Andai no Espírito

Autor: Gloecir Bianco

“Digo, porém: Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gálatas 5:16)

Um dos livros mais impactantes que já tive oportunidade de ler foi: “O homem espiritual” de Watchman Nee. Creio mesmo que o Senhor usou o autor para nos trazer uma mensagem maravilhosa e esclarecedora sobre a atuação do Espírito Santo em nossas vidas aqui na terra. É certo também que, como o próprio autor alerta, é exatamente no nível espiritual que as forças malignas combatem contra nós, os Santos do Senhor. Portanto, viver no Espírito é viver lutando contra as potestades espirituais do mal.

Sem entrar no mérito de discussões teológicas, acerca da divisão do ser criado por Deus em Corpo, Alma e Espírito, a mensagem mais importante da obra é: se vivemos no Espírito, é no âmbito espiritual que labutamos e naturalmente, como diz Paulo: “jamais satisfareis à concupiscência da carne”. A palavra Jamais tem um significado forte, não significa de vez em quando, não é só um pouquinho ou apenas hoje. Jamais significa que: “e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo” (Efésios 2:5).

Andar no Espírito significa antes de tudo buscar sua plenitude em nossas vidas, não se busca o Espírito sem oração, sem meditação na palavra, sem jejum. É um processo contínuo de busca, pois somos pecadores e temos a liberdade para escolher a cada segundo de nossa existência entre o que é certo e o que é errado, entre o que nos traz prazer terreno ou às coisas celestiais. Na medida em que nossas (mínimas) escolhas recaem sobre o que é celestial e buscamos a plenitude do Espírito em oração, estaremos mais próximos do que Paulo escreve: “Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne”.

Lembro-me do saudoso rev. Eliseu Vieira Gonçalves, quando ensinando a um grupo de jovens sobre o que é ser pleno do Espírito Santo, tomou uma jarra com água e enquanto falava, começou a encher um copo sobre a mesa muito lentamente. Em sua fala suave, a primeira gota no copo significava abrir o coração e aceitar o Senhor, convidando o Espírito Santo para fazer nele morada. Porém ele não interrompia na primeira gota, para encher o copo havia a necessidade de continuar a derramá-la e assim até que o copo ficava completamente cheio. Nem assim havia a interrupção e ele continuava a despejar a água no copo já completamente cheio, então a água transbordava, molhava a mesa, esparramava sobre o chão.

E então ele concluía que este era o significado da plenitude do Espírito Santo, uma vez cheios através de um processo contínuo, espontaneamente transbordaremos e atingiremos os que estiverem ao nosso redor, todos perceberão porque serão atingidos por sua maravilhosa graça.

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