Confissão positiva

Autor: Rev. Eronides Da Silva
Tópicos:
Introdução às Doutrinas Neo-Pentecostais
Logos e Rhema
A Doutrina da Prosperidade
A Quebra da Maldições
A Teologia do Homem
A Morte Espiritual de Cristo
Uma Palavra Sobre a Fé
Uma Nova Unção

Introdução às Doutrinas Neo-Pentecostais

A partir dos anos 70, surgiu um movimento considerado como neo-pentecostalismo. Este movimento se originou a partir de denominações históricas, tais como: a Igreja Presbiteriana Renovada, em 1975; as Igrejas Pentecostais Livres: Sinais e Prodígios, fundada em 1970, e Socorrista, em 1973; as Igrejas com pouca estrutura eclesiástica, como a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), fundada em 1977; e os Pentecostais Carismáticos, Renovação Carismática, originária da Igreja Católica Romana, fundada em 1967.

Ultimamente, com essas doutrinas neo-pentecostais têm surgido muitas doutrinas paralelas, como a chamada Confissão Positiva (Evangelho da Saúde e da Prosperidade, Quebra de Maldições, Maldições Hereditárias, Maldição de Família e Pecado de Geração; Nova Unção); pregada por avivalistas em acampamentos cristãos, em congressos, em escolas bíblicas de férias e na televisão; e por mentores católicos carismáticos no exercício do Toque do Tom, da Cura Diferencial e do Exorcismo. Todos estes, evangélicos ou não, sem nenhuma consulta à exegese bíblica ou alicerces e filtro teológico, ensinam sempre sob a orientação filosófica de seu pai, Essek William Kenyon e de seus principais porta-vozes, Kenneth Hagin, Marilyn Hickey, Benny Hinn, Paul (David) Yonggi Cho, Kenneth Copeland, Valnice Milhomens, Robert Schüller, Jorge Tadeu e T.L. Osborn.

Jesus quando disse a palavra EU SOU, que para alguns exploradores da Confissão Positiva dizem ser a palavra mágica rhema, os soldados caíram para trás: “Disse-lhe Jesus: Sou eu… quando pois lhe disse sou eu, recuaram, e caíram por terra” (Jo 18.5,6). Sim, caíram debaixo do poder da autoridade do nome de Jesus, cujo tetragrama hebraico — JHVH, teologicamente o representa, quando aparece 6437 vezes nas Escrituras (Ex 3.14).

Espero que todos que leiam este pequeno opúsculo, tenham a certeza que estamos procurando defender, com muita submissão, os valores do Evangelho e a imaculada Igreja de Nosso Senhor Jesus, para a qual fomos chamados a cuidar. Muitos obreiros e ministérios são envolvidos em assuntos aparentemente simples, como os abaixo abordados, pensando estar fazendo o melhor para Deus, quando na verdade estão sendo instrumentos para erosão perniciosa contra a vida espiritual da Igreja! E ainda lembremo-nos, o sinal sempre foi sinal para incrédulos! Em toda a história, homens e mulheres no decorrer de sua incansável procura por um toque religioso, sempre buscaram um sinal e uma materialização do imaterial. Jesus rotulou essa multidão que andava à vândalo de um lado para o outro, em busca de uma experiência, e algo novo e diferente, de multidão má e incrédula — “Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu, e disse: uma geração má e adúltera pede um sinal” (Mt 12.38,39). Concluindo, o homem vem a este mundo e passa por quatro diferentes fases: vida estética, vida ética, vida religiosa e vida de fé; se lograr chegar na última será um crente vitorioso, um homem de fé!

Logos e Rhema

Os apologistas da confissão positiva fazem um “cavalo de batalha” sobre os termos gregos logos e rhema que significam palavra, dizendo que há uma distinção entre eles no sentido de que logos é a Palavra escrita, revelada de Deus, e que rhema é a palavra dita, expressa de Deus, que faz com que as coisas sejam realizadas. Desta forma, eles afirmam que podemos usar a palavra rhema para realizarmos no mundo espiritual e físico aquilo que desejamos.

Entretanto, na Palavra de Deus não há sequer uma distinção teológica entre estes dois termos. Todo estudante da teologia sabe que os nomes sempre aparecem na Bíblia para designar uma função ou estado de um ser ou objeto. Por exemplo: o nome Jeová é o designativo da Divindade quando foi manifestada no tempo para a redenção de Israel; e El-Shadai para suprir a necessidade do povo a fim de que a promessa feita a Abraão fosse cumprida na sua totalidade (Êxodo 6.3). E quanto à ênfase dada por Jesus, “em meu nome expulsarão os demônios”, nunca quis ele dizer que seria no poder do nome em si, mas na autoridade da pessoa que o nome se refere ­ Jesus Cristo! A ênfase de Pedro (refiro-me à defesa feita por mim quanto à fórmula do batismo nas águas na Teologia dos Três Batismos), no capítulo dois, e versículo 38 de Atos dos Apóstolos:”e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo”, não contradiz o mandamento do Senhor,”batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Na Bíblia Sagrada, nome é o símbolo de autoridade. A sentença grega epi to onomati Iesou Christou “em nome de Jesus Cristo”, explicita que o batismo deve ser feito na autoridade do nome de Jesus. A preposição grega epi – em nome, de Atos 8.38; a en – no nome, de Atos 10.48 e eis – pelo nome, implica autoridade proprietária e direta legada à uma pessoa! Portanto, acrescentar valores superbos aos nomes mais do que às pessoas que eles representam, seria fabricar uma doutrina panteísta!

O Dr. Russel Shedd afirmou que Pedro não fez distinção sobre estes termos em sua primeira carta, capítulo 1.23-25: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra (logos) de Deus, viva que permanece para sempre. Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; Mas a palavra (rhema) do Senhor permanece para sempre; e esta é a palavra (rhema) que entre vós foi evangelizada”. Como podemos ver, na mente do apóstolo não havia distinção entre estas palavras. Sendo assim fica desfeita a pretensão daqueles que querem forçar uma interpretação e aplicação errônea destes termos.

Doutrina da Prosperidade

Afirmam os pregadores da confissão positiva que a prosperidade financeira é uma prova de fidelidade do crente à Deus. Dizem, por exemplo, que o ministério de Jesus era muito rico, por isso é que tinha um tesoureiro. Dizem, ainda, que a pobreza é o ápice da maldição do homem. É claro que devemos evitar quaisquer extremos: a Doutrina da Prosperidade e a Doutrina da Miserabilidade. A prosperidade bíblica é verdadeira, e para Deus, ser próspero significa ter todas as necessidades supridas (Salmos 1.3), e não ser, especificamente, abastado. Jesus não era rico materialmente; vejamos o que ele disse de si mesmo quando um escriba intentou lhe seguir: “…as raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” — e esta não é uma metáfora, mas sim, uma linguagem cultural bíblica — aqui raposa é raposa, e ave é ave (Mateus 8.20). Quando Jesus quis se referir ao Governo Romano ele utilizou uma linguagem política, quando disse: “Dai pois a César o que é de César…” (Mateus 22.21)!

Doutra feita, Pedro chegou perto de Jesus e disse que lhe estavam cobrando os impostos. Jesus, então, mandou Pedro pescar um peixe e tirar uma moeda de sua boca para pagar o tributo (Mateus 17.24-27). Vejam que Jesus não tinha em seu poder sequer uma moeda. Não podemos, porém, no sentido de contra-atacar a Doutrina da Prosperidade, pregar a Doutrina da Miserabilidade — artéria veicular da Teologia da Libertação Católica, induzindo que o Senhor quer que sejamos indulgentes, afirmando que ele veio unicamente para os pobres: “os cegos vêm, os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o Evangelho” (Mateus 11.5).

Paulo disse: “sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza enriquecêsseis”(2 Coríntios 8.9).”O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus”(Filipenses 4.19).
Davi disse: “Fui moço, e agora sou velho mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão”(Salmos 37.25).
Jesus disse: “Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.31-33).
Onde houver necessidade Deus pode mudar dias, transplantar orgãos e fazer da água vinho! Ele é soberano. Porém, lembremo-nos, sempre onde houver necessidade! Porque Deus não espolia os seus bens, somente o ladrão é que veio para roubar, matar e destruir, oferecer e pôr no lixo aquilo que a ele não pertence, aquilo que foi usurpado: “e disse-lhe: tudo isto eu te darei, se prostrado me adorares” (Mt 4.9). Note bem este fato meu caro irmão: se algum abastado recebeu um dente de ouro, o qual livremente poderia obtê-lo num ortodontista, sem dúvida alguma, não foi Deus, foi o Usurpador! Esse dente logo vai apagar seu brilho; aquela prosperidade logo vai sair pela próxima abertura do saco furado do explorador de bens dos incautos; aquela sensação de levitação pela queda do poder logo vai transformar-se numa contínua dependência psíquica-espiritual e, se não liberto dela, imediatamente numa opressão diabólica; aquela paralisia vai voltar acompanhada de um agudo glaucoma! A velha serpente não tem nem para si, muito menos para os servos de Deus! Em nome de Jesus, acordemos enquanto é dia; vejamos as coisas com uma óptica genuinamente do Espírito!

Como já disse, os dois extremos devem ser rejeitados. A verdadeira doutrina da prosperidade é a bíblica que, em síntese, diz que temos todas as nossas necessidades supridas: “o meu Deus, segundo as suas riquesas, suprirá todas as vossas necessiaddes em glória, por Cristo Jesus.” (Colossenses 4.19) — José de Arimatéia, um abastado político, pôde sentar no mesmo banco de primeira fila da congregação de Betânia, com Pedro, um rude e pobre pescador!

A Quebra das Maldições

Os pregadores da Confissão Positiva afirmam que um indivíduo que tenha problemas com adultério, álcool, pornografia, câncer e AIDS, os tem porque ele herdou de algum antepassado que teve problemas nestas áreas. Sendo assim, o antepassado passou aquela maldição, como que por “genes espirituais” para seus descendentes. Por isso, continuam eles, o descendente deve pedir ajuda ao Espírito Santo para lhe revelar em quem a maldição teve início, para pedir perdão pelo antepassado, e a maldição ser quebrada. Imagine só! Estão ou não estão, os avivalistas de colarinho clerical evangélico, à guisa de uma barata mercantilização, trazendo para o seio do cristianismo imáculo a prática hedionda do Budismo, do Xintoísmo, do Hinduísmo e do Espiritismo? Ou o espírito da diabólica doutrina do batismo pelos mortos, cerne da profissão de fé dos mórmons, não está sendo praticada nas reuniões carismáticas; e a evocação de espíritos estranhos nas de desmaio, de gritarias estéricas, de arrebatamentos, de levitação de muitos avivalistas?

O texto bíblico mais utilizado pelos propagadores desta doutrina é o de Êxodo 20.4-6, onde Moisés escreveu sobre o mandamento que condena a prática da idolatria. Entretanto, numa simples análise hermenêutica, este texto fala de idolatria e não de adultério, câncer, AIDS, ou qualquer outra enfermidade, tão pouco oferece alguma base para a doutrina de transmissão hereditária de maldições. Se tivéssemos de aceitar o fenômeno transmigratório espírita, seria muito mais razoável endossar a transmissão e duplicação de caráter pela sócio-biogenética tão debatidos pelos humanistas seculares! Entretanto, e por outro lado, sabemos pela lei da semeadura estabelecida por Deus, que sempre quando quebramos os mandamentos do Senhor, somos amaldiçoados pelo pecado, mas sempre quando somos obedientes à Ele, somos agraciadamente livres de qualquer maldição!

Estas verdades já foram preconizadas no Velho Testamento pelo Profeta Ezequiel quando afirmou: “…Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram… nunca mais direis este provérbio… Eis que todas as almas são minhas… a alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.2-4); “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”(Rm 14.12).

A Teologia do Homem

O Homem foi criado à imagem e à semelhança do seu Criador. A formação do seu corpo faz-nos pasmar! Consistindo de ferro, ouro, cobre, fósforo, açúcar, sal e cálcio, revela o engenho mais perfeito da criação! Com 263 ossos, 600 músculos, 1.800 quilômetros de vasos sangüíneos, 20.000 pêlos no sistema auditivo e com coração que pulsa 4,200 vezes por dia, deixa sem dúvida, cada um de nós consciente que ele foi produto de uma perfeita criação! Teologicamente é comprovado que somente Deus pode revelar a si mesmo! Destarte, o homem sempre foi o centro de toda atenção e história bíblica, posto que as doutrinas cardinais do pecado, salvação, vida futura e julgamento são baseadas tendo ele como ponto focal!

Temos a natureza divina, então somos deuses! Claro que temos natureza divina , mas não somos pequenos deuses! E o que dizer de João 10.34? Foi uma simples defesa de Jesus à irracionalidade dos Judeus, evocando uma afirmação poética e lírica de Asafe, no livro dos Salmos – “eu disse: vós sois deuses, e vós outros sois filhos do Altíssimo.” Eles ainda usam textos como o de 2 Pedro 1.4 para firmarem esta heresia. Entretanto, esta passagem fala acerca da natureza moral de Deus. Isto é, diferente e diametralmente oposta aos ensinos do Hinduísmo, que afirma ser toda criatura um sublimado divino. Muito pelo contrário, quando o homem é regenerado, a imagem da Divindade é restituída à sua pessoa — “e criou Deus o homem à sua imagem” — “vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”(Colossenses 3.10). Ele passa a ser participante dos Atributos Morais (natureza comunicável de Deus), tais como: amor, justiça, verdade, sabedoria e santidade; e não participantes dos Atributos Naturais ou ativos de Deus (natureza incomunicável), tais como: eternidade, imutabilidade, onipresença, onisciência e onipotência. É irracional, anti-ético e anti-bíblico o ensino de sermos deuses, pois só há um Deus (Deuteronômio 6.4; 1 Timóteo 2.5)!

A Morte Espiritual de Cristo

Entre outras, dizem os gnósticos da Confissão Positiva que Jesus morreu duas vezes: física e espiritualmente. Gnósticos, porque esta escola ensina pontos contrários à Teologia Teísta:

A dicotomia do homem: “ele tem espírito e corpo. O espírito é divino e bom; o corpo é terreno e mal. Sendo assim, a salvação é o produto da pessoa adquirir o ‘conhecimento’ (gnosis) de sua natureza espiritual.”

Jesus não encarnou: “Ele foi um homem que adquiriu um conhecimento espiritual supremo, e assim pôde oferecer salvação para outros, através de seu conhecimento, e não pelo seu sacrifício.”

Deus não pode atuar diretamente sobre o mundo material: “pois o universo é mal; ele necessita de um mediador, inferior à deidade suprema, que possa comunicar entre Deus e o universo material.”

Os adeptos da Confissão Positiva afirmam que somente pela morte espiritual de Jesus é que Ele pôde fazer a remissão dos nossos pecados. Mas o que dizer das próprias palavras de Jesus: “Pai na tua mão entrego o meu espírito” (Lucas 23.46)? Este ensino vai contra toda a Cristologia bíblica, que diz: “Tendo, pois irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é pela sua carne” (Hebreus 10.19,20). O que dizer então de Efésios 2.13; 1 Pedro 4.1; 1 João 1.7; Apocalipse 1.5?

O Sepoangol World Ministries, no seu Livro de Estudo, na Unidade de Teologia, no Capítulo da Soteriologia, nos prenda com a seguinte afirmação: “Nosso Senhor Jesus Cristo, pela sua morte vicária, adquiriu para o homem a sua plena salvação. Ser salvo, obviamente, implica da posição volitiva do recipiente em receber o ‘salva-vidas a ele arremessado’. Deus conta com duas atitudes fundamentais e pessoais na aceitação da salvação por parte do homem: arrependimento e conversão”. Arrependimento, porque pecamos contra Deus; conversão, porque não anelamos mais viver uma vida alienada do nosso Criador!

Uma Palavra Sobre a Fé

Existem três aspectos da fé: para salvação (Efésios 2.8); para vida (Gálatas 5.22); e para operação (2 Coríntios 12.9). A fé é ministrada ao coração do homem que permite a Palavra de Deus penetrar no seu interior (Romanos 10.17). Portanto, a fé não é um sentimento, uma energia diferencial ou um platonismo. Ela é espiritual e substancial, fecundada no coração do homem por meio da Palavra (logos) de Deus (Mateus 13.3-9). Ela é substancial:

Porque tem tamanho (Mateus 8.10);
Porque tem volume (Lucas 17.5);
Porque tem tenacidade (Ef 6.16);
Porque tem virtude (Judas 3);
Porque tem valor (1 Pedro 1.7).

A fé, ao contrário da suposta confissão positiva, é a sólida prova das coisas existentes e colocadas por Deus à disposição individual de cada crente. A fé é a ponte que nos leva ao alcance das coisas geograficamente longe e atuais; e a espera das coisas existentes no futuro (Hebreus 11.1). Portanto, não é a fé que produz o objeto, ou na linguagem carismática, a bênção; é o Deus da fé que o produz e o sustém (Lc 5.5)! Abraão foi um homem de fé porque creu no prometido que já existia; Isaque questionou acerca de um cordeiro que já estava amarrado no Monte Moriá; Noé foi salvo numa arca com sua família, a qual apontava para uma salvação já providenciada por Deus na sua onisciência e onipotência (Hebreus 11.1-36). Notemos o profundo pragmatismo da fé: Pedro tinha lançado a rede no lado errado, porém, Jesus o observou, pedindo que a lançasse no outro lado.”Sobre a tua Palavra (rhema)…” não existe fé fora da Palavra de Deus! Obviamente, lá já estavam os peixes que o Deus da fé tinha providenciado (Lucas 5.5)!

Uma Nova Unção

A primeira vez que ouvi esta terminologia foi numa reunião do pastor Morris Cerullo, em Chicago, no inverno de 1976, onde ele invocava que tinha recebido uma Nova Unção, por chamado de Deus. Este termo e prática já vinham sendo utilizados desde os dias de Kathryn Kuhlman, de cujo ministério e experiências, tanto ele como Benny Hinn afirmam terem recebido algo extraordinário e novo! Ao meu entendimento, não existe unção nova ou velha, somente a unção perene — “E a unção, que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis” ( I João 2.27).

Obviamente, sem nos determos em nenhuma perspectiva teológica, o que tem acontecido no meio pentecostal atual é um abuso e distorção perigosa da fraseologia bíblica: nova unção, penso e logo existo, incorpore a sua fé, exercite o poder que está em você, et cetera. Todos, sem nenhuma excessão, são especulações para fazer, a qualquer custo, existir um ministério, um movimento eclesiástico, que a muito já perdeu autoridade bíblica e comunhão com o Deus. Em outras palavras, o que está faltando é temor de Deus; obediência à Palavra; uma vida verdadeiramente no altar. Se tivéssemos o mínimo de discernimento de espírito, como Paulo teve no caso de Elimas, como Pedro teve com Ananias e Safira, e não fôssemos obscurecidos pela propaganda barata comercial-eclesiástica, com certeza estas especulações e manipulações nunca teriam lugar em nosso meio, e seriam detidas no filtro espiritual do homem de Deus!

O dente de ouro, o desmaio em massa, a mutação de olhos azuis, os arrebatamentos, os transplantes de orgãos, as histerias, são na maioria dos casos, fenômenos exclusivamente telepáticos, auto-sugestivos, teleplásticos ou esotéricos, como afirmou tão apropriadamente o pastor Alfredo Reikdal: “Deus jamais substitui a unção do passado para implantar outra moderna. Isso é pensamento filosófico e esotérico. Deus não sofre solução de continuidade. Nova Unção, cai-cai é espiritismo disfarçado”. Deus opera, faz milagres, e anelamos que sempre aconteça para que o seu nome seja glorificado em nossas vidas.

Finalmente, devemos atentar para o cuidado de que Deus é soberano e opera como, quando e por quem ele quer! Entretanto dentro de um princípio de uma descomprometida hermenêutica, Deus nunca contradiz a sua Palavra. Notem o grande princípio divino e universal: causa e efeito! A causa do calvário trouxe como efeito a salvação; a causa do derramento do Espírito sobre a Igreja produziu autoridade e poder sobre os crentes para serem testemunhas; a causa da entrega dos Dons do Espírito àqueles já batizados por Cristo, produziu um efeito através das respectivas manifestações, em libertação, visão do futuro, profunda adoração a Deus, impactação de milagres para glorificar a Divindade em meio a uma comunidade incrédula! O falar em línguas, o ser curado, o cair debaixo do poder de Deus, o cantar hinos espirituais, o chorar e bater palmas na presença saturada do legítimo poder do Espírito de Deus são indubitavelmente um efeito, e nunca jamais uma causa! Isto é questão de mero princípio doutrinário fundamental e exegese bíblica! Não fomos curados porque caímos; não fomos batizados porque começamos a gargalhar ou rosnar como loucos; não recebemos a visão dos campos brancos porque fomos arrebatados à revelia; não recebemos ministérios, porque uma “nova unção”caiu sobre nós; não fomos vocacionados, porque um concílio ou um ministério o decidiu fazer, não! Absolutamente, não! O somos, e fomos, porque o Espírito Santo operou, e tem operado entre nós, pois “Foi o Senhor que fez isto, e é cousa maravilhosa aos nossos olhos”(Sl 118.23); “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2).

Por vinte anos tenho acompanhado de perto o fenômeno do Desmaio no Espírito, em massa ou individual, ou como conhecido aqui entre nós, slain in the Spirit. Estes fenômenos são manifestações espirituais, outras vezes parapsicológicos ou ainda psicológicos, e os tenho classificado em quatro distintas categorias: Fenômeno Espiritual, Fenômeno de Auto-Sugestão, Fenômeno Telepático e Fenômeno Demonológico. Cada caso deve ser observado, testado à luz da Escrituras e pelo escrutínio do Espírito de Deus, a fim de que não possamos em nenhum momento estar rotulando o que é bom de mal. Destarte, como disse o pastor Rubens Lopes, “uma garrafa pode ter um determinado rótulo e ter outro conteúdo, ou mesmo nenhum”!

Fenômeno Espiritual: Cair, desmaiar, prostrar-se, sempre ocorreu com homens de Deus no Antigo e no Novo Testamento. Entretanto, essas como outras experiências extraordinárias, como o lodo no olho do cego por Jesus, o lenço de Paulo, a sombra de Pedro, não devem ser tomadas como parte intrínseca de uma liturgia neotestamentária ou muito menos como exercício da fé cristã! No Antigo Testamento a manifestação da glória de Deus foi tal que na inauguração do templo de Salomão, os 120 sacerdotes não puderam entrar no templo — “não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus” (2 Cr 5.14); em Babilônia Daniel não pôde firmar-se de pé pela presença teofânica da Divindade no anúncio do futuro de Israel — “…eu caí com o meu rosto em terra, profundamente adormecido”(Dn 10.9); num domingo muito especial, João, o evangelista, estava desterrado na Ilha de Patmos, quando arrebatado em espírito, ouviu os pormenores apocalípticos — “e, eu quando vi, cai a seus pés como morto”(Ap 1.17). Quando fui batizado no Espírito Santo, na cidade de Catende, em 1957, o poder que Deus derramou naquela tarde de domingo foi tão grande que literalmente rolei por debaixo dos bancos.

Durante os 25 anos envolvidos em missões transculturais em mais de 50 países, visitando a todo tipo de culto pentecostal, tenho presenciado manifestações gloriosas de Deus na vida da Igreja, tais como: paralítico andarem, cegos verem, crentes pularem embebidos no Espírito, almas oprimidas pelo diabo serem libertas de legiões de demônios e crentes caírem debaixo do poder de Deus! Porém, em todos os casos nunca aceitei os fatos por tão somente aceitar. A todos averigüei, testei na presença do Espírito e conferi com as Escrituras Sagradas para saber se procediam de Deus, do homem ou do Diabo! Por que? Porque o Diabo é o maior enganador, e mente desde o principio — “e não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito pois que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça: o fim dos quais será conforme as suas obras”(2 Co 11.14)!

Fenômeno Auto-Sugestivo: Em algumas áreas de todo o ser humano ocorrem repetições por forma indutiva ou psicossomática. Todas as vezes que valores lógicos ou sentimentais latentes na estrutura sub-sensorial do ser humano são polarizados, eles afloram de maneiras surpreendentes, inclusive para o próprio portador. Por exemplo: o registro de informações do homem está, como disse, gravado numa “fita magnética de dois canais”: uma na área sensorial lógica, e outra na área sensorial virtual, ou sentimental da alma. Quando uma criança numa idade intelectualmente imatura sofre um detrimento, uma repreensão ou elogio, as informações lógicas e os estímulos virtuais são registrados. No futuro ela não se lembrará do fator lógico mas reagiará ao fator sentimental. Aí o fenômeno de auto-sugestão aparece! Como? Sendo estimulado, como se fosse um pano de fundo de uma ribalta!

Estímulo e polarização são as chaves para excitar o grande potencial dentro de cada um de nós. Já perceberam que de tanto você ouvir e ver uma propaganda sobre um determinado produto alimentício, você começa a gostar e sentir um tipo de sabor sem ter nunca o experimentado? Já ouviu de uma criança nos Estados Unidos que depois de ver um filme sobre o Super-Homem se jogou de janela abaixo envolvido num lençol? Quando era da idade de 10 anos, estava lendo uma revista do Homem Aranha, imerso na história até o último centímetro do meu sentimento e lógica, quando levantei, inconscientemente fui empurrado de dentro para fora por uma energia que me levava a correr sem parar até me arremessar contra a parede!

Em 1978, em San Diego da Califórnia, estive numa reunião pentecostal, e comigo muitos outros evangélicos. Belos hinos, mensagem arrebatadora, e como todo o bom brasileiro do Terceiro Mundo, sente e reage que tudo que vem do Primeiro é coisa boa! Claro, houveram muitas coisas boas naquela reunião! Chegou o momento tão esperado, o da oração para receber uma nova unção: numa longa fila, os leigos eram compelidos para no momento da oração levantarem os braços e olharem em direção a um determinado ponto focal do teto. Ora, gente, a queda era certa! Uns por desequilíbrio gravitacional, outros por auto-sugestão, alguns por libertação diferencial somática e opressão espiritual, e outros poucos pelo poder de Deus. O certo é, intimidados ou não, saiam da queda alegres.“O que você sentiu meu irmão?” Uns diziam, uma leveza nas pernas; outros, um peso saiu do peito; outros, wow, me senti nas nuvens; finalmente outros diziam, temos de experimentar de tudo!

Fenômeno Telepático: Infelizmente por falta de conhecimento muitos obreiros que conheci têm utilizado manuais de telepatia, de hipnotismo e análise transcendental para os ajudar no processo da cura, da reabilitação de casais, e do aconselhamento pastoral, não sabendo que estão literalmente trazendo o ocultismo para as suas vidas e transferindo este espírito em cascata para seus obreiros ou para os membros em geral de suas igrejas. O fenômeno de queda por efeito telepático vai muito mais profundo do que pelo o efeito auto-sugestivo. É um fenômeno ocultista utilizado nas reuniões carismáticas católicas, com a utilização da água benta, da cruz e do cordel; nas reuniões mormônicas, com a utilização da evocação dos mortos através do batismo substitutivo; nas reuniões da Nova Era, com a utilização das transmigrações virtuais e energia dos cristais; nas reuniões pentecostais evangélicas, com a utilização do assopro, do lançamento de paletós, da aspersão de água e da efusão do azeite!

Numa seção telepática transmitida pela Rede Globo de Televisão, Ury Gueler induziu a milhões de brasileiros a presenciarem outro fenômeno teleplástico, no dobramento de uma colher de metal, argumentando que era a transmissão do poder da mente. E em falar em poder da mente, as livrarias evangélicas estão abarrotadas de livros sobre o assunto filosófico: penso e logo existo, como no popular livro Há Poder em Suas Palavras, de Don Gossett! Na explanação da Quarta Dimensão, o pastor Paul Yonggi Cho, abordou, de forma infeliz e comprometedora, este assunto de muito brilho científico, reduzindo a Divindade à dimensão da matéria. Que lástima, esta foi sempre uma proposição diabólica!

Ora, todo estudante de ciência aplicada sabe que tanto a massa, como o tempo, o espaço e aceleração, são físicos na sua própria dimensão transiente. A prova inequívoca e científica é que não podemos pensar em duas coisas ao mesmo tempo; e se jogarmos um relógio atômico de uma altura de 100 metros ele vai adiantar um décimo em catorze avos de segundos. Afirma Cho e os promotores da confissão positiva, na defesa da materialização das coisas divinas, que basta assumir a cor da bicleta que deseja, a quantia do dinheiro que o projeto necessita, o tipo do noivo que sonha, e tudo Deus porá a sua porta! Mas o que dizer da afirmaço de Jesus: “porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como uma grão de mostarda, direis a este monte…”! Sim, se tivermos fé! A fé “é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêm”, e não apenas uma afirmação platônica ou mental! Por favor, a Divindade está acima de tudo e de todos! Ele é eterno: “Porque assim diz o alto e o sublime que habita na eternidade, e cujo nome é santo” (Is 57.15)! Criar uma metonímia de um assunto tão relevante seria tentar reduzir um Deus transcendente a um invólucro imanente! Deus tenha misericórdia de todos nós!

Desta feita, por exemplo, você pode declarar a sua vitória, a sua cura, a sua prosperidade, através do seu pensamento (como praticam os adeptos da Nova Era, do Budismo, do Hinduísmo e do Xintoísmo), até a total exaustão, porém, ela nunca chegará se Deus não houver determinado! Se acontecer ao contrário, fique certo que será um fenômeno telepático, e o Reino das Trevas está no seu inteiro comando! Deus nos livre! Neste caso, a queda, a cura, a suspensão de uma ou mais síndrome de ansiedade interna pode ocorrer quando forças, ou diferenciação espiritual das trevas envolvem as área sub-sensoriais daquela pessoa que está disposta e presente numa seção ou prática cultista.

Num sábado à tarde, os estudantes do Grupo Farias Neves Sobrinho, numa pequena cidade do Nordeste brasileiro, foram convidados para uma prática inofensiva de telepatia. Lá estava eu! Depois de deixar o auditório em penumbra, ele começou a dizer: “todos olhem para mim, todos pensem num horizonte bem distante, e agora fechem os olhos. Você está descendo a montanha, e o trem está chegando, não podemos ouvir o seu apito, e há perigo próximo da estação. Ajudem, todos apitem para que o animal saia dos trilhos!” Imediatamente, passo a passo, todos começaram a sussurrar, depois gritar, até que literalmente todos apitavam com a mesma intensidade e tom de uma suposta locomotiva! Fenômeno como este, ocorreu na tão discutida passagem da consulta de Saul à Pitonisa de Endor: “Então disse Samuel: por que pois a mim me perguntas… e imediatamente Saul caiu estendido por terra, e grandemente temeu por causa daquelas palavras de Samuel” (1 Sm 28.16,20). Como Saul entendeu a voz como sendo de Samuel, qual foi a sua intensidade módulo e freqüencia? Os Livros Apócrifos Católicos, nomeadamente os de Macabeus, estão repletos de exemplos tediosos como esse!

Há duas maneiras práticas para o crente verificar a procedência da queda ou do desmaio:

Primeira: peça a Deus discernimento para conferir a procedência do espírito. O dom de discernimento é a pedra de toque para detectar os espíritos, no mais oculto de suas manifestações. Não tente identificá-lo por semelhança ou por experiência anterior!

Segunda: se o rosto da pessoa estiver pálido, os poros abertos e as lágrimas rolarem impermeáveis pelo rosto, os olhos vermelho escuro e um semblante tristonho, foi fenômeno telepático, uma operação diabólica; se a pele do rosto estiver normal, as orelhas vermelhas, os poros suando e as pálpebras avermelhadas e um semblante plástico, foi uma reação sentimental do paciente; se, entretanto, o rosto estiver vermelho, os poros absorvendo as lágrimas, ou permeáveis, os olhos vermelhos claros e um semblante alegre e consciente, foi, por certo, uma operação de Deus, aleluia!

Fenômeno Demonológico: Em 1983, estava pregando numa congregação da Assembléia de Deus nos arredores de Maputo, Moçambique. Sentíamos a presença densa e patente do Espírito de Deus. Foi uma tarde inesquecível! No meio da mensagem, entrou pelos corredores daquela humilde Casa de Oração, uma senhora dos seus 85 anos de idade, encurvada como uma bola, fumando um charuto com a parte acesa para dentro da boca, e trazida por um irmão. Aquela figura de gente, acabada, maltrapilha, com roupas aos farrapos e sobre tudo vitimada por 20 anos de uma guerra insana, era presa das mãos cruéis de Satanás! Confesso que fiquei estupefatizado com a cena e com o poder das trevas presente naquela senhora. Enquanto pensava no que fazer, veio ao meu coração uma profunda compaixão pela alma daquela anciã, quando num gesto de aparente desespero, pulei do púlpito e bradei: “demônio, em nome de Jesus de Nazaré, abandone este corpo!” Aquela senhora, levitando, subindo aproximadamente um metro e meio se despencou no chão. Indo ao seu encontro, impuz as mãos sobre a sua cabeça, ordenando que se levantasse. A mulher ficou de pé, e começou a dar voltas, chorando e dando glória a Deus! Ela ficou livre de uma legião de demônios! Deus tem poder para libertar as almas acorrentadas por Satanás!

A possessão, ou o fenômeno demonológico, ocorre quando a pessoa, não regenerada por Cristo, abre seu coração aos espíritos imundos. Os demônios, seres espirituais que não estão sugeitos ao espaço, à matéria e ao tempo, se alojam na área inferior sub-sensorial da pessoa, ou na área externa do seu espírito, controlando todas as suas emoções e ações! Mas o que falar de crentes pocessos? O crente que está em comunhão com o Senhor não pode, em hipótese alguma, ficar possuído por demônios! Entretanto, ele pode ficar oprimido por esse mesmo espírito se estiver numa vida de contínua pecaminosidade! A possessão controla todas as ações, enquanto a opressão controla ocasionalmente as emoções da pessoa. Num seminário que realizei num país africano, por exemplo, quando estava ministrando sobre Demonologia, e terminei com oração, sete professores de Escola Dominical caíram para trás. Não me precipitei em dizer que aquilo era uma nova ou velha unção. Apenas me detive em consultar a Deus sobre o assunto e verificar cada indivíduo. Mais tarde fui sabedor que todos eles estavam de uma forma ou de outra envolvidos com adultério, fetichismo, comunismo ou mentiras crônicas!

Quando você presenciar uma multidão caindo em forma de cascata, como se fosse uma fila de pedras de dominó, por alguém atirando um paletó, espargindo água ou assoprando, é tempo de consultarmos a Deus, porque nessa reunião alguma coisa sumariamente errada e comprometedora está ocorrendo!

Por isso, numa reunião carismática ou pentecostal, pode haver palmas, risos, quedas, curas, profecias, arrebatamentos, convite ao altar para receber posse das bençãos já prometidas, entretanto, dependendo do nível espiritual da mensagem e do preletor, estes quatro tipos de fenômenos poderão estar presentes. O pastor da Igreja deve estar atento para orientar os crentes no caminho certo. Nenhuma delas deverá ser razão para levantarmos um estandarte doutrinário, muito pelo contrário, devemos ficar cientes que Deus opera milagres, e por sua vez, com certeza, Satanás tentará a todo custo imitar os atos da Divindade.

Agradeço a Deus pela oportunidade que ele me concedeu de escrever este pequeno condensado. Estamos vivendo os últimos momentos da Igreja aqui na terra, e todo o cuidado contra os ventos de doutrinas é pouco! Por outro lado, o equilíbrio deve ser a tônica do pastor, evangelista ou professor das Escrituras Sagradas. Todos os extremos são perigosos! O sectarismo eclesiástico é tão daninho como o fanatismo pentecostal. A história nos lega uma lição sem par: três séculos de evangelização dinâmica e descomprometida da igreja primitiva, terminou em doze confinados, num sistema religioso feudal Católico Romano. Por mais três séculos a comunidade religiosa entre guerras tiranas, assistiu ao protestantismo saindo das masmorras de um cristianismo de Estado, ensangüentado! Entretanto, pasmem, a Igreja somente retomou o fio da meada, as suas raízes legitimamente pentecostais, que perdeu na armadilha de Constantino, nos últimos 80 anos! Isso mesmo, nos últimos conturbados 80 anos! Isso nos assombra ou não? Mormente estamos vivendo os nossos últimos e decisivos momentos aqui na terra, temos ou não temos de cuidar da Doutrina e dos sãos costumes da amada Igreja? Acesse aqui as verdades fundamentais bíblicas, lendo a nossa Profissão de Fé! Deus ricamente abençoe ao querido irmão e a sua amada Igreja a que pertence ou que lidera!

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