Autor: Sérgio Fonseca Cruz
O texto de Mateus 26:36-39 nos relata um momento dramático na vida de Jesus, num dos momentos mais importantes que precedeu a sua crucificação: “Pai, se possível passe de mim este cálice”. Mas apesar de ser o Deus/homem, Jesus não exitou em pedir ajuda aos seus discípulos. Ele soube lidar muito bem com sua humanidade e fragilidade. Nosso problema é que, ao contrário de Jesus, nem sempre sabemos lidar tão bem com a nossa humanidade: sendo homens queremos nos tornar Deus: onisciente sabendo de tudo para controlar todas as coisas; onipotente dando conta de tudo, “o todo poderoso”; onipresente estando em todos os lugares ao mesmo tempo. Precisamos aprender a lidar com a nossa humanidade!!!
No que se refere a nossa condição humana todos nós temos os nossos limites; e quando estes limites são desrespeitados nós adoecemos: Psíquica, emocional e até mesmo fisicamente! Pensando em aprender a lidar com a nossa condição humana de uma forma mais saudável: o que nós podemos aprender a partir da experiência do próprio Senhor Jesus, que sendo Deus se fez homem?
Primeiramente, quebrar os esteriótipos socialmente estabelecidos. Por exemplo: “homens não choram”. Eles (ou elas) têm quer ser sempre fortes, decididos, corajosos e etc. Isso é exatamente o que a sociedade a nossa volta requer de nós o tempo inteiro, não nos dando o direito de experimentarmos nossas fragilidades humana. Seja você!
Em segundo lugar, precisamos nos desvencilhar do fardo da onipotência. Erroneamente as vezes achamos que podemos dar conta de tudo, quando na verdade não podemos. Respeite seus limites!
Em terceiro lugar, precisamos nos libertar do medo de parecer frágil e vulnerável. A auto-suficiência nos impossibilita pedir ajuda! Os homens têm mais dificuldades em admitir que estão sofrendo e que precisam de ajuda: “meninos não choram”; mas algumas mulheres também tem essa dificuldade.
Em quarto lugar, precisamos aprender a lidar com os nossos limites. Jesus não exitou em pedir ajuda aos seus discípulos Pedro, Tiago e João, num momento extremamente delicado de sua vida: “A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26:38).
Concluindo, precisamos aprender a lidar com a nossa humanidade: com as nossas fragilidades e limites. Precisamos sair do lugar da onipotência: até o super-homem tem dias de cripitonita! Precisamos aprender a pedir ajuda. Precisamos contar com a graça de Deus que é capaz de restaurar a nossa auto-imagem; capaz de restaurar a nossa história; e tirar de sobre os nossos ombros esse jugo, esse fardo da onipotência que é impossível de ser carregado. Em Mt 11:28 Jesus nos diz: “Vinde a mim… e eu vos aliviarei”.
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