Autor: Renato Cajeron
A conversão genuína nos transforma em ofertantes, quem dá sempre é abençoado.
Encontramos o princípio da oferta desde os primórdios da humanidade, quando foi criado por Deus. O primeiro homicídio, no qual Caim matou seu irmão Abel, foi cometido pois o oferta do primeiro irmão não havia sido aceita por Deus.
O povo judeu tinha várias ofertas estabelecidas. Uma delas era a oferta pela culpa, ou expiatória, pela qual se obtinha o perdão dos pecados. Cada pessoa devia entregar a sua, até mesmo os mais pobres. Quem não possuía bois ou carneiros entregava rolinhas.
Como cristãos nós não precisamos entregar ofertas para sermos perdoados. Jesus foi a nossa oferta. Seu sacrifício foi perfeito pois, como vemos em Hebreus 7:26 e 27, ele não precisou entregar primeiro uma oferta por seus próprios pecados, já que ele não tinha pecados.
Sua oferta foi definitiva, não precisamos de qualquer outro sacrifício. Muitos ainda realizam autoflagelos, vemos muitos cristãos acreditando que são salvos, mas ainda precisam deixar de cortar o cabelo ou usar barba, como se o sacrifício de Cristo não fosse suficiente.
Por último, Jesus morreu fora da cidade de Jerusalém, um sinal de que a salvação não era apenas para o povo judeu, mas para todos aqueles que crerem nele. Em qualquer lugar do mundo. Em qualquer época.
Só há um sacrifício que ainda deve ser feito, como vemos em Romanos 12:1, onde o apóstolo Paulo diz: “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”
O sacrifício descrito por Paulo é um vivo, ou seja, não temos que matar nada e ninguém, nossa oferta é entregue a Deus diariamente, em tudo o que fazemos e deixamos de fazer. Nossas mãos não são mais para roubar, nossa boca não é mais para mentir, e assim por diante. Nossas atitudes são o sacrifício vivo.
Outra oferta entregue pelo povo judeu era a oferta consagratória. Quando um leproso era curado ele consagrava sua vida para Deus como. Nós também fomos limpos da lepra que era o pecado e podemos, como o leproso, nos achegar ao nosso sumo-sacerdote, que é Cristo, e entregar a ele nossas vidas.
Jesus mantém, porém, a oferta material, como vemos em Lucas 6:37 e 38. Deus quer nos abençoar de tal forma que essa bênção alcançará a outros, ela transbordará, mas para isso ele pede boa medida, recalcada e sacudida. Muitas vezes queremos transbordar, mas não queremos ser sacudidos e recalcados. Deus quer dar, mas nós não queremos dar primeiro.
Em Lucas 21:1-4 vemos a história de alguém que deu a menor oferta, mas agradou a Deus. Para o Senhor o que vale é o desprendimento, não o valor. Por menos que você ganhe, você precisa fazer a sua parte e dar, só assim somos abençoados.
Em II Coríntios 9:6-7 encontramos dois princípios para a oferta. O primeiro é o da semeadura: quanto mais você semear, mais colherá. O segundo é o da alegria, Deus ama o que dá com alegria. Encontramos isso também no Salmo 126, vss 5 e 6.
Mas o que dar? As sobras? Não. Deus quer as primícias, o melhor. Temos que dar à medida que recebemos. Só quando aprendemos a dar ficamos livres para receber tudo o que Deus tem para nos dar, como vemos em Malaquias 3:10.
Quando nos convertemos nos tornamos semeadores. A conversão genuína nos transforma em ofertantes. Em toda a Bíblia vemos que os que deram foram abençoados. Deus deu a maior oferta de todas, seu filho unigênito.
Você é um semeador do reino o Senhor quer usar a sua vida. Permita que ele te desprenda de tudo o que for necessário.
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