Autor: Nelson R. Gouvêa
Certo dia, depois de uma reunião de estudo da Igreja, um irmão me apresentou uma pessoa visitante que estava visivelmente abatida. Era a primeira vez que esta pessoa entrava numa Igreja evangélica e a sua presença tinha uma razão, diríamos, bem forte. Geraldo, o seu nome, queria conversar com alguém em quem pudesse confiar além de ajudá-lo a resolver uma situação tremendamente difícil aos olhos humanos.
Marcamos uma conversa no gabinete a fim de conhecer-nos melhor, ouvir a sua história e acharmos juntos uma solução. Naquela mesma semana nos encontramos a sós no gabinete, tendo como testemunha apenas a presença sublime e majestosa de nosso Deus. Geraldo então me disse o que lhe estava afligindo: Sua esposa o deixara há alguns meses e estava vivendo com outro homem, e além disso deixara duas crianças para que ele as cuidasse.
Na medida em que ele me relatava os problemas no seu relacionamento conjugal de sete anos de convivência, ele mesmo chegou a dizer que houve um tempo em que não foi um bom marido, porém sentia a falta da esposa e queria uma solução. Talvez o divórcio seria a solução, mas alguma coisa o impelia a buscar ajuda.
Duas perguntas então me vieram à mente, que com certeza foram inspiradas por Deus. Olhei bem nos olhos daquele homem angustiado, com uma ferida enorme em sua alma e lhe perguntei:
1. Você ama a sua esposa mesmo sabendo que ela o deixou?
2. Você está disposto na primeira oportunidade que estiver juntos, pedir-lhe perdão, perdoá-la e também recebê-la de volta?
Quanto à primeira pergunta ele não teve dificuldade de responder. Ele disse: “Eu amo a minha esposa.” Mas quanto à segunda pergunta que eu lhe fizera ele me respondeu com uma outra pergunta. “Pastor, o Sr. sabe o que está me perguntando? Foi ela quem me traiu. Ela me deixou, me trocou por outro. Está adulterando com outro e o Sr. me diz que devo pedir-lhe perdão?” Eu lhe disse: “É claro, você mesmo me disse em seu depoimento que não foi um marido exemplar; esta é, sem dúvida uma oportunidade para a existência do perdão mútuo”.
Terminamos o nosso primeiro encontro orando ao Senhor e colocando esta situação em suas mãos pedindo-lhe que nos desse uma estratégia do seu coração para seguirmos em frente confiantes numa direção segura e madura.
Marcamos mais uma seção de aconselhamento, dois ou três dias depois, e mal havíamos sentado para conversar Geraldo foi logo dizendo. “Pastor, eu acho que vou desistir. Se o Sr. quiser eu posso buscar no carro os papeis de divórcio para que o Sr. veja a gravidade da situação.”
Depois de alguns estímulos em busca do resgate de um relacionamento prestes a se dissolver, o Espírito Santo trouxe-me à minha mente as mesmas perguntas que já lhe havia feito na seção passada. “Geraldo, preste atenção a duas perguntas que vou lhe fazer. Dependendo de como você irá respondê-las, Deus estará do seu lado para lhe ajudar.
Se você fizer a opção do perdão, de alguma maneira, de alguma forma, por mais estranha que seja, Deus estará resolvendo esta situação agora mesmo.”
1. Você ama a sua esposa, mesmo sabendo que ela o deixou?
2. Você está disposto, na primeira oportunidade que estiver juntos, a pedir-lhe perdão, perdoá-la e também recebê-la de volta?
Após analisar por alguns segundos, ele me disse: “Quais são as garantias que eu tenho de que, se eu pedir-lhe perdão, o meu casamento será restaurado?” Eu lhe disse: “A sua luta Geraldo é legítima. Você não está pedindo a Deus o reatamento com uma prostituta. Você quer a sua esposa de volta. Deus tem um compromisso com aqueles que o levam a sério”.
Naquela tarde Geraldo entregou totalmente a sua vida e a sua situação ao Senhor. De joelhos ele recebeu oração, para que Deus confirmasse o seu desejo.
Agora veja, amigo leitor, o que aconteceu. Menos de uma semana depois, o telefone toca, e do outro lado da linha estava Geraldo todo eufórico me dizendo que a esposa ligara para ele marcando um encontro e ele estava receoso se devia ou não aceitar. Mais do que depressa eu lhe disse: “Amigo, Deus já começou a agir em seu casamento, você já tem 50% de garantia”. E as minhas palavras finais foram: “Lembra de que buscamos de Deus uma estratégia. Veja o que você vai fazer. Assim que estiverem juntos antes que ela diga qualquer coisa peça-lhe perdão, pelo fato de não ter sido um bom marido.”
Você já deve imaginar o final desta história. Ele fez exatamente o que combinamos. Perdoaram-se mutuamente, e um mês depois estávamos sendo convidados para almoçarmos juntos em sua casa: minha esposa, eu, Geraldo, Márcia e seus dois filhos.
Amado. Talvez você esteja passando por algo semelhante. Mas saiba. Deus não se esqueceu de você e têm acomonhado de perto a sua aflição. Fique firme. Para qualquer probelma existe solução e Jesus Cristo é seguramente a única solução.
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