Autor: Jonathan Menezes
Ultimamente tenho parado e refletido sobre minha participação, enquanto cristão e cidadão, neste mundo, na igreja e em favor do Reino. Quanta coisa ainda precisa ser feita pra que este possa vir a ser uma realidade, invisível materialmente, porém, sensível espiritualmente para tantas pessoas que ainda o concebem apenas como uma oração (“venha o teu Reino”) ou uma simples metáfora cristã, inoperante, e indissociável de tudo que possa haver no plano objetivo, “real”, tal qual o vemos. Correm os dias (cada vez mais difíceis, diga-se de passagem, é claro que, mais para alguns do que pra outros), e as demandas dos seres humanos crescem e interpenetram-se entre um campo e outro da vida, seja ele material, seja transcendental, sem se saber ao certo pelo quê. Talvez a premissa do ser humano, que atenta tanto para o “Ter”, é que esteja errada. A pergunta correta deveria ser: em quem procuro? Ou, em quem espero?
Francamente, quando penso em o que esperar desta vida, irremediavelmente penso no pior, sentindo-me débil, quase à beira do desespero. Bem disse o Apóstolo Paulo: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1Co.15:19). Excesso de pessimismo? Pode até ser. Entretanto, a história da humanidade, até aqui, não pôde convencer-nos do contrário: todas as vezes que o “mundo” (homens e mulheres), orgulhoso de sua autonomia, em vão ambicionou alcançar o cume mais alto do progresso e do desenvolvimento, em todas as áreas, acabou sucumbindo sem poder resistir à queda. Seria esta uma constatação negativista, de quem não consegue enxergar “o lado bom” da vida, ou até mesmo a prova de que Deus é mesmo o algoz, o carnífice vingativo que tanto algumas pessoas pintam? Não. É, a meu ver, apenas mais um indício de que a maior falácia do ser humano, está em alegar sua autonomia em relação a Deus, que o criou e amou, e ainda ama.
“Quanto a mim, esperarei sempre e te louvarei mais e mais” (Salmo 71:14). Quão fascinante e recompensador seria se, desde já, por pouco que seja, pudéssemos provar da experiência do salmista, que era capaz de lembrar de sua longa vida, e ver como Deus tinha o salvado no passado, como o continuava salvando, e como esta salvação preenchia tudo o que ele podia ser e esperar nesta e desta vida, e, sobretudo, da vida que se seguiria na eternidade. Que eu você, possamos nos alimentar da mesma esperança que movia o salmista, tendo a Fidelidade de Deus, bem como a Sua imensa Graça e Misericórdia, como fortaleza da nossa experiência de devoção a Ele e à sua Palavra. Hoje e para sempre, Amém!
Faça um comentário