Clonagem: o homem brincando de Deus

Autor: Rev. Paulo Ramalho
Um grupo de cientistas norte-americanos anunciou que conseguiu fazer a primeira clonagem de células humanas. Segundo eles, o objetivo não é fazer uma pessoa, mas sim, usar as células do embrião para conseguir desenvolver a cura de várias enfermidades até então incuráveis. A notícia trouxe à tona um velho questionamento: até onde vai o limite do homem em sua tentativa de ser igual a Deus?

No Antigo Testamento há a história da Torre de Babel. Segundo o texto bíblico, os homens resolveram construir uma torre que chegasse até o céu. Veja o que eles disseram sobre seu objetivo: “Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra” (Gênesis 11:4). O que eles queriam era a fama, o aplauso de todos aqueles que vissem sua grande obra, para que os temessem e não tentassem fazer nada contra eles. Todavia, ao ver o que eles estavam fazendo, Deus confundiu a linguagem deles, fazendo com que tivessem que se espalhar por toda a terra.

Por que Deus fez isso e o que esta história tem em comum com a clonagem humana? O que há em comum entre os dois fatos é que o homem constantemente está querendo se tornar igual a Deus. Nos dias de Babel, eles queriam chegar ao céu com a sua torre. Nos nossos dias, os cientistas querem assumir a posição de Deus, ao criar um embrião a fim de usá-lo da forma como querem, sem respeitar a vida que está ali. Sim, pois um embrião é uma vida e o homem não tem direito de decidir sobre a vida de quem quer que seja.

Quando Deus confundiu a linguagem do povo de Babel, ele mostrou algo que muitos ainda não entenderam: que há coisas que são exclusivas do Senhor. Deus diz através do profeta Isaías: “A minha glória, não a dou a outrem” (Isaías 48:11). Em outras palavras, aquilo que é exclusivo de Deus Ele não divide com o homem, com os anjos ou com ninguém mais.

Quando os homens tentam agir como Deus, esquecem-se de que existe Alguém superior a eles, que tem todo poder e que pode mudar totalmente os seus. No caso de Babel, ele confundiu as línguas. No caso do navio Titanic (aquele que nem mesmo Deus poderia afundar) Ele o levou para o fundo do mar em sua primeira viagem. E assim Ele tem feito sempre que o homem tenta ocupar o Seu lugar.

O que Ele pode fazer hoje nós não sabemos. Só o que sabemos é que não podemos ficar brincando de ser Deus, pois isso sempre termina em Babel, em confusão.

E isso não vale a pena.

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