Autor: Ricardo César
“Porque para com Deus não há acepção de pessoas.” (Romanos, 2.11)
A avaliação humana é sempre pela aparência: olhamos quantidade, valor, tamanho, qualidade, etc., usando, para tanto, referenciais pessoais. No entanto, a avaliação divina é feita pelo pleno conhecimento que o Senhor tem das nuances do coração humano. Ele não leva em conta a “nossa casca”, mas a nossa essência, da qual é profundo Conhecedor, afinal, foi Ele Quem nos fez…
Desta feita, a Ele somente cabe o julgamento das ações alheias. A Sua obra é pessoal, distinta; apenas Ele tem direito à manipulação do barro no qual cada um vai sendo trabalhado. Ele não é encontrado em parte alguma das Escrituras Sagradas pedindo a opinião de alguém sobre qualquer assunto.
Nossa tarefa é unicamente colocar ao Seu dispor nossos “pães e peixes”, independentemente de quantos e para que sejam; assim Ele opera o milagre de saciar a fome de milhares. Às vezes, perdemos tempo demais tentando “ajudá-Lo” a fazer Sua parte (o milagre) e nos esquecemos de cumprir nossa tarefa de entregadores. Por isso, tantos estão mergulhados na “fome da desesperança”: porque perderam, ou nunca tiveram, a consciência da auto-entrega. Quem sabe Deus quer fazer algo novo em nosso tempo ou mesmo repetir algo maravilhoso que já tenha feito no passado? O certo é que devemos reverter em atitudes as nossas vidas de observadores, para que sejamos participantes da Obra do nosso Deus.
Zacarias nos fala dos humildes começos de Jerusalém (Zacarias, 4.10). O salmista lembra que o chuvisco amolece a terra (Salmos, 65.10). Jesus compara o Reino de Deus com uma semente de mostarda (Mateus, 13.31). O segredo é jamais olhar as coisas pequenas procurando calcular resultados grandiosos nelas mesmas, nem calcular a extensão no nosso próprio esforço, pois tudo depende unicamente do Senhor que opera a partir delas [pequenas coisas] e através nossa fidelidade em nos submeter e acreditando no Seu infalível Poder!
O autor é da Igreja Presbiteriana Memorial de Piedade
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