seus pequeninos bebês.” Ninguém sugeriria com base nestas passagens que podemos concluir que Paulo era uma mulher. Nem que Números 11:12 e Deuteronômio 32:18 nos exigem repensar o gênero de Deus. Em Isaías 42:14, Deus declara um ameaçador julgamento: Por muito tempo me calei Estive em silêncio e me contive; Mas agora darei gritos como a parturiente, E ao mesmo tempo ofegarei, E estarei esbaforido. Escritoras feministas mencionam diversas vezes esta passagem apresentando-a como uma figura de Deus. A figura aqui certamente é feminina. Uma mãe ansiosa pode passar muitos meses em modesto silêncio, mas quando chega o seu tempo de dar a luz, ela gritará! Semelhantemente, Deus demora o seu julgamento, mas quando o tempo certo vem, ele certamente fará a sua presença conhecida. De fato, a Escritura menciona muitas vezes, o sofrimento do nascimento como uma figura da maldição de Deus (Gn 3:16) e, proverbialmente, o pior sofrimento imaginável. Assim, como uma metáfora, ela se aplica natural e freqüentemente tanto a homens como a mulheres. Salmo 48:4-6 diz: Por isso, eis que os reis se coligaram E juntos sumiram-se; Bastou-lhes vê-los, e se espantaram, Tomaram-se de assombro E fugiram apressados.
O terror ali os venceu, E sentiram dores como de parturiente. Os reis são homens, mas eles tremeram como uma mulher em momento de parto (cf. Is 13:8; 21:3; 26:17; Jr 4:31; 6:24; Mq 4:9). Enquanto a Escritura usa esta metáfora feminina para Deus, ela não nos dá mais coragem para pensar de Deus como fêmea, do que nos dá a pensar daqueles reis como mulheres. A figura feminina usada para Deus em Is 42:14-15 é comum na Escritura, e muitas vezes é usada para personagens masculinos. Em Lucas 15:8-10, Jesus nos conta uma parábola acerca de uma mulher que acende uma lâmpada, varre a casa, e procura cuidadosamente para encontrar uma moeda perdida. Quando ela a encontra, chama as suas amigas para junto regozijarem. Alguns crêem que a mulher representa Deus, talvez, especificamente Jesus, como faz o pastor e o pai nas outras duas parábolas em Lucas 15. Todavia, a parábola enfoca mais sobre a alegria dos amigos (i.e., os anjos, vs. 10) do que sobre o esforço doméstico. Em Mateus 23:37, Jesus compara a si mesmo a uma galinha que deseja ajuntar os seus pintinhos debaixo de suas asas. Esta é certamente uma metáfora feminina, mas certamente não é algo que leva em questão o gênero de Jesus. Além destas passagens específicas, há algumas idéias bíblicas mais latas em que alguns pressupõem um elemento feminino de alguma espécie em Deus. Uma é o uso de raham e splanchnizomai para compaixão divina, um uso que discuto brevemente numa nota de roda-pé anterior. Veja o capítulo 20 para maiores discussões. Outro é o uso da palavra Espírito (heb. Ruah, gr. Pneuma). Ruah é um substantivo feminino, e Gn 1:2 ilustra o Espírito “chocando” como uma ave mãe. A Escritura também representa o Espírito como o doador da vida (Sl 104:30), particularmente do novo nascimento (Jo 3:5-6). Não se pode, entretanto, deduzir muita coisa deste ponto gramatical. Substantivos femininos, necessariamente, não denotam personagens femininos, e o termo grego correspondente pneuma é neutro. Além do mais, “pairar” é também uma interpretação possível da palavra rahaf em Gênesis 1:2. E em João 3, a palavra traduzida “nascido” (gennao) pode significar “gerado” bem como “conduzido”, podendo se referir a função masculina de procriar. Todavia, a interpretação “conduzido” é preferível em João 3:5 por causa da resposta de Nicodemos no verso 4. Poderia concluir que é possível ser um conjunto de figuras femininas do Espírito na Escritura, mas que dificilmente sugeriria que o Espírito é um personagem feminino da Trindade. Se o grupo de figuras, como discutimos anteriormente, é insuficiente para justificar em falar-se da divina feminilidade, certamente que duas figuras não são suficientes para provar a feminilidade do Espírito. Outro conceito sob discussão é acerca da sabedoria (heb. Hokmah, gr. Sophia). Os termos, tanto no grego como no hebraico, são substantivos femininos, e em Provérbios, a sabedoria é personificada como uma mulher (7:4; 8:1-9:18). Sabedoria é uma figura divina em Provérbios 8:22-31, e o Novo Testamento identifica-a com Cristo (1 Co 1:24, 30; Cl 2:3; cf. Is 11:2; Jr 23:5), ela também é usada em relação ao termo Palavra (João 1:1-18). Igualmente, têm-se concluído que a segunda pessoa da Trindade é feminina. Contudo, este argumento é muito fraco. A primeira coisa a ser notada é que, Jesus é inquestionavelmente homem. Entretanto, a sugestão de que sabedoria requer uma personificação feminina é simplesmente errada. Pois a personificação da sabedoria em Provérbios possui perfeitamente uma óbvia razão para isto, que nada tem haver com um elemento de feminilidade na Divindade. Provérbios 1-9 apresenta ao leitor a figura de duas mulheres chamadas de “Senhora Sabedoria” e a “Senhora Loucura”. A Senhora Loucura é a prostituta que seduz um jovem para a imoralidade. A Senhora Sabedoria também chama aos homens da cidade (8:1-4), persuadindo-os a levar uma vida piedosa. A Sabedoria é uma senhora, não porque o escritor procurou afirmar um elemento de feminilidade na Divindade, mas simplesmente como um recurso literário apresentando como uma alternativa positiva para a prostituta. Minha conclusão destas referências bíblicas é que existem poucas figuras femininas de Deus na Escrituras, mas elas não sugerem nenhuma ambivalência sexual na natureza divina. Elas não justificam, nenhuma necessidade, do uso de “Mãe” ou pronomes femininos para Deus. Nem justifica a tentativa de reprimir o uso majoritário de figuras e pronomes masculinos em referência a Deus.A Importância Teológica da Figura Masculina Mas a feminista poderia replicar aqui que desde que Deus não é literalmente macho, e a Escritura contêm algumas figuras femininas assim como figuras masculinas, seria aceitável falar livremente de Deus tanto em termos masculinos como femininos. Johnson pergunta “se não significa que Deus é macho quando uma figura masculina é usada, o por que da objeção, quando figuras femininas são apresentadas?” Esta réplica poderia ser irrefutável se a predominância de figuras masculinas na Bíblia fossem teologicamente insignificantes. As feministas ar
gumentam enfaticamente que a Escritura coloca pouca importância sobre a masculinidade de Jesus, ou sobre a importância de falar de Deus em termos masculinos. A figura masculina, elas argumentam, é aceitável na concepção patriarcal da cultura antiga, mas ela não faz diferença na mensagem essencial da Escritura. Todavia, existe um número de razões para pensarmos que a predominância de usos de figuras masculinas tem alguma importância teológica: 1. Como temos visto, os nomes de Deus são de grande importância teológica. Eles revelam-no. Não existe razão para assumir que as proporções das figuras masculinas e femininas não são parte desta revelação da sua natureza. Embora Johnson e outras insistem, entendo que uma mudança na balança da figura sexual não é teologicamente neutra; isto mudaria o nosso conceito de Deus. Por acaso temos o direito de mudar nosso conceito bíblico de Deus? 2. Para ressaltar o último ponto, é também importante reconhecer que na Escritura, Deus nomeia a si mesmo. Seus nomes, atributos e figuras não são o resultado da especulação ou imaginação humana, mas da revelação. Ele não nos autorizou de nenhuma mudança de equilíbrio das figuras de macho e fêmea, e não podemos tencionar fazer tais mudanças baseados em nossa própria autoridade. 3. Deidades femininas eram bem conhecidas pelos escritores bíblicos. Ashtoreth (Jz 10:6; 1 Sm 7:4; 12:10) foi adorada pelos cananitas como esposa de Baal. A junção de deidades masculinas e femininas foi um aspecto importante da adoração de fertilidade pagã. Assim, ao escrever sobre Yahweh, os escritores do Antigo Testamento não escolheram uma linguagem masculina irrefletidamente, inconscientes de outra alternativa. Eles não foram influenciados por um unânime consenso cultural. Antes, eles claramente rejeitaram qualquer adoração de uma deusa ou de uma junção divina. 4. Como dissemos no capítulo 15, a criação é um ato divino que produz uma realidade externa do próprio Deus, uma “outra criatura”. O mundo não é divino, nem uma emanação de sua essência. Deus não criou “formando ‘consigo’ para o não-divino.” Como uma metáfora para esta concepção bíblica da criação, a função masculina na procriação é mais adequado do que o feminino. 5. Na Escritura o principal nome de Deus é Senhor, que indica sua liderança nas alianças, entre si e as suas criaturas. Na Escritura, a relação na comunidade da aliança é tipicamente uma prerrogativa masculina. Reis, sacerdotes e profetas são sempre homens. Autoridade na igreja concedida aos anciãos (1 Co 14:35; 1 Tm 2:11-15). O marido é a cabeça da aliança formada pelo casamento. Um desvio para a figura feminina de Deus poderia certamente diluir a sólida ênfase sobre a autoridade pactual que é centralizada na doutrina de Deus. Esta não seria a única razão, pois, como tenho indicado no capítulo 2, algumas teólogas feministas, incluindo Johnson, atualmente se opõe a idéia do senhorio de Deus. 6. Como tenho falado neste capítulo, Deus se relaciona com o seu povo, como um marido com a sua esposa. Certamente esta profunda figura pode ser obscurecida, se considerarmos Deus como feminina. Isto é importante, não apenas para a doutrina de Deus, mas também para a doutrina do homem (antropologia teológica). Ela é importante, tanto para homens como mulheres cristãs, saber e meditar profundamente sobre este fato, que na relação com Deus como sendo fêmea – esposas são chamadas para submeter-se em amor aos seus graciosos maridos. É a igreja, e não Deus, que é feminina em sua natureza espiritual.
7. Uma freqüente sugestão de compromisso é que eliminamos toda sexualidade na distinção lingüística, entre macho e fêmea, ao nos referirmos a Deus. Em vez de chamar Deus de nosso Pai, poderíamos falar de nosso Parente ou Criador. Uma linguagem unissex, todavia, sugere inevitavelmente que Deus é impessoal, o que é completamente inaceitável de um ponto de vista bíblico. Certamente ao eliminar Pai em favor de termos mais abstratos eliminaria algo muito precioso aos Cristãos. 8. O uso majoritário da figura masculina para Deus resulta numa opressão da mulher? Existe uma precisa divisão entre feministas e não-feministas cristãs como aquelas que fazem parte da opressão. No Cristianismo tradicional, não é um rebaixamento para a mulher ser submissa ao seu marido e exclui-la dos ofícios de governo na igreja. Muitas vezes, na concepção de escritoras feministas, é um rebaixamento para alguém ser submisso a autoridade de outro, se são iguais diante de Deus. Mas, submissão à autoridade de outros é algo inevitável na vida humana, tanto para os homens quanto para as mulheres; esta é uma das mais difíceis lições que o ser humano caído tem que aprender. Muito mais pode ser declarado sobre este assunto. Certamente homens têm abusado das mulheres no decorrer da história. E certamente tanto homens, como mulheres têm, às vezes, justificado este abuso como sendo uma distorção da liderança masculina. Mas, dificilmente, argumentar que um melhor entendimento de Deus, ou que um benéfico relacionamento entre os sexos, poderia ser produzido por uma substituição da figura feminina ou impessoal de Deus. Minha conclusão é que podemos seguir o modelo bíblico e uso predominante da figura masculina para Deus, com uma ocasional figura feminina. Posso não desaprovar que um pregador ocasionalmente diga que Deus é a “mãe” da igreja. Como em Deuteronômio 32:18, podemos observar que apesar de nosso nascimento físico vir de duas fontes, nosso nascimento espiritual procede apenas de uma: Yahweh, que é tanto nossa mãe como nosso pai. Nem mesmo, é errado o uso do parto, a ama, uma ave fêmea, e outras figuras extra-bíblicas femininas como figuras de Deus e ilustrações para as suas ações. Como observamos, penso que muito mais poderia ser aproveitado da submissão das pessoas da Trindade de uma com a outra, como um modelo da piedosa submissão da esposa para com o seu marido. Mas não existe uma justificação bíblica para se usar predominantemente a figura feminina para Deus, ou representa-lo com pronomes femininos.

Tradução livre:
John M. Frame, The Doctrine of God (Phillipsburg, P&R Publishing, 2002), pp. 378-386.
Rev. Ewerton Barcelos Tokashiki
tokashiki@ronnet.com.br
pastor da Igreja Presbiteriana de Cerejeiras
prof. de Teologia Sistemática no STPBC- Extensão em Ji-Paraná – RO.

Fonte: www.ipvalparaiso.org/

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