Autor: Robson do Boa Morte Garcez
O pecado tem conseqüências sempre maléficas: separa-nos de Deus (Isaías 59.1-2), quebra nossa comunhão com nossos irmãos e individualmente nos abala e prejudica. Para Caim, diretamente Deus disse: “Se, todavia, procederes mal, eis o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti”. Além disso, quando nos guiamos pela Bíblia, a desobediência aos seus preceitos invariavelmente nos faz sentir devedores e carentes de um acerto, uma regularização que só vem pela genuína confissão de pecados. Apesar de o mundo de nossos dias tentar a todo instante nos convencer de que agir assim ou assado “já é uma coisa normal” ou que quase tudo o que vemos na sociedade que nos cerca “não tem nada demais”, sabemos que isso não é verdade. Felizmente,Deus nos fala e sua voz nos vem pelas Escrituras, que o Deus Espírito Santo aplica em nosso interior (João 16.7-11).
O pecado consumado (praticado), além de gerar a morte, provoca em nós salvos um sentimento de culpa. A falta de reconhecimento do pecado faz com que carreguemos uma dupla culpa: a da falta cometida e a de escondê-la. E, tendo pecado, passamos a ter medo, e a agir de um modo como não faríamos normalmente: Adão e Eva, após caírem, se esconderam, e foi por medo. “Fiquei com medo”, diz, na parábola dos talentos, o servo que escondeu o valor recebido na terra, em vez de fazê-lo valorizar (Mt 25.25).
Todavia, onde o pecado é abundante, muito mais se manifesta a graça salvadora de Deus. Todas a aflição e peso dos nossos caminhos tortuosos encontram no sangue do Cordeiro a sua libertação (Sl 32.1-5; Sl 51.7-12). Sentimo-nos, de novo, habilitados a estar de diante de Deus. A Palavra nos autoriza: Rm 5.1; Sl 24.3-4. Andamos em novidade de vida. E o alívio que sentimos, porque perdoados, resulta da transferência de nossa culpa aos lombos do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29; Isaías 53.4-6).
Paul Tournier, suíço, que foi um destacado psiquiatra cristão, em seu livro Culpa e Graça, afirma que “o grande privilégio que temos como cristãos é saber que somos perdoados e que o perdão nos alcança através de Jesus Cristo. (…) A ordem a seus discípulos de ‘ir a todo mundo’ foi simplesmente para a proclamação dessa Boa Nova (Mc 16.15)”.
Nesta viagem em que estamos rumo á Terra da Promessa, ao pecar, cada um de nós precisa tomar a estrada do arrependimento, entrar na rodovia da confissão e, conduzido pela firme direção da graça divina, por fim, permanecer na cidade da segurança, desviando-nos a cada momento dos caminhos enganosos e muito danosos que há.
Busquemos as delícias e as bênçãos do perdão de Deus.
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