Autor: Lincoln Resende
O medo é um sentimento paralisante e muito incômodo. Não deve ser tolerado. É defeito grave que estrangula na nascente muitos propósitos e muitos projetos.
Não obstante, em certas circunstâncias, o medo oferece uma vantagem enorme. Acaba com a valentia descabida. Põe um ponto final na caminhada tortuosa do pecado. Assusta quem sem razão alguma se sente exageradamente tranquilo.
Daí os pedidos que aparecem nas orações dos salmistas. Davi ora assim: “Ó Deus Eterno, faze que sintam medo e que saibam que são seres humanos e nada mais” (Sl 9.20 em a Bíblia na Linguagem de Hoje). Já Asafe ora assim: “persegue-os com a tua tempestade, e amedronta-os com o teu vendaval” (Sl 83:15).
Em algumas ocasiões o medo não faz estragos. Ao contrário, faz reparos. Foi o medo da invasão de Israel por um numeroso exército que levou Josafá a buscar ao Senhor e apregoar um jejum em todo o Judá (2 Cr 20:3).
A terapia do medo põe por terra a soberba, acaba com o indiferentismo religioso, destrói planos diabólicos, gera o temor do Senhor e traz o medroso para perto de Deus outra vez.
O medo de perder tudo o que se tem, o medo da doença, o medo da morte, o medo da bancarrota, o medo do escândalo, o medo da rejeição, o medo de ser entregue a uma disposição mental reprovável (Rom 1:28), o medo de não haver caminho de volta e o medo da punição eterna, se bem aproveitados, podem arrancar o pecador das trevas e trazê-lo para a luz.
Certas coisas que Deus faz, certas palavras que Deus diz e certas imagens escatológicas que Deus mostra incutem ese medo terapêutico. E por ser um medo que cura e salva, é também um medo sempre bem-vindo!
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