Autor: David Wilkerson
Você alguma vez fez essa pergunta? Há uma questão especial sobre a qual você tem orado durante muito tempo, sem resposta aparente à vista? Há momentos em que você se pergunta se a resposta ainda virá? Você tem honestamente feito tudo o que sabe fazer? Cumpriu cada requisito da oração? Chorou, jejuou, e fervorosamente pediu a Deus com verdadeira fé? – e ainda assim parece que nada acontece? Se você respondeu sim à todas as perguntas, está em boa companhia. Você não é um tipo estranho de cristão sofrendo castigo do Senhor. A resposta demorada à oração é uma das experiências mais comuns compartilhadas até mesmo pelos mais santos filhos de Deus.
Agradeço a Deus pelos ministros e mestres que pregam a fé. Faço isso! Graças a Deus pelos mestres que incitam minha alma a esperar milagres e respostas a todas minhas orações. Talvez a igreja tenha se tornado tão infiel e descrente, que Deus tenha que irromper em nós com uma nova e original revelação de Suas poderosas promessas. Há muito ensinamento novo hoje sobre “fazer a confissão correta”. E o povo de Deus também está sendo aconselhado a pensar positivamente e a afirmar todas as promessas de Deus. Dizem que devemos nos livrar de todos os ressentimentos escondidos – corrigir todos os nossos erros, mesmo os da infância. Ultimamente se ensina que a maioria de nossas orações sem resposta, das doenças prolongadas, da incapacidade em influenciar Deus a nosso favor é resultado direto do mau manejo de nossa fé. Como um mestre de fé expressou, “A fé é como uma torneira; você pode abrir ou fechar”.
Tudo soa tão simples. Você necessita de um milagre financeiro em sua vida? Então, dizem eles, simplesmente livre sua vida de todos os obstáculos, ressentimentos, e incredulidade – confesse que já recebeu a resposta pela fé, e a obterá. Quer que o marido de quem você se divorciou retorne para uma reconciliação? Confesse – imagine que está acontecendo – crie a imagem mental de uma bela reunião – e ele é todo seu. Há algum ente querido às portas da morte? Então avise a Deus que você não aceitará um não como resposta; lembre-O de Suas promessas; admita a cura, e ela acontecerá – assim nos ensinam. E se sua oração não for respondida; se o marido permanece fora meses a fio; se o ente querido doente morre; se a necessidade financeira se torna uma crise – então se insinua que é tudo por sua culpa. Ou seja, sugere-se que em algum momento, você permitiu que um pensamento negativo bloqueasse o canal. Ou, tinha um pecado ou ressentimento secreto não abandonado. Sua confissão não foi de acordo com as escrituras ou então foi falsa. Um mestre de fé escreveu, “Se você não obteve os mesmos resultados que eu, então não fez tudo que eu fiz!”.
Não Estou Brincando, Eu Acredito Que Deus Responde as Orações
Oh, como acredito nisso! Mas meu escritório recebe cartas trágicas de cristãos honestos que estão totalmente confusos e desanimados porque parece que não conseguem fazer todas estas novas fórmulas de oração e fé funcionarem. “O que há de errado comigo?”, escreve uma perturbada senhora. “Pesquisei meu coração e confessei cada pecado. Amarrei todos os poderes demoníacos pela palavra de Deus. Jejuei; orei; confessei as promessas – mas ainda assim, não vi resposta. Devo ser espiritualmente cega, ou estou fazendo tudo errado”.
Acredite, há milhares de cristãos confusos de um lado a outro deste país que se condenam por não serem capazes de produzir resposta à uma oração desesperada. Sabem que a palavra de Deus é verdadeira, que nem uma única promessa pode falhar, que Deus é fiel de geração em geração, que Ele é bom e quer que Seus filhos esperem respostas às orações. Mas para eles, existe aquela oração que fica sem resposta – infinitamente. Então eles se culpam. Escutam as fitas de professores e pastores que falam de maneira tão poderosa e positiva sobre as respostas que recebem em conseqüência da fé. E ouvem os testemunhos de outros que têm uma fórmula toda elaborada, e que agora recebem tudo que pedem a Deus. Então olham para sua própria incapacidade e a condenação os oprime.
Vou Abrir a Alma a Você Nesta Questão de Oração Sem Resposta.
Antes de tudo, respeito e amo todos os mestres e ministros de fé e confissão positiva. São grandes homens e mulheres de Deus. Precisamos desesperadamente ser lembrados quanto ao poder da fé e quanto ao pensamento apropriado. É tudo muito bíblico, e os que resistem ou negam tal ensino provavelmente nunca gastaram tempo para ouvir o que verdadeiramente está sendo ensinado. Mas há um problema maior. O vagão da fé está se movendo a toda velocidade com rodas não balanceadas. E se continuar se movendo na direção que agora vai, sem equilíbrio, irá se desgovernar, e muitas pessoas confiantes se machucarão. Algumas já estão desistindo, porque acabaram escravizadas aos ensinos de fé que sugerem que todas as orações sem resposta são resultado do erro humano. Em outras palavras, se não funcionou – é porque você fez algo errado – então, continue tentando até acertar.
Não se pode alimentar a fé apenas com promessas tipo “self service” de cura, riqueza, êxito, e prosperidade – mais do que poderá se fortalecer e ficar saudável comendo apenas sobremesa. A fé vem pelo ouvir “toda a Palavra” – não apenas as porções preferidas.
E as verdades da Bíblia que falam do sofrimento que ensina obediência? Como Jesus, aprendemos obediência pelas coisas que sofremos (Hebreus 5:8). Há tantas passagens das escrituras sobre sofrimento quanto há sobre fé.
Nossa fé não deve ter medo de investigar as passagens da Bíblia que lidam com a demora de Deus, Seus períodos de silêncio, e mesmo Sua soberania – quando Ele age sem dar ao homem uma explicação.
Paulo Adverte Que A Fé Não Deve Vir Sozinha.
Ele diz, “Some à fé a virtude, conhecimento, domínio próprio, moderação, paciência, etc…”. A fé sem paciência, virtude e domínio próprio torna-se centrada em si mesma e desequilibrada.
Nem todas as doenças são causadas por demônios ou espíritos malignos. A maioria delas são causadas por falta de domínio próprio, gula, e maus hábitos. Esta geração que arrota empanturrada, se farta de montanhas de guloseimas sem valor nutritivo, sobremesas, e bebidas envenenadas – e então, quando o corpo fica enfraquecido e golpeado pela doença, corremos em pânico à Palavra de Deus à procura de uma panacéia rápida. Faremos qualquer coisa para sermos curados – exceto praticar domínio próprio e moderação. E mesmo que Deus, na Sua misericórdia, muitas vezes prevaleça sobre nossa conduta de autoperdão e cure nossos corpos, necessitamos investir em nossa fé com algum domínio próprio.
Há momentos na Bíblia que Deus não podia, ou não queria responder, não importando quantas vezes fosse pedido – não importando quão grande fosse a fé ou positiva a confissão. Paulo não foi liberto da aflição que o esbofeteava, embora tenha suplicado diligentemente por uma resposta. “Por causa disto três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim.” (2 Coríntios 12:7-8).
Deus queria ver a obra da graça completada em Paulo primeiro. Ele não permitiria que Seu filho se tornasse inchado de orgulho. Ele não se regozijaria numa libertação – mas em aprender como o poder de Deus pode ser seu nos momentos de fraqueza. Mas veja o que isso operou em Paulo, provando que Deus estava correto em não responder sua petição:
“De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então sou forte” (2 Coríntios 12:9,10).
Será que faltava fé a Paulo? Será que ele estava cheio de pensamentos negativos? Confissão errada? Por que Paulo não pregou a mensagem que tanto ouvimos hoje: “Você não tem que sofrer enfermidade, pobreza, dor, angústia. Não tem de passar necessidade nem fraqueza. Reivindique a vitória sobre o sofrimento e a dor.”?
Paulo queria mais que cura, mais que êxito, mais que libertação dos espinhos cheios de pontas – ele queria Cristo! Paulo preferia sofrer a resistir ao que Deus ordenava. E é por isso que ele podia gritar, “Me glorio em minha situação atual – Deus está agindo em mim através de tudo que eu sofro. E por tudo isso, sei que meu sofrimento presente não pode ser comparado à glória que me espera”.
Nós Abusamos de Nossas Respostas.
Nós nos tornamos ingratos, e freqüentemente transformamos nossa libertação em desastre. Isso foi o que aconteceu a Ezequias. Deus enviou um profeta para adverti-lo que estivesse preparado para morrer, dizendo, “Porque morrerás, e não viverás”. Ezequias chorou, arrependeu-se, e implorou a Deus que acrescentasse quinze anos. Deus concedeu sua oração. Foi dada nova concessão de vida. No primeiro ano da prorrogação de vida ele se comprometeu, expondo Israel a reis inimigos. Trouxe desastre sobre sua família e sua nação.
Há outras vezes que Deus se recusa a responder nosso pedido de oração, porque tem “um jeito melhor.” Responderá, certamente, mas não reconheceremos como tal. Veremos isso como rejeição – mas, através disso, Deus estará realizando Sua perfeita vontade. Encontramos este princípio em ação quando Israel estava sendo levado cativo à terra dos caldeus. “Que desastre,” choraram. “Deus rejeitou nossas orações; estamos abandonados. Deus se fez de surdo.” Os que foram deixados em Jerusalém encheram-se de orgulho pensando que Deus tinha ouvido sua oração, e os tinha abençoado por permitir que permanecessem lá. Mas esses que permaneceram foram totalmente destruídos por espada, fome e peste, até que fossem todos consumidos (Jeremias 24:10).
Mas aos que foram tomados como cativos foi dito que o grupo “Foi enviado fora deste lugar na terra dos caldeus para seu bem.” (Jeremias 24:5). Eles nunca reconheceram Deus em ação, conservando um remanescente, mas esses que foram “poupados através do sofrimento” retornaram para reconstruir a terra.
Algumas Das Minhas Orações Ainda Não Foram Respondidas
A Bíblia diz, “Confissão sincera é bom para a alma”. Confesso a você que ainda não recebi respostas à duas orações que tenho feito durante anos. Já ouço alguém dizendo, “Irmão David, não faça isso! É negativo! Isto é confissão errada. Não é de se admirar que ainda não tenha tido as duas respostas!”. Mais me divirto que me magôo com tais comentários. Recuso-me a ignorar os fatos. Os fatos são que eu sinceramente tenho orado sobre estas duas questões. Me apropriei de cada promessa da Bíblia – tenho a confiança de que Deus é capaz de fazer tudo – tenho dado ao meu bendito Senhor uma fé capaz de mover montanhas! No entanto, os anos se passam, e eu não vi respostas. Milhares de minhas orações foram atendidas. Vejo respostas às minhas orações a cada dia de minha vida. Deus faz milagres a meu favor, a cada momento de vida. Mas essas duas orações ainda não foram respondidas.
Deixarei os peritos em oração e fé tentarem analisar as razões destas orações não terem sido respondidas – mas, quanto a mim, não estou nem um pouco preocupado com isto. Passei já por tudo que tenha a ver com autocondenação. Já me culpei o suficiente por não receber resposta quando a desejava. Deus está trazendo equilíbrio para a minha fé! Minha confissão positiva está sendo redirecionada para a direção correta. E que alegria e liberdade quando a sua fé em Deus não depende só de obter respostas. Que libertação quando sua fé se concentra só em Jesus e em receber o Seu caráter santo.
Será que as Minhas Orações Algum Dia Serão Respondidas?
Acredito no tempo do Espírito Santo. No tempo do próprio Deus, todas as nossas orações serão respondidas de uma maneira ou de outra. O problema é que temos medo de submeter nossas orações ao escrutínio do Espírito Santo. Parte de nossas orações necessita ser depurada. Parte de nossa fé é desperdiçada em petições que não estão amadurecidas.
Estamos tão convencidos de que se nossa petição estiver “de acordo com a vontade dEle, devemos obtê-la”. Nós simplesmente não sabemos como orar “Seja feita a Tua vontade!”. Não queremos a Sua vontade tanto quanto as coisas permitidas por Sua vontade. O único teste que exigimos para as nossas orações é bastante egoísta, ou seja: “Será que dá para achar isto no catálogo das coisas permitidas por Deus?”. Então podemos pesquisar toda a palavra de Deus, e espertamente expomos as razões pelas quais nos devem ser concedidas certas bênçãos e respostas. Combinamos as promessas para se ajustarem às nossas petições específicas. Quando estamos convencidos de que a documentação está boa, e já juntamos um número suficiente de promessas, marchamos intrepidamente à presença de Deus como se dizendo, “Senhor, estou num aperto tremendo. De modo algum Tu podes me abandonar. Verifiquei a minha fé. Busquei em Sua palavra este assunto. Fiz tudo de acordo com o plano. Isso é meu! Reivindico-o! Agora mesmo!”.
A Fé é só Isso? Simplesmente Uma Ferramenta Para Bisbilhotar os Benefícios das Promessas de Deus?
Um desafio à fidelidade de Deus? Uma prova à Sua palavra? Uma chave para destrancar a sala de bênçãos do Senhor? Parece-me que marchamos para a sala do trono do Deus com as bandeiras de fé tremulando, armados com um arsenal de promessas, prontos para violentamente reivindicar tudo que nos é devido. O tempo todo imaginamos nosso Pai aprovando e felicitando-nos por desvendarmos o mistério da fé e, portanto dando-nos o direito às recompensas do céu.
Até que Deus reestruture nossos desejos e ambições, nós continuaremos a desperdiçar nossa preciosa fé em coisas criadas, ao invés de no Criador. O quanto a nossa fé se torna covarde e corrupta quando é utilizada simplesmente para adquirir coisas. Que tragédia nos vangloriarmos que a fé tenha produzido para nós um carro novo, um avião, tranqüilidade financeira, uma nova casa, etc.
A fé é uma forma de pensamento – se bem que positivo, o pensamento divino. Mas Jesus advertiu-nos a nem pensarmos em coisas materiais. “Apenas os gentios (ímpios) procuram estas coisas”. Como Jesus é claro em relação a esse assunto: “Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir… pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas” (Mateus 6:26, 32).
Mesmo o mau prospera às vezes – e não se pode dizer que foi a fé que produziu isso. Deus faz chover Seu amor e bênçãos tanto sobre o justo como sobre o injusto. Mostre-me um cristão prosperando, e eu lhe mostrarei um réprobo prosperando ainda mais.
Abomino a Idéia de Ensinar aos Cristãos Sobre Como Usar a Fé Para se Tornarem Prósperos ou Bem Sucedidos.
Isso contraria os ensinamentos do humilde nazareno que apelou para que Seus seguidores vendessem tudo e dessem aos pobres. Fez advertências contra a construção de celeiros, e deplorou a fome consumista pelos bens materiais. Ele não tinha tempo para os que armazenavam tesouros aqui na terra. Ensinou que Seus filhos não devem se envolver com a ilusão das riquezas, mas que a fé deveria fixar nossa afeição nas coisas lá do alto.
Como pode acontecer que, considerando todos os ensinamentos que temos hoje a respeito da fé, Jesus pudesse dizer, “.quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18:8)? Será que Jesus considera a marca de fé moderna como não caracterizando realmente fé? Será que a nossa assim chamada é fé tão egoísta que está tornando-se uma abominação ao Senhor? Não importa quantas passagens da Bíblia são citadas para apoiá-la, a fé que compraz a si mesma é uma deturpação da verdade.
Compare a fé materialista tão predominante hoje com a fé descrita em Hebreus 11! As coisas esperadas por estes grandes homens e mulheres de Deus não podiam ser medidas por qualquer padrão terreno. A substância que eles procuravam não era dinheiro, casas, êxito, nem uma vida livre da dor. Exercitavam a fé para ganhar a aprovação de Deus nas suas vidas. A fé de Abel focalizava apenas a justiça, e Deus o premiou com ela. A fé de Enoque era tão direcionada para Deus, que foi trasladado; sua fé tinha uma única intenção – conhecer e agradar Deus. Fé para Noé significava “mover-se com temor” preparando-se para o julgamento à vista. Como esse homem choraria se pudesse testemunhar a loucura de materialismo que aprisiona a nossa geração.
Abraão exercitou sua fé para mantê-lo lembrado de que era um estrangeiro na terra. Seu pacto de bênção nesta terra resulta apenas em uma tenda para morar, porque pôs toda sua fé naquela cidade cujo construtor e criador é Deus.
Alguns que tinham reputação de ter grande fé “não receberam a promessa” (Hebreus 11:39). Os que “obtiveram as promessas” usaram a fé para exercer a retidão, a fim de ganhar força nos momentos de fraqueza e afugentar o inimigo.
Será que Alguns Deles Não Estavam Vivendo na Fé? Será que Deus se Recusou a Responder Algumas de Suas Orações?
Afinal de contas, nem todos estes guerreiros da oração e da fé foram libertos. Nem todos viveram para ver a resposta de suas orações. Nem todos foram poupados da dor, do sofrimento, e mesmo da morte. Alguns foram torturados; outros foram serrados ao meio, ficaram errantes no deserto, afligidos, atormentados (Hebreus 11:36-39).
Eram grandes homens e mulheres de fé e sofreram cruel escárnio, açoites, e encarceramento. Eles não foram afligidos e atormentados por causa da falta de fé, ou por confissão errônea -nem porque abrigaram rancor ou animosidade. Não poderiam estes homens de fé produzir mais do que pele de cabras para as costas? Será que não poderiam ter se levantado em fé para reivindicar aquela grande promessa de que nenhuma praga conseguiria chegar perto de sua habitação?
Oh caro amigo, o mundo não era digno destes santos de fé, porque tinham o tipo de fé que esmaga toda reivindicação da carne. Sua fé tinha um único olhar; consideravam todas as bênçãos de Deus como eternas e espirituais, ao invés de terrenas e do agora.
Sim, sei que o capítulo da fé termina dizendo, “Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito” (Hebreus 11:40). Mas como definiremos essa coisa melhor que Deus preparou para os que têm fé hoje? Beneficiar-se de melhor saúde? Melhores peles de cabra? Melhores reajustes financeiros? Tempos melhores de sossego e prosperidade? Melhores benefícios na velhice? Celeiros maiores, cheios com tudo que necessitamos para uma aposentadoria com estilo?
Não! Eu digo que Deus Providenciou Para Nós Algo Melhor no Seu Filho Unigênito.
Ele veio à terra como homem para nos mostrar uma fé maior e singular que é “fazer a vontade do Pai”. Deveríamos passar mais tempo compenetrando-nos em Jesus, do que tentando obter algo Dele. Não deveríamos estar orando para que Deus faça as coisas acontecerem para nós – mas em nós.
Aqueles que têm exercido sua fé para cura, bênçãos financeiras, soluções de problemas – deveriam, em vez disso, concentrar toda a fé em obter o “descanso em Cristo”. Há uma fé que descansa não na oração respondida, mas no entendimento de que o nosso Senhor fará o melhor para nós.
Não se preocupe se Deus está dizendo “Sim!” ou “Não!” à sua petição. Não fique abatido quando a resposta não está à vista. Deixe de pensar em fórmulas e métodos de fé. Apenas entregue toda oração a Jesus, e cuide das suas coisas com a confiança de que Ele não chegará nem um instante adiantado ou atrasado para responder. E se a resposta que procuramos não vier, que possamos dizer aos nossos corações, “Ele é tudo que eu necessito. Se eu necessitar de mais, Ele não me negará. Ele o fará a Seu tempo, a Seu modo, e se não realiza a minha petição, deve ter uma razão perfeita para não fazer isso. Aconteça o que acontecer, eu sempre terei fé na Sua fidelidade”.
Deus nos Livre de a Nossa Fé Servir à Criatura Em Vez de ao Criador.
Deus nos perdoa se estamos mais preocupados em conseguir a resposta às nossas orações, do que em aprender a submeter-nos totalmente ao próprio Cristo. Não aprendemos obediência pelas coisas que obtemos, mas pelas coisas que sofremos.
Você está disposto a aprender a obediência ao sofrer um pouquinho mais com o que parece ser uma oração sem resposta? Descansará você no Seu amor enquanto pacientemente espera pela promessa, depois de ter feito toda vontade do Pai?
Lance fora sua teologia e volte à simplicidade. A fé é um dom, não um diploma. A fé não deve ser um peso nem um quebra-cabeça. Quanto mais infantil for, melhor funcionará. Você não necessita de nenhum seminário ou manual – não necessita de nenhum guia. O Espírito Santo o dirigirá para mais perto de Jesus – que é a Palavra através de Quem vem a fé.
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