Autor: Elly Claire
W. Hunt, prefaciando «Retorno à Santidade», de Gregory Frizzel, traça um perfil muito realista e pouco recomendável da igreja de hoje: indiferença, falta de compromisso e até imoralidade. Constatação que choca o leitor e o obriga a refletir: Será isso mesmo? A igreja de Cristo indiferente, descompromissada, imoral? Impossível!
Sim, Jesus falou de joio em meio ao trigo, mas infelizmente e graças a Deus, esse perfil não é absoluto e de todo verdadeiro, pois há o trigo e, ainda, não é o trigo que está no meio do joio, mas o joio que está no meio do trigo. Isso quer dizer que a igreja de Cristo existe e está comprometida com a verdade, com o evangelismo, com a união e a paz entre os irmãos, com a assistência social, com a edificação do corpo de Cristo. Graças a Deus que nossa igreja tem se esforçado nessa perspectiva.
O desafio é, então que a verdadeira igreja de Cristo realmente cumpra o seu papel de fermento para a massa, de sal para a terra e luz para o mundo. E, se a igreja sou eu mais você, isso tem que começar com o eu.
A Palavra de Deus é riquíssima de apelos à reflexão sobre a verdadeira identidade do homem que teme a Deus: «Sonda-me, ó Deus…» «Examine-se o homem a si mesmo…» «Pedro, tu me amas?…» «Sede santos porque Eu sou santo…» «Quem exigiu de vós o só pisardes os meus átrios?…» Vale a pena uma leitura meditativa da Bíblia que nos leve à introspecção honesta da nossa postura como cristãos.
Não fechando os olhos para a cruel realidade descrita naquele prefácio, mas fazendo dela um alerta, examinemo-nos diante do Pai, busquemos um tempo significativo de oração sincera e prossigamos com fé a jornada que nos está proposta, vivendo a vida abundante e saudável, na alegria da comunhão e no desempenho da missão para a qual Cristo nos chamou individualmente.
A recompensa é a paz interior, a alegria da vida plena e autêntica, como nos propõe Fernando Pessoa em:
Ode
Para ser grande, sê inteiro.
Nada teu exagera ou exclui
Põe o que és no mínimo que fazes
Sê todo em cada coisa.
Assim, em cada lago,
a lua toda brilha porque alta vive.
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