Autor: Luiz Vergílio Batista da Rosa
Embora possamos afirmar a singularidade do Cristianismo, como manifestação de fé e de religiosidade, reconhecemos que existem diferentes formas de expressá-lo e, em conseqüência, temos diferentes tipos de cristãos e cristãs, de acordo com ênfases particulares denominacionais. Mas, a despeito disso, existe algo sem o qual não pode haver Cristianismo: a experiência de nosso encontro pessoal e vivência comunitária com o Cristo crucificado e ressurreto!
O apóstolo Paulo era um cristão que acreditava no Cristianismo do Cristo crucificado e ressurrecto. Do Cristo que através do seu sofrimento, do sacrifício de sua própria vida, e da sua ressurreição, ofereceu a comunhão com Deus a toda a Humanidade. Essa é a mística do ser cristão.
Assim, o Cristianismo do Cristo ressuscitado não vem para julgar o mundo, mas para salvá-lo; nem para ser servido, mas para servir. Essa convicção tornava o apóstolo Paulo um obstinado pelo evangelho, pelo anúncio dessa boa nova: do Deus acolhedor, misericordioso, justo e amoroso. Também, entendia que, pela ação do Espírito Santo, brotava no coração do homem e da mulher cristã uma disponibilidade incondicional, que se transferia para a comunidade cristã, viver para servir. Neste contexto, diferentemente de hoje onde utiliza-se da fé e das comunidades locais com interesses visando, meramente, benefícios pessoais, as suas visões são reflexos dos apelos do Espirito, sopro da vida, para o atendimento das necessidades humanas, de homens e mulheres pelas quais Cristo morreu.
Desse modo, a Macedônia passa a representar o lugar onde brotam os nossos de desafios, de anúncio, de dedicação da comunidade da fé à convocação missionária de Deus; o lugar para o qual se voltam as nossas ações, nossa visão/missão. Macedônia é o lugar de conversão da Igreja.
Também, a Macedônia se constituiu na face difícil da Igreja, da ação missionária, da encarnação do Cristo crucificado e ressurreto – na sua segunda milha. Quando olhamos para nossos desafios missionários nacionais, regionais e locais, penso que eles são a nossa Macedônia de hoje, esperando pelas nossas ofertas, nossos dízimos, nossas orações e nosso envolvimento pessoal. Lembro-me da história de um pastor batista que quando foi batizar uma pessoa, em um rio, ela lembrou-se que tinha a sua carteira com dinheiro no bolso, e pediu para tirá-la. Ao que o pastor lhe disse: O teu bolso também precisa ser convertido! Ou, como disse Jesus: “Onde está o teu tesouro aí estará o teu coração”.
Lembremo-nos, irmãos e irmãs, de que o Cristianismo bíblico desperta nos corações humanos uma profunda disposição para servir, para anunciar e praticar as boas novas do Cristo crucificado e ressurreto.
Na esperança do Reino.
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