Autor: Daniel Costa
Habacuque 2: 1 – 5
Eu estava meditando em uma determinada palavra quando de repente a minha alma foi traspassada por uma outra mensagem, por uma outra vertente e percepção do texto que até aquele momento não tinha vindo à superfície do meu entendimento: A possibilidade do desapontamento, da frustração, da decepção da fé. De que os acontecimentos concretos de nossa vida afirmem algo absolutamente contrário a tudo o que sonhamos e alimentamos como sendo as promessas de Deus para nós ou o que esperamos da vida para sermos felizes.
Não me livrei facilmente daquela percepção que me cortara a alma e isso me levou direto ao encontro do profeta Habacuque. Talvez seja dele uma das mensagens mais constrangedoras das Escrituras, mas, ao mesmo tempo, uma das mais profundas possibilidades da fé no confronto com a vida à fora. Habacuque nos fala de um tempo que pode chegar, em que temos queixas contra Deus: “Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa”. A mensagem do profeta nos ensina que muitas vezes a ação de Deus objetiva na história não se encaixa com as expectativas do nosso coração e nos deparamos com o fato, de que Deus fecha portas que aos nossos olhos, na nossa compreensão, precisavam estar e ser abertas por Ele. E isso me leva a dizer o que disse o profeta: O que está havendo Deus? Será que não compreendeu a situação? Você está a favor ou contra? De que lado você está afinal? (Hc. 1:12 –17). O que fez o profeta quando se viu ferido, mexido por toda essa perplexidade que lhe habitou o coração inesperadamente? De que forma esse sentimento pode vir na alma e não nos transformar num cético, em pessoas desesperançadas e cínicas para com a vida? O profeta toma duas atitudes que precisamos aprender nessa hora.
Primeiro, ele nos ensina o valor do silêncio. Às vezes não adianta falar, reclamar, esbravejar. A atitude mais saudável é ficar em silêncio. Habacuque diz: “Pôr-me-ei na minha torre de vigia…” Vou ficar lá, não direi nada, apenas aguardarei em silêncio. Não sabemos mais guardar silêncio, na confusão dos nossos pensamentos somos compulsivos, ansiosos, imediatistas, falamos demais e ouvimos muitas vozes ao mesmo tempo. Tudo o que queremos é uma solução para os nossos problemas o mais rápido possível. E, esse tipo de comportamento nos tem transformado em gente menos harmoniosa, gente depressiva e angustiada na vida, sem saber que direção tomar. Falta-nos esses lugares de silêncio para a alma, lugares esses que o próprio Jesus aprendeu a cultivar. Veja o que diz o profeta Amós: “Portanto, o que for prudente guardará, então, silêncio, porque é tempo mau.” (Am. 5:13). O tumulto da alma nos leva ao tumulto da vida e o silêncio da alma nos leva a discernir melhor a voz de Deus, mesmo em meio a confusão.
A Segunda coisa que me ensina o profeta Habacuque quando a queixa contra Deus vem ao coração, é uma espera positiva na vida. Ou seja, é a fé que insiste em se afirmar mesmo em meio da dúvida e para além da dúvida e da queixa que temos na vida. Não podemos confundir queixar-se com descrer. Uma coisa é guardar silêncio para não falar bobagem, para não tomar decisões erradas e, outra coisa, é desistir de Deus e da esperança na vida. O profeta se põe em silêncio, mas numa espera positiva. Veja o que diz: “vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei a minha queixa.” Habacuque utiliza a figura da sentinela da fortaleza. Qual é o papel do vigia? A tarefa do vigia é manter-se de olhos atentos na paisagem que está a sua frente, afim de observar o mais leve indício de movimentação. O silêncio em Habacuque é vigilante, é esperar em Deus certo que virá resposta, que cedo ou tarde haverá um movimento de Deus na paisagem da vida. Por isso, também, afirma o profeta: “mas o justo viverá pela sua fé.” O justo viverá não por aquilo que pode vê de concreto, não por aquilo que acontece de forma objetiva em sua vida, mas por aquilo que crer, que ainda espera pela fé e que sabe e conhece que é possível em Deus. Só guarda silêncio na vida aqueles que esperam em Deus.
Eu estava meditando em uma determinada palavra quando de repente a minha alma foi traspassada por uma outra mensagem, por uma outra vertente e percepção do texto que até aquele momento não tinha vindo à superfície do meu entendimento: A possibilidade do desapontamento, da frustração, da decepção da fé. De que os acontecimentos concretos de nossa vida afirmem algo absolutamente contrário a tudo o que sonhamos e alimentamos como sendo as promessas de Deus para nós ou o que esperamos da vida para sermos felizes.
Não me livrei facilmente daquela percepção que me cortara a alma e isso me levou direto ao encontro do profeta Habacuque. Talvez seja dele uma das mensagens mais constrangedoras das Escrituras, mas, ao mesmo tempo, uma das mais profundas possibilidades da fé no confronto com a vida à fora. Habacuque nos fala de um tempo que pode chegar, em que temos queixas contra Deus: “Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa”. A mensagem do profeta nos ensina que muitas vezes a ação de Deus objetiva na história não se encaixa com as expectativas do nosso coração e nos deparamos com o fato, de que Deus fecha portas que aos nossos olhos, na nossa compreensão, precisavam estar e ser abertas por Ele. E isso me leva a dizer o que disse o profeta: O que está havendo Deus? Será que não compreendeu a situação? Você está a favor ou contra? De que lado você está afinal? (Hc. 1:12 –17). O que fez o profeta quando se viu ferido, mexido por toda essa perplexidade que lhe habitou o coração inesperadamente? De que forma esse sentimento pode vir na alma e não nos transformar num cético, em pessoas desesperançadas e cínicas para com a vida? O profeta toma duas atitudes que precisamos aprender nessa hora.
Primeiro, ele nos ensina o valor do silêncio. Às vezes não adianta falar, reclamar, esbravejar. A atitude mais saudável é ficar em silêncio. Habacuque diz: “Pôr-me-ei na minha torre de vigia…” Vou ficar lá, não direi nada, apenas aguardarei em silêncio. Não sabemos mais guardar silêncio, na confusão dos nossos pensamentos somos compulsivos, ansiosos, imediatistas, falamos demais e ouvimos muitas vozes ao mesmo tempo. Tudo o que queremos é uma solução para os nossos problemas o mais rápido possível. E, esse tipo de comportamento nos tem transformado em gente menos harmoniosa, gente depressiva e angustiada na vida, sem saber que direção tomar. Falta-nos esses lugares de silêncio para a alma, lugares esses que o próprio Jesus aprendeu a cultivar. Veja o que diz o profeta Amós: “Portanto, o que for prudente guardará, então, silêncio, porque é tempo mau.” (Am. 5:13). O tumulto da alma nos leva ao tumulto da vida e o silêncio da alma nos leva a discernir melhor a voz de Deus, mesmo em meio a confusão.
A Segunda coisa que me ensina o profeta Habacuque quando a queixa contra Deus vem ao coração, é uma espera positiva na vida. Ou seja, é a fé que insiste em se afirmar mesmo em meio da dúvida e para além da dúvida e da queixa que temos na vida. Não podemos confundir queixar-se com descrer. Uma coisa é guardar silêncio para não falar bobagem, para não tomar decisões erradas e, outra coisa, é desistir de Deus e da esperança na vida. O profeta se põe em silêncio, mas numa espera positiva. Veja o que diz: “vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei a minha queixa.” Habacuque utiliza a figura da sentinela da fortaleza. Qual é o papel do vigia? A tarefa do vigia é manter-se de olhos atentos na paisagem que está a sua frente, afim de observar o mais leve indício de movimentação. O silêncio em Habacuque é vigilante, é esperar em Deus certo que virá resposta, que cedo ou tarde haverá um movimento de Deus na paisagem da vida. Por isso, também, afirma o profeta: “mas o justo viverá pela sua fé.” O justo viverá não por aquilo que pode vê de concreto, não por aquilo que acontece de forma objetiva em sua vida, mas por aquilo que crer, que ainda espera pela fé e que sabe e conhece que é possível em Deus. Só guarda silêncio na vida aqueles que esperam em Deus.
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