Autor: Fábio Vasconcelos
Ex 34:29 – 35; Salmo 99; II Pe 1: 13-21; Lc 9:28 – 36
Como podemos olhar para a marca da Transfiguração de nosso Senhor Jesus Cristo? Passados seis meses de trabalho, agora nós ouviremos a mesma lição presente no último domingo da Epifania, porque de há seis meses nós ouvimos este texto, como uma mensagem da manifestação divina entre os povos. Agora, o evento da transfiguração é recortado, recordado e selado no domingo reservado em nosso calendário litúrgico para a "Transfiguração do Senhor". Nós celebramos esta festa no dia 6 de agosto, data essa reservada para a reflexão e memória deste evento.
Entretanto, o dia 6 de agosto também lembra à humanidade que aproximadamente há sessenta anos atrás a força aérea americana lançou uma bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, Japão – um evento profundamente dramático que mudou para sempre o mundo. Este cataclisma liberou tanta energia que o céu azul daquela cidade foi transfigurado em uma luz branca resplandecente e ofuscante de uma intensidade nunca antes testemunhada. Para alguns japoneses que testemunharam esse fato na época, relembram dele como se o próprio inferno tivesse cruzado com a terra naquele dia. Cerca de setenta mil pessoas foram aniquiladas imediatamente e outras incontáveis foram feridas fatalmente. Por mais de seis décadas nós convivemos com a realidade de que os seres humanos têm a capacidade destruir a si mesmo, seu semelhante e a toda criação de Deus. Este é um exemplo extremo, dramático de como nós na terra podemos tratar o nosso semelhante, como terrivelmente podemos nos transformar em destruidores quando somos ameaçados. Facilmente nós podemos esquecer do propósito para o qual nós fomos criados, apesar do Senhor de nossas vidas desejar a nossa reconciliação para com nossas relações quebradas.
Esse fato histórico ilustra como é fácil para nós pervertermos as energias que o Deus criou. Somos realmente bons nisso…
Embora o bombardeio de Hiroshima tenha acontecido somente uma vez, sua memória mantém viva a ameaça trazida pela existência de tais armas de destruição. Por um momento nós pudemos esquecer, mas sua realidade agressiva nunca estará longe do repouso de nossos corações. Nosso mundo vive agora no medo de ser mundo, na frustração de ser um mundo "pacífico" e na agonia decorrente das intenções de outros países em desenvolver sua potencialidade em empregar o poderio destrutivo das armas nucleares.
Talvez não contemplemos nada de novo sobre estas intenções há décadas. Talvez esta seja apenas o exemplo da uma tendência histórica do ser humano empregar o mal à tecnologia. Neste sexto dia de agosto de 2006, lembremos em nossas orações da existência em nosso mundo de muitas armas nucleares suficientes para matar todos os seres humanos várias vezes. Podemos reconhecer que o desenvolvimento científico alcançou o ponto por meio do qual nós podemos literalmente negar finalidades do Deus. Viver a vida com VIDA!
No evangelho de Lucas no capítulo 9, verso 36, entretanto, nos lembra de uma realidade mais profunda — esse nosso Deus insiste sempre em ter a ÚLTIMA PALAVRA.
No texto recordamos que no monte Tabor, Jesus foi envolto por um molde branco de luz resplandecente e ofuscante, e que o nosso Deus insiste na transfiguração de qualquer natureza decadente em natureza restaurada; em resgate.
O nosso Deus não deixará os "infernos de Hiroshima" sejam as últimas palavras em nossas vidas. O nosso Deus não deixará o egoísmo e a crueldade vença a batalha contra o amor que há dentro de nós. O poder da transfiguração é a ação da graça transformadora de Deus na vida de todo ser humano que crê na encarnação do Verbo feito carne.
Infelizmente, os líderes "fatigados e sobrecarregados" do mundo em nossa pequena comunidade global são temidos pelos seus grandes poderes, mais do que todos os povos que eles representam. O poder da ser humano em destruir e desumanizar o outro é sempre prioridade neste sistema maligno em que vivemos.
Mesmo assim somos encorajados a descer o monte e anunciar o amor em Cristo Jesus. Os cristãos verdadeiros sabem que ao lado do poder destruir está o poder do Deus que nos inspira e nos comissiona a resplandecer a luz do amor e do resgate do humano — uma força que se levanta na consciência humana, atravessando as juntas e ligaduras, e desencadeando o poder reluzente e ofuscante do Amor de Deus que pode transfigurar em nós.
Nós sempre recordaremos o dia 6 de agosto de 1945 com a imagem da "nuvem cogumelo" sobre Hiroshima. Mas os cristãos que recordam que 6 de agosto é também a festa da Transfiguração de Cristo sabem, demasiadamente, que uma outra nuvem veio sobre a nossa morada aqui na terra. É a nuvem do monte Tabor, em que a voz do Deus todo poderoso nos lembra todos os dias que Jesus é o Deus – Kyrius – escolhido, a quem nós devemos ouvir!
Pelo poder de Deus nós podemos ser transformados na semelhança de Cristo — restaurando a unidade com Deus e com nosso próximo e com a criação, unindo no amor do Deus. Pela transformação, no poder transfiguração do Deus, a humanidade pode girar a direção do seu leme navegando para longe do inferno branco, como foi o de Hiroshima.
Mas depende de nós. Há dois mil anos Ele fala e poucos ouvem.
Pelo poder de Deus, em todo nosso testemunho ofuscante do Seu Amor, nós podemos enfrentar um futuro de bênçãos na nossa vida e na terra, escutando ao escolhido de Deus e o seguindo na nova proposta de vida que Ele nos anuncia…
Fala Senhor, queremos Te ouvir…
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Amar a Deus sobre todas as coisas
Amar a Deus sobre todas as coisas e o seu semelhante como a ti mesmo. Esta frase é muito interessante, todos aprovam, batem palmas, acham á maravilhosa. Tudo parece muito fácil, mas não é. Amar a Deus não há nenhuma dificuldade, porque Deus é um ente imaginário e subjetivo, portanto não tendo presença física, não se pode vê-lo, nem tocá-lo, nem se pode invejá-lo e nem há possibilidade de disputar nada com seu poder. Mas quando se trata de amar o nosso semelhante ai a coisas pega, fica difícil, para não dizer impossível. Alguém já parou para pensar nesta frase e seus efeitos negativos, porque negativos, porque está claro o que é destacado nisso é nossa hipocrisia. Se perguntarmos a todos os seres humanos principalmente os religiosos se eles amam a Deus a Resposta será bem clara, amamos de todo coração, se perguntarmos aos mesmos indivíduos vocês amam seus semelhantes como a ti mesmo, se for uma resposta sincera, a mesma será, depende de qual semelhante. A frase em foco é muito interessante, mas se tratando de seres humanos ela jamais será aplicada ao pé da letra, salvo as pouquíssimas e honrosas exceções.
A hipocrisia assola por todo planeta terra, principalmente os que se dizem cristãos, os quais se mostram tão felizes de seguir a cristo, mas não seguir seus ensinamentos ao pé da letra, porque isso fica difícil para não dizer impossível.
Podemos ser religiosos. Mas sem muita euforia, devemos ter um pouco mais de humildade, um pouco mais de amor ao próximo e, sobretudo saber que ninguém será salvo só porque segue uma religião. Só serão salvos aqueles que levarem uma vida digna, honesta, sobretudo ter pureza de coração, deixando de lado o orgulho, a ganância e a hipocrisia. Paulo Luiz Mendonça.
Nota, se tiverem interessados em crônicas combatendo políticos corruptos e religiões fajutas, procurem na Google e só digitar Paulo Luiz Mendonça, tem mais de 100 trabalhos meus.
Coisa que não damos valor.
O que seria esta coisa a qual não damos valor.
A explicação é bem simples, existe um Deus único o qual somos dependentes. Dizem os que acreditam que ele nos protege, nos orienta e nos encaminha pela vida. A maioria acha que estando com Deus não necessita de mais nada, tudo está resolvido.
Fazendo minhas reflexões cheguei á seguinte conclusão existe uma coisa superimportante que nos ajudam a viver, as quais somos seus dependentes. Atentem para isso, nós seres humanos não podemos viver nossas vidas sem a presença dos nossos semelhantes, pois ninguém se basta a si mesmo. Nós sempre estaremos dependendo uns dos outros, isso é facilmente entendível. Só que nós não damos o devido valor ao nosso próximo, se esquecendo o que ele representa para nossa sobrevivência. Eu poderia enumerar aqui, quem precisa de quem, mas isso é desnecessário, pois todos sabem qual o tamanho da importância dos nossos semelhantes. Salvo as raras e honrosas exceções, nós não conseguimos dar-lhes o valor merecido porque somos impedidos pelo nosso egoísmo. Hipocrisia, falsidade, individualismo, maledicência e muitos outros defeitos os quais são heranças malditas enraizadas no nosso intimo. Nós humanos principalmente os religiosos Dão uma tremenda importância a Deus e se esquecem que nossos semelhantes são nossos irmãos, portanto são filhos de Deus e merecem o mesmo tratamento, nós não podemos tratar bem o pai e esquecer dos seus filhos. Vamos gente: vamos distribuir melhor nossa atenção, nosso amor e nossa solidariedade.
Sendo assim os que adoram a Deus sobre todas as coisas, procure amar o seu próximo como a ti mesmo, de verdade não da boca para fora com falsidade, sobretudo, dar-lhe a importância merecida, pois ele é tão importante quanto Deus. Se nós ficarmos isolados neste planeta nem Deus poderá nos salvar. A vida só é possível quando estivermos vivendo em grupos, tribos, comunidades ou nações, não há como viver isoladamente.
Paulo Luiz Mendonça. Autor do livro Crônicas, indagações e teorias. Editora Scortecci.
Nota, se tiverem interessados em crônicas combatendo políticos corruptos e religiões fajutas, procurem na Google e só digitar Paulo Luiz Mendonça, tem mais de 100 trabalhos meus.