Corpus Christi

Autor: Jackson Santos
Mais uma festa religiosa acontece no Brasil. Uma festa de caráter religioso. O Brasil ativo vai parar nesse dia.

É curioso como o povo – na sua maioria- não pára para refletir a respeito da proposta desta comemoração. Embora, ela esteja no mesmo pé de igualdade das demais festas religiosas indicadas pelo calendário: semana santa, páscoa, natal; incrivelmente ela não goza de um prestígio elevado no conceito dos que costumam observar dias, meses, luas, etc.

Sendo parte dos festejos da cristandade, na sua essência, ela deveria também, ter a mesma atenção e importância devida às outras.

Impressiona; e deveria de fato impactar, especialmente a classe religiosa, adepta de festejos e comemorações relativos ao sagrado apontados no nosso calendário, o tema tão inspirador ´Ascensão de Jesus Cristo’.

No entanto, pouco valor é dado a um evento marcante no cristianismo. E isso é mais uma forte evidência da ignorância teológica que campeia nos arraiais cristãos.

Lembrar da ascensão de Jesus Cristo e das suas últimas palavras ouvidas pelos legítimos e credenciados apóstolos, é um tema motivacional sem precedentes para aqueles que vivem em íntima comunhão com o Senhor.

O acontecimento em si, – o da subida em glória – foi suficiente para causar extrema admiração e grande perplexidade nas pessoas presentes.

A fala de Jesus provocou uma reação instantânea na mente dos discípulos. De imediato uma recordação dos seus ensinos ministeriais. “Vou preparar-lhes lugar, e quando eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim para que vocês estejam onde eu estiver”.Jo.14.2,3.NVI

Num segundo plano, a lembrança da visão e do amor de Jesus pelas almas dos perdidos.

“ Eu vim para que tenham vida” “Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Mt. 9.36 NVI.

E por fim, as mentes deles ao receberem aquelas palavras vivas e poderosas, tiveram gerada nos corações uma atitude de obediência e compromisso.

Como era de se esperar, diante daquela visão inédita o único gesto a fazer era exatamente aquele feito por eles: “ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia.” At.1.10

A atitude de muitos hoje é de perplexidade diante dos feitos maravilhosos que Jesus está fazendo. E por isso, é bom avaliar onde estão fixos os nossos olhos!…

Estamos vivendo uma era de modismos e o inimigo do crescimento da obra de Deus a cada dia surge com mais uma novidade para iludir, enfraquecer e até mesmo diluir o poder do evangelho do senhor Jesus Cristo aqui na face da terra.

A bela visão de Jesus sendo elevado aos céus e logo em seguida ser encoberto por uma nuvem, provocou uma letargia nos discípulos. “ E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia.” At. 1.10 NVI

Os sinais e maravilhas e outras manifestações que sempre surgem ao nosso redor podem nos causar torpor e nos deixar tão somente embevecidos a tal ponto de nos impedir de cumprirmos o propósito para o qual nós fomos salvos. O de alcançar a todas as criaturas em toda parte para contar-lhes que Jesus não está mais morto, e sim, que Ele vive e quer leva-las para o céu. A característica digna de nota na vida dos apóstolos de Jesus era a sensibilidade espiritual e a disponibilidade para a obediência. A constante convivência com o Mestre foi a causa desses resultados nas vidas deles. O contestar estava fora de cogitação.

Após a chamada à razão, por parte dos “dois homens vestidos de branco”, v. 10b eles retornaram a rotina inicial, “ Todos eles se reuniam sempre em oração…” v.14a

Agora, não havia motivos para comemorações mas, uma constante expectativa sobre os momentos futuros. “ Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar.” At. 2.1 NVI.

E o momento veio. O sublime momento de anunciar as maravilhas de Deus às diversas etnias ali presente.

Não houve homenagem ao corpo de Jesus, nenhum tipo de veneração, mas, atitudes racionais de entender que o Senhor Jesus estava vivo e na presença do Pai. O momento da ascensão ficou marcado profundamente nos corações dos discípulos que presenciaram aquela cena impressionante, mas, em nenhum momento aquela visão real toldou os propósitos estabelecidos em seus corações; o de firmarem a fé e esperança na pessoa bendita do calvário e o de levar ao conhecimento de todos os povos a mensagem de salvação em Cristo Jesus.

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