O verdadeiro amor deve ser prático

Autor: Nélson R. Gouvêa

E por se multiplicar a iniqüidade, o amor de quase todos esfriará… (Mt. 24:12)
Por que será que observamos através dos tempos cada vez mais a falência do amor? Estou me referindo a um amor prático, ao amor de compromisso, a um amor de fidelidade, de cumplicidade. Um amor que resiste a idade, os problemas de doenças, tentações, que segundo as declarações do apóstolo Paulo em sua carta aos Coríntios, “um amor que não se porta inconvenientemente, que não busca os seus próprios interesses, que não se irrita, que não suspeita mal”, ou seja, “um amor confiável, um amor que é justo, que se regozija com a verdade. Que sofre, que crê, que espera e que suporta tudo”. Será que é possível vivenciar esse tipo de amor em nossos dias? Não um amor platônico ou aquele amor doentio que traz mais insegurança do que estabilidade nos relacionamentos.
Quando penso no amor, a minha mente têm dificuldade em absorver o envolvimento pré-nupcial, onde o amor torna-se sinônimo de relacionamento sexual. Quando penso no amor entre duas pessoas fica difícil imaginar um relacionamento entre homossexuais onde a cumplicidade desenvolve-se no campo da malignidade e na falta do temor a Deus cometendo torpezas com seus próprios corpos, onde não somente estão absorvendo imundícies, como sua alma e seu espírito.
Os poetas, os compositores ou pintores em todas as épocas, tentam de todas as formas passar para o papel relacionamentos entre pessoas, retratando com muita propriedade sentimentos negativos ou positivos; porém amar e ser amado só podem ser vivenciados porque quem consegue transformar os seus sonhos em realidade. Isto porque não vivemos somente de emoções. Temos que ser práticos.
O amor de um casal legitimado pela benção do Senhor, pelos laços do matrimônio e testemunhado pela sociedade, pode e deve passar na prova do tempo. Infelizmente a durabilidade de um relacionamento conjugal hoje em dia está deixando e muito a desejar. A qualidade, a essência do verdadeiro amor não está sendo cultivada pelos casais. O romantismo é o elo de felicidade de ambos e é sumariamente colocado à prova todos os dias.
Outro fator também que devemos considerar é a auto-suficiência que encontramos na vida de muitos casais que chegam a pensar que podem ficar distanciados de Deus. Jesus Cristo não faz parte de suas vidas. De fato o Senhor Jesus é convocado apenas, quando vez ou outra o casamento está por um fio. Logo os conselheiros entram em ação, os pastores são procurados para oração, as reuniões na Igreja passam a ser mais visitadas. Já no tempo do apóstolo Paulo, ele conseguiu detectar estas anomalias, isto é: desvios que têm sido cometidos nos relacionamentos quando se referem ao amor. E com simplicidade, deixa-nos um capitulo inteiro, o capitulo 13 de I Coríntios instruindo-nos com sérias revelações do que é a prática do verdadeiro amor.
Gostaria de deixar com você duas histórias que eu e minha esposa Solange ouvimos no Seminário Betânia à alguns anos atrás, quando ainda estávamos nos preparando para o Ministério. Esta história foi contada pelo professor Patric Dugan. São verídicas e ajuda-nos a compreender o que é o amor, quando procuramos fazer o melhor para Deus e para o nosso próximo.
A primeira história é sobre um casal, com aproximadamente dois anos de vida conjugal que foram passar um período de férias numa fazenda e entre as opções de lazer resolveram cavalgar. Tudo ia bem, até que o cavalo tropeçou e o rapaz caiu e bateu a cabeça numa pedra. Levado ao hospital, veio a notícia. Ele ficaria tetraplégico. Logo aquela jovem começou a ponderar os anos de vida que teria ao lado de um rapaz inválido. Afinal, ele não tinha mais nada para oferecer-lhe, a não ser trabalho e trabalho. Ela, jovem, fez a sua opção de separar-se dele deixando-o aos cuidados de seus familiares. Felizmente esta primeira história teve um final feliz, pois um tempo se passou e um milagre restaurou aquela vida quando levado ao encontro de uma missionária chamada Kathryn Kuhlman, uma mulher tremendamente usada por Deus na área de cura. Aquele rapaz foi totalmente curado e ficou sem seqüelas. Como podemos ver, era só uma questão de tempo, infelizmente a sua esposa não soube esperar.
A segunda história é também sobre outro casal. Eles já eram mais idosos, porém o marido havia contraído uma doença incurável de degeneração dos ossos e estava sendo tratado clinicamente em casa. Um leito hospitalar foi instalado na residência do casal. Era um compositor e compunha hinos sacros. Alguns deles fazem parte da coletânea de nossos hinários evangélicos. Ele compunha suas canções através de um gravador onde dizia as notas. Sua esposa do seu lado, cuidando dele com muito carinho e amor. Há cada duas horas sua cama tinha que ser virada para amenizar o seu sofrimento durante os anos. Ela ali do seu lado amando-o, sem receber nada em troca até o seu falecimento.
Queridos, que tipo de amor você tem vivenciado em seu casamento? O Amor na base do troca-troca ou o amor na base do comprometimento, do compromisso e da fidelidade? O que você têm feito para manter a chama acesa do amor por seu cônjuge?
Lembre-se:
01.O amor é paciente é benigno;
02.Não é invejoso;
03.Não se vangloria;
04.Não se ensoberbece;
05.Não se porta inconvenientemente;
06.Não busca seus próprios interesses;
07.Não se irrita;
08.Não suspeita mal;
09.O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
10.Tudo sofre;
11.Tudo crê;
12.Tudo espera;
13.Tudo suporta;
14.O amor jamais acaba.

Estas são as características do verdadeiro amor que você tem por seu cônjuge? Se não está praticando, que tal começar a partir de agora…
Deus os abençoe;

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