Testemunho de Annie Lobert

Autor: Clube 700
O sonho de uma vida de glamour a leva ao álcool, as drogas e a prostituição.
Annie:
Eu nunca imaginei que quando crescesse, seria prostituta. Queria ser como os artistas. Queria ter a felicidade que eu não possuía. O que eles mostravam nos vídeos e nos filmes era como “se você fizer isso, será feliz”.
Eu achava que os cassinos eram tão bonitos, havia o glamour e tudo o mais. As dançarinas, os shows, as estrelas de cinema, era tudo tão chamativo pra mim. Eu queria saber tudo o que acontecia em cada cassino. Queria entrar e descobrir. Era como um ímã pro meu espírito. Era atraída por isso.

Clube 700:
As luzes da cidade conquistaram Annie Lobert desde o momento em que ela desceu do avião. A moça das ruas arborizadas de Minnesota se tornou garota de programa em Las Vegas.

Annie:
Eu sempre tive a esperança de ser uma artista, gosto de desenhar e gosto de cantar. Então sempre tive esse sonho no meu coração.

Clube 700:
Apesar a infância inocente, Annie já vivia uma vida promíscua quando era adolescente.

Annie:
Eu ia pra balada e bebia muito. Conheci todos os tipos de caras e dormi com muitos deles. Deixava-me ser usada nas festas. Digo, era tudo muito louco, e eu nem sabia porque estava fazendo o que estava fazendo, mas eu estava apenas, honestamente, procurando por amor. Eu não tinha autoconfiança, não via valor em mim e também não pensava que merecia ser amada.
 
Clube 700:
Em busca de aceitação, Annie tornou-se stripper.

Annie:
Eu conheci esse cara que sempre vinha aos meus shows e me dava boas gorjetas. Tão boas ao ponto de eu dançar exclusivamente pra ele e eu me apaixonei por ele e não sabia naquela época, mas ele era cafetão – eu não tinha idéia e confiei nele.  Depois percebi que ele era traficante e não quis que ele fosse pra cadeia. Então pensei, talvez eu possa trazê-lo para Vegas. O que eu estava pensando era: eu posso fazer dinheiro suficiente em 6 meses e dar a ele dinheiro suficiente para não mais precisar do tráfico. Seis meses se tornaram 11 anos. E ele foi meu cafetão por 5 anos. Eu estava dando a ele todo o meu dinheiro. Deixava-o controlar tudo. Chegou um dia em que eu o deixei porque ele começou a me bater e abusar de mim – meu coração estava tão despedaçado por aquilo que havia passado com ele, e eu não podia acreditar que ele não mudaria por minha causa. Estávamos naquele estilo de vida e todo o dinheiro, carros e jóias… Todo o dinheiro que tínhamos, e as coisas não melhoravam.

Clube 700:
Nas ruas de Las Vegas, Annie não apenas vendeu seu corpo, mas quase perdeu sua alma.

Annie:
Quando você deixa um cafetão, você não fica com nada. Digo, nem mesmo seu espírito. Ele se vai. Você sai sem dinheiro, sem roupas, sem jóias, sem carro, nada. Eu comecei a cair em mim e a reconstruir o que tinha, carros, dinheiro. Queria de volta tudo aquilo que foi roubado de mim. Não queria deixar esse negócio sem nada. Uma vez que você tem dinheiro, nunca é suficiente. O dinheiro vicia.

Clube 700:
Logo, aquele estilo de vida, começou a fazer suas cobranças.

Annie:
Naquele ponto, eu havia deixado meu cafetão e não tinha ninguém pra me proteger. Estava tão machucada pela dor que já tinha enfrentado na vida. Os estupros que sofri, os programas que fazia, apanhar e ser forçada a diferentes tipos de sexo e ser seqüestrada e perseguida. Eu estava tão zangada com todo aquele abuso que vinha sofrendo.

Clube 700:
Annie se voltou para as drogas em busca de alivio.

Annie:
Voltei para as drogas depois de 4 anos e pra cocaína e fiquei muito viciada. Eu nem me levantava se não usasse.

Clube 700:
Certa noite ela tentou acabar com sua dor…

Annie:
Me lembro de estar sentada lá – pensando, isso tudo vai acabar!. Eu fiquei tão drogada aquela noite, era tanta cocaína e me lembro de cair e não conseguir me segurar e me lembro que a escuridão tomou conta de mim. Estava tudo negro. E eu me sentia tão sozinha – era como se não pudesse ver nem ouvir nada. Era como se eu estivesse sozinha e tudo que podia fazer era dizer “Jesus, Jesus, por favor, por favor, me ajude. Eu não quero morrer, me ajude, não quero morrer. Vou mudar, eu prometo mudar” e a minha amiga ligou para o 911 e eu ouvi a ambulância chegar e naquele momento meu coração parecia sair do peito, e a dor daquele ataque do coração era indescritível, não podia me mover.

Clube 700:
Após passar algumas semanas no hospital em recuperação, Annie saiu e sabia que era tempo de mudar. Ela começou a assistir canais de TV cristãos e um dia ela ouviu três palavras que mudariam sua vida.

Annie:
Deus ama você – quando ouvi isso, apenas caí de joelhos e comecei a louvar a Deus e eu estava em lágrimas. Não acreditava que Deus poderia amar alguém como eu depois de tudo que eu tinha feito, achava que isso era impossível – eu abri a minha bíblia e li os versos e vi que aquilo era verdade. Então fui cheia de uma alegria completa, um amor e felicidade que eu não podia descrever.

Clube 700:
Agora Annie está em missão para ajudar outros a encontrarem o mesmo amor que ela desesperadamente procurava

Annie:
“Jesus ama você. Você sabe disso não é?”.  Ele mudou minha vida, ou uma pessoa 180 graus. Diferente daquela que eu era antes. Me sinto amada, completa, plena.
 

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