A nossa suficiência vem de Deus

Autor: Wilson de Oliveira Carvalho
“ENTÃO, ELE ME DISSE: A MINHA GRAÇA TE BASTA, PORQUE O PODER SE APERFEIÇOA NA FRAQUEZA. DE BOA VONTADE, POIS, MAIS ME GLORIAREI NAS FRAQUEZAS, PARA QUE SOBRE MIM REPOUSE O PODER DE CRISTO” (2 Co. 12:9).

Uma coisa aprendemos do presente texto e do exemplo do apóstolo Paulo – a vitória espiritual, o êxito no labor espiritual depende, em última análise, não das condições do corpo, e, sim, das condições da alma e do trabalho que DEUS tem feito em nós e para fazer por nosso intermédio.
Mas, o apóstolo Paulo, teve de continuar a suportar seus problemas físicos, teve que continuar afligido com as suas fraquezas. Ao ver o propósito por detrás do problema, Paulo alegremente acedeu a esse plano divino. O pedido específico de Paulo não foi proporcionado; no entanto, recebeu melhor resposta do que poderia ter antecipado. Tal como em tudo o mais, em sua vida cristã e em seu serviço, ele dependeu da graça e do poder divinos, posto que a nossa suficiência vem de DEUS; porquanto, nessa tribulação ele recebeu o poder suficiente para tolerar o sofrimento e a tensão.
“NÃO QUE, POR NÓS MESMOS, SEJAMOS CAPAZES DE PENSAR ALGUMA COISA, COMO SE PARTISSE DE NÓS; PELO CONTRÁRIO, A NOSSA SUFICIÊNCIA VEM DE DEUS”. (2 Co. 3:5).
E isso, conforme pôde entender, era melhor para si mesmo e para o seu trabalho. O poder divino não pode ajudar e nem usar o homem auto-suficiente; mas o poder de DEUS “SE APERFEIÇOA NA FRAQUEZA”. Por isso é que Paulo dizia que ao invés de continuar pedindo o seu livramento daquela enfermidade, se gloriaria em suas fraquezas, a fim de que o poder de CRISTO pudesse repousar sobre ele, para sustentá-lo e dar-lhe a eficácia necessária como ministro, e sem o que nem mesmo Paulo poderia fazer corretamente o que era de sua incumbência.
Com base nessas circunstâncias de Paulo aprendemos que uma resposta negativa da parte de DEUS não é uma recusa caprichosa, que não resulta em qualquer benefício, como um não dado às crianças, por seus pais. Os homens podem dar respostas negativas a seus semelhantes, ou até mesmo a seus filhos, por motivo de algum capricho; sem qualquer base na razão e no raciocínio. Mas DEUS não é frívolo como o homem. Um não, quando vem da parte de DEUS, por conseguinte, sempre tem algum propósito definido e é eficaz, não menos do que um sim, tudo dependendo das circunstâncias. Assim é que, às vezes, uma negativa é preferível a uma resposta afirmativa. Um autor disse que “Assim como nenhum homem jamais se orgulhou de alguma coisa que não lhe seja prejudicial, assim também nenhum homem jamais teve algum defeito que, de alguma maneira, não lhe seja útil”.
São extremamente numerosos os exemplos de como isso opera. Moisés tinha um problema de elocução das palavras. Jeremias parece ter-se visto a braços com um senso de insuficiência. A luta para derrotar as fraquezas, para vencê-las, para ultrapassá-las, com freqüência têm sido o próprio meio pelo qual um homem realiza grandes coisas.
Necessidades extremas têm podido conduzir muitos homens aos pés de CRISTO; e as histórias pessoais de Isaías, de Saulo de Tarso, de Lutero e de Agostinho ilustram bem esse ponto.
As necessidades extremas também podem fazer os cristãos grandes em CRISTO. DEUS pode liberar o seu poder através das fraquezas, e algumas vezes essa é a maneira mais eficaz de faze-lo. Profundas simpatias se criam naqueles que sofrem profundamente; cores delicadas e belas se desenvolvem em flores que crescem nas sombras. A aflição de Paulo não lhe serviria de empecilho, e a resposta às suas orações foi-lhe assegurada. Isso serve de grande consolo. O que é importante nesta vida é o cumprimento de nossas missões. Serve-nos de consolo saber que DEUS nos outorga os meios para nos desincumbirmos de nossas tarefas. Nossas debilidades não precisam ser obstáculos. Podem até mesmo servir de ajuda. E assim podemos ter a certeza de que podemos fazer aquilo que nos tem sido determinado. E isso serve de importantíssimo consolo.
“… DE BOA VONTADE, POIS, MAIS ME GLORIAREI NAS FRAQUEZAS…”.
Essa passou a ser a nova atitude de Paulo, ao invés de continuar a fazer uma oração inútil. Se ele tivesse prosseguido em sua atitude anterior, talvez tivesse recebido, finalmente, uma resposta afirmativa, mas com resultados adversos para si mesmo. Em face disso, o apóstolo cedeu pronta e jubilosamente, porquanto assim o sucesso de sua missão ficava assegurado, a despeito do seu espinho na carne. De fato, tal problema até lhe serviria de ajuda. E isso o enchia de satisfação, e ele pôde triunfar na graça divina.
Ele o apóstolo Paulo – encontrou não somente consolo, mas até mesmo deleite, em sua consciência de fraqueza, porquanto tudo foi contrabalançado pelo senso que o poder de CRISTO habitava em sua pessoa e ao seu derredor.
“COMO DESCONHECIDOS E, ENTRETANTO, BEM CONHECIDOS; COMO SE ESTIVESSEMOS MORRENDO E, CONTUDO, EIS QUE VIVEMOS; COMO CASTIGADOS, PORÉM NÃO MORTOS; ENTRISTECIDOS, MAS SEMPRE ALEGRES; POBRES, MAS ENRIQUECENDO A MUITOS; NADA TENDO, MAS POSSUINDO TUDO”. (2 Co. 6: 9-10).

FONTES: Bíblia Sagrada
Livro N.T. Interpretado.

“SÓ EXISTE UM REAL SACRIFÍCIO, O QUE FOI OFERTADO NO CALVÁRIO”. (David Livingstone)

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