Coisas de que não dá para abrir mão

Autor: Eser Tércio Pacheco

Doze pontos que compõem o meu credo pessoal e que levo como ponto de partida para qualquer discussão sobre um projeto de igreja.

1- Uma leitura da Bíblia enriquecida pelas contribuições filosóficas, históricas e científicas (sociológicas, antropológicas, etc).

2- Uma vivência da fé marcada pela moderação e o equilíbrio, onde razão e emoção se completam e se limitam.

3- Uma postura ecumênica em relação às outras confissões cristãs e de abertura para o diálogo com outras religiões.

4- Uma prédica progressista, que se faça profética ante as injustiças sociais e que prepare os cristãos a viverem de modo responsável sua cidadania.

5- Uma prédica existencial, que discuta as questões relevantes do ser humano contemporâneo, oferecendo uma alternativa de vida equilibrada e sustentada pela esperança.

6- Uma teologia que se firme na Graça de Deus como seu ponto crucial, esforçando-se por elucidar as consequências disso na vida prática dos fieis.

7- Uma ética baseada no amor, na liberdade e na misericórdia, “crítica tanto da ética puritana de ‘regrinhas’, como da permissividade egoista”, aliada ao reconhecimento de nossa limitação para julgar a vida devocional e a fé de quem quer que seja.

8- Uma comunidade de fé que se esforce em construir relações terapêuticas, solidárias, personalizadas e tolerantes.

9- Um sistema de governo democrático-conciliar, onde a participação de todo membro seja garantida mediante eleições livres de qualquer restrição imposta “a priori”, como gênero, raça e outras.

10- A preservação de elementos de nossas tradições reformada e evangélica, aliada ao esforço por renovar a expressão de culto, mediante a assimilação crítica das transformações da cultura.

11- Uma atitude dialógica em relação a todos os valores produzidos pelos diferentes contextos culturais.

12- Uma atividade pastoral não autoritária, não paternalista, que seja parteira do ser humano responsável, sujeito de sua própria história, o qual habita em todo indivíduo.

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