Autor: Bob Snyder
Um policial me parou
quando dirigia a 90 km/h, numa área onde o limite era de 50 km. Pensei comigo: "Como pude fazer isso?" A resposta era simples: estava vivendo rápido demais!
Estava a caminho do trabalho e minha mente preocupada com a viagem que realizaria no dia seguinte para outra parte do mundo. Meus pensamentos estavam focados nos preparativos da viagem e nas tarefas do consultório que precisavam ser concluídas ainda nesse dia. Por isso, deixei de prestar atenção ao modo como dirigia e às regras de trânsito. Quando o policial me parou estava tão alheio ao fato de haver excedido o limite de velocidade que, com sinceridade, perguntei: “Está havendo algum problema?”
Como tem sido fácil para mim acelerar pela vida fora, desatento ao que acontece à minha volta! Mais preocupante ainda, como foi fácil para mim acelerar, sem consciência das pessoas que estavam ao redor! Freqüentemente minha família, amigos e os mais próximos são esquecidos e negligenciados, sacrificados em nome da minha atarefada determinação de “fazer o bem”.
Jesus falou sobre isso na parábola do Bom Samaritano (Lucas 10.25-37). A ironia dessa parábola é que o desprezado samaritano, rejeitado pela sociedade, demonstrou amor pelo seu próximo, enquanto o sacerdote e o levita, ambos com profundo conhecimento das leis e mandamentos de Deus, não o fizeram.
Provavelmente havia diversos fatores envolvidos na olhada superficial que lançaram ao ferido da história enquanto passavam. Essas distrações, porém, não eram desculpa para terem deixado de oferecer auxílio. Como aconteceu comigo, o sacerdote e o levita estavam talvez concentrados em preocupações distantes, ao invés de enxergar as necessidades concretas e prementes do momento. Enredados em outros assuntos, eles passaram sem prestar socorro e surpreendentemente alheios à situação angustiante do ferido.
Esse problema não se limita a líderes religiosos absortos. Situações idênticas são encontradas no ambiente de trabalho, no lar e em nossas comunidades. Um colega de trabalho pode estar atravessando um período de dificuldades, enquanto nós, pressionados por prazos fatais, deixamos de lhe oferecer ao menos um ouvido solidário ou uma palavra de encorajamento. Nosso cônjuge ou filho pode estar necessitando de atenção, enquanto nós, distraídos, os ignoramos.
Deus nos oferece oportunidades ao longo de nossos caminhos diários. Será que estamos tão entrincheirados em atividades urgentes, que demandam nossa concentração, que falhamos em reconhece-las? Não perca as riquezas que Deus pode ter para sua vida ao longo desta semana, mesmo as ocorrências que, à primeira vista, pareçam inconvenientes. Na verdade podem ser bênçãos especiais!
Uma última coisa: lembre-se de observar o limite de velocidade! A multa é bastante alta!
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