Autor: Marcos André Galúcio de Souza
Neste segundo texto baseado no tema: “Com fé, firmes celebramos, Deus nosso sustentador”, quero refletir sobre a palavra CELEBRAÇÃO.
Há no meio evangélico uma concepção errônea sobre o que significa celebrar. Talvez porque nesses últimos tempos muito se tem negligenciado as instruções e as orientações que a Palavra de Deus nos dá quanto ao viver cristão. E nós, que estamos inseridos nesse contexto, incorremos no erro apontado por Cristo: “Errais, não conhecendo as escrituras…” (Mt 22:29).
O escritor Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em seu dicionário nos dá como um dos significados da palavra CELEBRAÇÃO o termo FESTA. Sendo assim, o Velho Testamento nos fornece um ótimo exemplo de como celebrarmos/festejarmos o nosso Deus em culto.
Em Êxodo cap. 12, antes da saída do povo de Israel do Egito, foram instituídas duas festas: a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos, celebrando a salvação enquanto da passagem do Anjo da Morte sobre a terra e a conseqüente libertação do povo da escravidão, respectivamente.
Podemos correlacionar certas figuras pertencentes a essas festas com a nossa celebração atual, o nosso culto racional.
Havia um momento estipulado para a celebração, era no primeiro mês do ano judaico, aos quatorze dias desse mês. O nosso culto deve ser algo contínuo, enquanto individual; apesar de costumeiramente celebrarmos a Deus aos domingos em comunhão com os irmãos, não por almejarmos uma graça especial pelo dia, mas por relembrarmos a ressurreição de Cristo que é a base da nossa salvação (1Co 15:12-17).
Na Páscoa, os israelitas, aos dez dias do primeiro mês, escolheriam um cordeiro de um ano, sem defeito, e aos quatorze dias sacrificavam-no. O sangue do cordeiro seria aspergido sobre as portas das casas como forma de proteção contra a investida do Anjo da Morte. Na nossa celebração fazemos a menção do Cordeiro Santo que há dois mil anos foi sacrificado e o seu sangue vertido na cruz, foi derramado em nossos corações para remissão dos nossos pecados. E, hoje, temos plena certeza da proteção deste sangue contra a morte eterna.
E, por último na noite da Páscoa, começava a Festa dos Pães Asmos, na qual no primeiro dia era tirado todo o fermento das casas. O fermento era símbolo de corrupção e de mal, e todo o que fosse achado comendo pão com fermento seria tirado do meio do povo. (1Co 5:7-8).
Para que cheguemos diante de Deus em celebração, é mister que eliminemos toda a sorte de fermento da injustiça, da maldade, da corrupção, do pecado, confessando à Deus nossas transgressões (1Jo 1:9), para que Ele receba nosso sacrifício de louvor e adoração (Rm 12:1,2).
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