Oportunidade para todos

Autor: Elvis Kleiber

Muitos aspectos do cotidiano limitam a ação e o realizar em nossas vidas.
Há tantas coisas que queremos fazer e até tentamos, mas nem sempre é possível realizá-las na hora que precisamos. É nesta hora que nos submetemos ao “provão” da paciência que avalia nosso nível de perseverança e stress. A tecnologia e a informática também nos levam a expectativas de soluções e respostas automatizadas que nem sempre chegam tão rápido como no clique do mouse. Quando enfrentamos algumas situações, tais como procurar um emprego, estacionar o carro, marcar uma consulta, comprar uma passagem, matricular os filhos, comprar um ingresso etc., corremos o risco de ouvirmos como resposta “não há vagas!” ou “não é possível no momento”. Pior que isto, é sentir-se excluído por um sistema que tira proveito de toda sorte de miséria.

A facilidade que temos de nos adaptar a qualquer cultura faz de nós, brasileiros, um povo que supera com bastante humor as dificuldades sociais que enfrentamos. No entanto, quando vimos a avalanche econômica que nossos vizinhos argentinos enfrentam, sentimos que este é o momento que precisamos para demonstrar amor e solidariedade em vez de satirizarmos. Muitos se mobilizaram enviando alimentos, roupas e remédios para a fronteira. Uma outra esperança foi o reaquecimento do comércio pelos brasileiros por causa da desvalorização da moeda Argentina. Oremos para que Deus sustente as famílias daquele país, concedendo-lhes escape para tal situação.

Durante o ano passado fiquei angustiado com a informação  de que os catadores de latinhas de refrigerante e cerveja tiveram que se cadastrar, pagando R$ 30,00, para obterem licença para tal atividade durante o carnaval. É lamentável a exclusão social, que, além de tirar a oportunidade de centenas de pessoas ao mercado de trabalho, explora aqueles que vivem de atividades como estas. Nos dias que antecederam o nascimento de Jesus, seus pais também ouviram uma resposta excludente, pois não havia vagas nas hospedarias. Seria alta temporada em Belém? Qual a razão de tantas pessoas circularem na cidade? O motivo é que toda população fora convocada por meio de um decreto do imperador César Augusto para um recenseamento que serviria de base para a arrecadação de impostos. Assim, muitas pessoas que já não moravam em Belém tiveram que se deslocar para sua terra natal. Hoje em dia, ainda há tantos interesses do Estado por trás das “iniciativas sociais”…
Que o digam os catadores de latinhas.

Diante de tudo isto, quero trazer à memória as palavras consoladoras de Jesus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas… Vou preparar-vos lugar” (Jo. 14:2). Em outras palavras, Jesus afirma que aqueles que o seguirem não serão excluídos, explorados ou desapontados. Vale a pena confiar em sua justiça e sua redenção integral na vida da humanidade.

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