Autor: Raniere Menezes
Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? Dn 4.35
Arthur W. Pink definiu bem a importância da doutrina da Soberania de Deus, como poucos teólogos, em harmoniosa acuidade espiritual, escreveu: “Soberania, uma verdade que traz conforto aos corações, maturidade e estabilidade de caráter cristão; a doutrina-chave da História, a interpretação da providência, a trama e a urdidura das Escrituras, o fundamento da teologia cristã”. Dentro do conceito de maturidade cristã essas palavras não são simples palavras.
Soberania de Deus é uma expressão preciosa para o entendimento de tudo o que acontece no mundo, em especial na compreensão da História. Não podemos, como cristãos, entender a História sem Deus. O nosso Deus é o Deus na História, Ele é o Senhor da História! Que os céticos contestem e desprezem esta verdade! A História não é um emaranhado de acontecimentos por acaso.
Afirmamos, em especial, a Soberania de Deus na Reforma Protestante do século XVI. Este momento da História não foi um momento baseado em sorte, acaso ou destino. Deus em seu trono reafirmando sua realeza moveu os exércitos dos céus para fazer tudo conforme a Sua vontade. Afinal, ninguém pode deter Sua força.
A cosmovisão calvinista vê que a Reforma não foi mais um movimento nos anais da História, porém um movimento portentoso, de grande magnitude. “A Reforma não foi simplesmente uma tempestade em copo d’água. Jerônimo disse certa vez que, quando lia as cartas do apóstolo Paulo, podia ouvir trovões. Os mesmos trovões também ecoam mediante os escritos dos reformadores”. – Escreveu Timothy George, mas não parou aí. E suas palavras posteriores deveriam abrir os olhos de muita gente. Continuou -: “Os teólogos contemporâneos fariam bem em ouvir novamente a mensagem desses cristãos corajosos que desafiaram imperadores e papas, reis e câmaras municipais, porque suas consciências estavam cativas à Palavra de Deus”.
Somente um incrédulo não pode perceber Deus agindo na História. Como Lutero pôde fazer o que fez sem Deus? “A Igreja de Roma aparece sob o domínio do papa Leão em todo o seu esplendor e glória. Um simples monge fala, e este poder e esta glória se abatem de súbito na metade da Europa!” (J.H. Merle D’Aubigné). Será que foi porque politicamente os príncipes alemães o ajudaram como querem alguns historiadores? Será que Lutero desconhecia o Salmo 118:9 que diz: Melhor é buscar refúgio no SENHOR do que confiar em príncipes. [?]. Impossível! Não há ninguém que possa impedir Deus de fazer o que quer. Por ser Deus onipotente Ele faz grandes coisas por meios imperceptíveis.
“É indispensável que a História viva a vida que lhe é própria, e esta vida é Deus. Deus deve ser reconhecido e proclamado na História. A História do mundo deve ser assinalada como os anais do governo do Rei Soberano” (J.H. Merle D’Aubigné). Ora, quem é Jesus Cristo senão Deus na História?
A Deus pertence o domínio e o poder. Jó 25:2
Exalta-te, SENHOR, na tua força! Nós cantaremos e louvaremos o teu poder. Sal 21:13
Faça um comentário