Autor: Paulo Ribeiro Fontes
No capítulo 3 da Epístola de Tiago, o Espírito Santo nos fala dos perigos e dos pecados da língua, mostrando a dificuldade que temos em dominá-la. O texto usa vários exemplos da vida para falar dos tremendos perigos do mau uso da língua: o freio que se coloca na boca dos cavalos para que nos obedeçam e assim o façamos ir aonde queremos (Tiago 3.3); o pequeno leme que pode guiar o grande navio que vai aonde o piloto quer (Tiago 3.4); a pequena chama, uma centelha, que pode incendiar uma grande floresta (Tiago 3.5). Assim, estes exemplos nos mostram como pequenas coisas podem ser capazes de grandes realizações. Com estes exemplos nós aprendemos, então, que a língua, embora seja um pequeno membro do nosso corpo, quando mal usada, é capaz de fazer enormes estragos e causar terríveis danos. Todos nós sabemos do poder que a língua tem para construir ou para destruir. Com ela pode-se encorajar um enfermo ou fazer adoecer uma pessoa sadia. Uma palavra é capaz de produzir muita alegria ou gerar profundas tristezas e muitas lágrimas; pode unir pessoas ou criar separações terríveis entre elas. Por isso Tiago nos alerta para a necessidade de refrear a nossa língua (Tiago 3.2). O apóstolo Paulo também tratou da questão e deu o seguinte conselho aos crentes colossenses: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um” (Colossenses 4.6 ). E aos efésios, Paulo ensinou que devemos falar somente aquilo que for bem para a edificação e que transmita graça aos que ouvem (Efésios 4.29).
Em uma sociedade marcada pela maldade, pelo desrespeito às pessoas, pelo espírito fofoqueiro e leviano e pelos desentendimentos, é necessário que todos nós aprendamos a dominar a língua, no poder do Espírito de Deus que em nós habita. A nossa oração constante deve ser como a do salmista: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios” (Salmo 141.3).
Faça um comentário