Responsabilidades paternais

Autor: Juarez Marcondes Filho

No propósito de conferir nosso desempenho paternal, atentemos para algumas responsabilidades que nos cabem:

Conduzir os filhos a Cristo – “Deixai os pequeninos vir a mim; não os embaraceis, porque dos tais é o Reino de Deus” (Mateus 19.14). Provavelmente esta seja a tarefa mais importante em toda a nossa missão paternal. Algumas perguntas podem ajudar em nossa avaliação: Temos causado algum tipo de impedimento para que os nossos filhos venham a Cristo? Estamos efetivamente empenhados nesta tarefa? Que tipo de motivação temos oferecido aos nossos filhos para que eles venham a Cristo?
Ensinar a Palavra de Deus – “Estas palavras … tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Deuteronômio 6.7). Aqui, damos um passo a mais. Não basta conduzir os filhos a Cristo. É preciso fazê-los permanecer em Cristo. E esta permanência decorre da intimidade com a Palavra de Deus. Tal intimidade não se conquista, apenas, pelo contato dominical com a Bíblia, mas, sim, com o contato diário. Daí a importância do Culto Doméstico. Nossos filhos precisam se ambientar com as coisas de Deus a partir da nossa casa.
Exercer a Disciplina – “Vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” (Efésios 6.4). Disciplina e discipulado vêm da mesma raiz. Se desejamos ver nossos filhos como discípulos de Cristo, devemos discipliná-los nesta direção. Os tempos modernos são de culto ao relativismo. Não há medidas, não há limites. Mas jovens e adolescentes, meninos e meninas, clamam por parâmetros claros e precisos que os ajudem a tomar as decisões corretas na vida. Disciplina é uma forma de amor, “pois que filho há que o pai não corrige?” (Hebreus 12.7).
Treiná-los para Deus – “Ensina a criança no caminho em que deve andar e, ainda, quando for velho não se desviará dele” (Provérbios 22.6). As coisas que aprendemos na infância marcam para sempre a nossa personalidade e ajudam a formar o nosso caráter. Não se pode menosprezar o alcance deste aprendizado. Assim é que muitas vocações para o serviço exclusivo de Deus surgem, ainda, nesta fase da vida. Lembremo-nos de Samuel, que foi despertado para servir a Deus desde a mais tenra idade e se constituiu num dos maiores líderes do povo de Deus.
Liderá-los para serem líderes – “O líder da Igreja deve governar bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito” (I Timóteo 3.12). A Igreja precisa de líderes que sejam forjados a partir dos seus lares. Homens e mulheres fortes estarão assumindo a direção dos ministérios na Igreja porque receberam a boa instrução desde a sua casa.
Amá-los de todo o coração – “O amor é paciente, é benigno” (I Coríntios 13.4). Em todas estas recomendações bíblicas, o amor não pode estar ausente. Ele é a motivação autêntica do nosso coração. Não criamos os nossos filhos por mera obrigação ou constrangidos por uma responsabilidade, mas, sim, pela alegria que o amor nos impulsiona. Quanta bondade e paciência não haveremos de cultivar para bem desempenharmos a nossa missão?
Que o Senhor abençoe com grande graça a todos os lares.

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