A oração eficaz

Autor: Oslei Nascimento




Em o Novo Testamento lemos: “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos” (Tiago 5.16-17). Por este texto é possível compreender que, apesar de seu extraordinário ministério, o profeta Elias era um ser humano comum, cuja vida de oração eficaz serve como estímulo para nós cristãos.
Todos nós concordamos quanto à importância da oração, mas nem todos nos dedicamos a ela. Por isso o escritor Leonard Ravenhill – em seu recomendável livro Por Que Tarda O Pleno Avivamento? –, considera a oração “a gata borralheira da igreja”. A dificuldade que muitos crentes enfrentam ao orar os leva ao abandono da oração, deixando-a relegada a um segundo plano na vida espiritual.
Richard Foster afirma, em sua famosa obra Celebração da Disciplina, que a verdadeira oração é algo que aprendemos. E cita como exemplo os discípulos de Jesus, que lhe pediram que os ensinasse a orar, assim como João Batista havia ensinado os seus discípulos (Lucas 11.1-4). Estudiosos da oração concordam em determinados princípios que nos ajudam a sermos mais eficazes em nossas orações. Eis alguns deles:
Primeiro: Sejamos ordeiros, isto é, coloquemos em ordem nossos pensamentos. Isto evita que divaguemos ou gaguejemos enquanto oramos. Bom exemplo é O Pai Nosso (Mateus 6.9-13), no qual identificamos elementos em seqüência, como invocação, adoração, súplica, confissão de pecados e ação de graças. Não se trata de tornar a oração maquinal ou automática, e sim, uma conversa coerente com Deus.
Segundo: Sejamos específicos, evitemos os circunlóquios, os rodeios. Jesus Cristo advertiu que não será pelo muito falar que o Senhor nos ouvirá (Mateus 6.7). Em seu livro Oração: Chave para o Avivamento, Paul Young Cho conta sua experiência, quando em oração pediu a Deus uma bicicleta, uma escrivaninha e uma cadeira, e depois de descrevê-los como os queria, foi rapidamente atendido!
Terceiro: Sejamos sinceros, verdadeiros, isto é, sem dissimulação ou malícia, para agradar a Deus (Hebeus 11.6). É interessante a história da família que planejava ir à igreja para orar, pedindo a Deus que mandasse chuva, uma vez que prolongada estiagem assolava a região. No caminho, alguém notou o filhinho mais novo, carregando um guarda-chuva, e ralhou: “Que é isso, menino? Uma seca dessas, e você levando um guarda-chuva?” Ao que o garoto respondeu: “Ué, não estamos indo à igreja pedir a Deus que mande chuva? Você não acredita que ele vai nos atender e choverá realmente?”.

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