Para não mais pular do pináculo

Autor: Luiz Vanderley V. de Lima
Jesus não quis ser um glorioso padeiro, como vimos no ultimo post, mas uma proposta ainda mais tentadora lhe seria feita pelo tal sujeitinho: “que tal, ao invés de ter um glorioso negócio, ser você mesmo “o glorioso”? O coisa ruim não se deu por vencido e ofereceu a Jesus o se tornar “o cara”. Acho que a intenção perversa e sarcástica presente ali era a seguinte: “Imagine só: todas as multidões babando por você, Cristo!” (sujeito coberto de malícia, este!). “Para isto basta que todos vejam o quanto você é poderoso ao ponto de até Deus vir a teu socorro! Pense, Jesus: você sendo aplaudido, ovacionado, levando todos ao delírio com tamanho poder e prestigio. Que espetáculo! Que show! Você pula do cume do templo e Deus envia seus anjos para te apanharem em asas fosforescentes e farfalhantes. Ninguém vai resistir…”.

Mas, Jesus responde não. Jesus já sabia ter todo o prestígio possível diante de Seu Pai e quem sabe disso não precisa de espetáculo algum para se mostrar sendo alguma coisa.

Jesus responde ao cupim maldito que não poderia pôr seu Pai à prova, pois o amor do Pai já lhe era absolutamente certo. Jesus rejeita o prestígio das multidões, pois prefere ficar apenas no agrado de Seu Pai.

Precisamos entender esta mensagem de Jesus, pois volta e meia nos mostramos ser pessoas que pulamos do pináculo. Quantas situações nos colocamos atrás de glórias, lutando por prestigio e esperando louvores alheios… Sejamos sinceros: quantas vezes desejamos ser aclamados e venerados e para isto nos cercamos de um mis en scène fabuleuse só para nos mostrarmos… Pulamos do pináculo, pois queremos lauréis, louros, triunfos.

Um coração que se percebe incondicionalmente amado pelo Pai, que se sabe valioso, que sabe que a vida acontece e se encontra em sentido quando servimos ao Pai, a seus filhos e a sua criação – um coração assim – não precisa de provas de aprovação, de demonstração de prestígio, de glamour, confetes e galanteios, pois o amor do Pai lhe basta, sua graça lhe basta, sua amizade lhe basta para que se sinta o maior e mais valioso de todos os seres.

Deixemos de coisa e cuidemos da vida…

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