Autor: Bispo Alexandre (Mileant).
Tradução: Marina Tschernyschew
“Venha a nós o vosso Reino!”
Ao ler o Evangelho, as pessoas não podem deixar de notar que o mesmo cita freqüentemente o Reino de Deus. Vários diálogos e parábolas de Jesus Cristo são dedicadas à elucidação da natureza, das qualidades e designações do Reino de Deus. E isto foi tão evidente aos seus contemporâneos, que Seus ensinamentos foram denominados Sermões do “Evangelhos do Reino” (Mat. 4:23).
Mas, o que devemos compreender sob esta denominação? Será que significaria uma vida futura pós-túmulo que surgiria após a ressurreição dos mortos; ou, possivelmente, a presente condição espiritual do ser humano, sua sintonia e contato com Deus; ou então – uma sociedade estruturada sobre princípios evangélicos; ou ainda, um reino milenar universal, governado pelos santos, que é mencionado no livro do Apocalipse? (Ap. 20:4).
A própria denominação “Reino” pressupõe uma estrutura social deveras grande e complexa – um Estado, um Império. Agora raciocinemos: se tudo o que existe tem seu princípio em Deus, já que não existe nada que não tenha sido criado por Ele, em princípio e missão, o Reino de Deus seria todo o mundo de Deus, todo o universo, incluindo tudo o que for visível e invisível! Parece que é assim que deve ser.
Mas, neste caso, sabendo que Deus é infinitamente justo e bondoso, de onde surgem todas as discórdias, catástrofes e destruições, de onde surge todo o mal: os crimes, as violências, as injustiças, a doença e a morte que se vêem em toda a parte? Porque aquilo que deveria ocorrer não coincide com o que realmente acontece?
As Escrituras Sagradas nos dizem que isto ocorre devido ao pecado e à desobediência à Deus, da oposição consciente à Deus.
É justamente no dom do livre arbítrio que o Criador concedeu às pessoas (e aos anjos), que consiste a possibilidade de infringir a Sua vontade e as Suas leis, introduzindo a desarmonia em toda a beleza e ordem que sempre deveriam existir. O livre arbítrio seria como o fogo, que o selvagem, ora pode utilizar no preparo de seus alimentos e para se aquecer no frio, ora pode usar para incendiar florestas, em cujo fogo pode acabar morrendo.
Em princípio, Deus poderia “nos programar” para que fizéssemos somente o “bem,” para que não nos prejudicássemos e nem aos outros, para que realizássemos somente atitudes a nós predestinadas, como exemplo – para que comêssemos, dormíssemos e nos reproduzíssemos… Mas, neste caso, nós não seríamos seres dotados de liberdade moral, e sim, meros robôs ou animais movidos pelos instintos da natureza. Desta maneira, além de sermos espiritualmente deficientes, seríamos também privados da beatitude decorrente da criatividade e da inspiração, do crescimento e aperfeiçoamento espiritual, da geração consciente do bem e das obras de amor. Entretanto, Deus criou um grande número de seres sem serem dotados de liberdade moral, vivendo simplesmente pelos princípios físicos, mas, estes seres foram simplesmente uma etapa preparatória à criação do homem, graças ao qual Deus criou o nosso mundo físico.
Deus, com seu amor incondicional, desejou criar-nos não como meros “mecanismos” de obediência cega, mas, como “filhos” livres, que amariam-No conscientemente e aspirassem a Deus como seu protótipo e ideal. Deus dotou o homem de grande capacidade espiritual, abrigou-o no paraíso de prazeres, sujeitou todas as criaturas à sua obediência, deu-lhe a árvore da vida para que o mesmo se regozijasse com a vida, vivendo sempre saudável e pleno. Que honra e que graça! E como deveriam ser-Lhe gratas as pessoas que habitavam o Éden!
Mas, como sabemos, ocorreu uma tragédia: “ao aprender a obter o fogo, o selvagem queimou a floresta” – Felizmente, nem toda a floresta, e nem para sempre!
Não iremos descrever aqui todos os pormenores da catástrofe espiritual da humanidade, descrita no 3º capítulo do Livro da Existência! É importante lembrar que, em resultado à esta tragédia, todas as pessoas nascem com a natureza moral danificada, com uma predisposição para pecar. O pecado original – seria como um dano biológico da célula, que é transmitido dos pais aos filhos.
A tragédia da humanidade consiste no fato de que as pessoas, meramente com suas boas intenções e esforços não são capazes de se curar dos danos morais, que se enrraizam profundamente da nossa realidade físico-espiritual.
Com a graça de Deus, nem a nossa Terra, nem o inferno (que vem a ser o reino maléfico das trevas, criado pelos demônios) conseguiram se difundir por todo o Reino de Deus. Estes, provavelmente, são “ilhas” isoladas, “isolamentos de quarentena” ou manchas negras – ao fundo do imenso Reino da Luz e do Bem. Em toda parte, principalmente no mundo angelical, reinam a vida, a paz e a harmonia. Todos se regozijarão no mundo vivificante do Criador, todos agradecem-No por esta felicidade infinita!
Somente em nossa sociedade, que se afastou do Criador, que ouvimos gemidos, queixas e maldições. As pessoas enganam e ofendem umas às outras, “o homem tornou-se o lobo do próprio homem.” Às vezes parece que a escuridão espiritual consumirá totalmente o nosso mundo, transformando-o em trevas profundas.
Mas, isto não acontecerá! Sabemos, e assim foi prometido pelo Salvador, que o mal permanecerá somente até um certo tempo. O Filho de Deus, retornando pela segunda vez ao nosso mundo, ressuscitará todas as pessoas. Neste momento, todos que geraram o mal de maneira consciente, todos os opressores e celerados, todos os que odiavam a luz e felicitavam-se com o mal, serão lançados às chamas. Assim ocorrerá a renovação total do mundo. Todos os que viviam de acordo com o Evangelho, amavam o bem, buscavam a verdade, sofriam inocentemente, incomodavam-se com a mentira e a opressão, serão salvos, ou seja, se reunificarão com o Reino de Deus. Isto será de uma felicidade indescritível.
“E vi um novo céu, e uma nova terra – escreve o Apóstolo João no livro do Apocalipse – porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram… E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas… E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Todo Poderoso, e o Cordeiro… E a cidade (nova Jerusalém) não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a Glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro (Filho de Deus) é a lâmpada. E as nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite. E a ela trarão a glória e a honra das nações… E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio de sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações… E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpadas nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre” (Apoc. Cap.21-22).
A natureza deste mundo é tão diferente do nosso mundo físico, que faltam palavras ao autor para descrevê-lo. Uma coisa é clara, este mundo é maravilhoso. A própria consciência do pecador condenado, de que jamais conseguirá adentrar neste mundo, será sua pior tortura.
Eis porque o Evangelho convoca insistentemente a todos para que se esforcem, se sacrifiquem, incluindo a sua vida temporal para adentrarem no Reino de Deus. Pois o mesmo é a nossa verdadeira terra, este mundo em seu estado atual é estranho à Deus, e portanto deve ser estranho à nós.
O Significado do Arrependimento
Quando o Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo veio a este mundo, Ele o encontrou na pior das condições. “Todo o mundo está maligno” (João I 5:19). O mal está na ignorância espiritual e na rudeza moral, na arbitrariedade dos fracos, na desobediência impertinente dos ricos, na opressão e vulgaridade, no embrutecimento selvagem das massas, na orgia desenfreada dos desejos vis – tudo isto era um fenômeno generalizado e era aceito como normal. Portanto, a regeneração espiritual do homem: a iluminação de suas mentes e a correção da moral, tornou-se a principal obra do Salvador.
“As pessoas não podem mais agüentar o fardo da mentira e da arbitrariedade – dizia Jesus Cristo – A vida que vocês criaram para si mesmos não pode trazer a sorte esperada. Se quiserem encontrá-la – arrependam-se, assim se aproximarão do Reino dos Céus.”
“Arrependam-se” – eis o primeiro apelo Evangélico. A possibilidade de obter o Reino de Deus é determinada, antes de mais nada, pelo arrependimento. A palavra “arrependimento” transmite a idéia de maneira insuficiente. No escritos originais, “arrependam-se” – “metanoite” significa: modifiquem sua maneira de pensar, sua relação frente à vida, toda a gradação de seus valores.
O próprio apelo ao arrependimento pressupõe que é possível e realizável viver na terra de maneira diferente daquela vivida pelas pessoas, e sob cujo fardo se lamentam. O erro, o egoísmo, o ódio e o fluxo desordenado dos instintos baixos – não são correntes indissolúveis. Juntamente com estes, o homem possui, mesmo que de maneira potencialmente oculta, desejos nobres e santos: o amor à verdade, o sentimento de compaixão e fraternidade, a vaga inclinação à justiça. Se estes desejos não forem perdidos, permitindo que desabrochem, os mesmos alumiarão o mundo interno do ser humano com luz celestial; a vida tornar-se-á irreconhecível; ao invés dos vícios e dos desejos infames, no coração do homem reinará a paz, a justiça e o amor.
O processo de renovação interna é muito individual. O mesmo pode surgir no homem de maneira instantânea ou gradual. Tudo dependerá da sinceridade e da força de vontade com a qual se dirige a Cristo. As pessoas que não estão prontas para o Reino de Deus devem modificar-se da maneira mais radical possível, devem reavaliar suas idéias, desejos, tendências, iniciando uma nova vida, isto é, absorvendo completamente o espírito do ensinamento de Cristo, e tentando imitá-lo.
Mas somente a vontade sincera não basta: a continuidade da doença moral abalou as nossas forças espirituais, e a própria vontade em se fazer o bem tornou-se instável e inexpressiva. Para uma mudança radical da vida, para sua virada total para o lado do Reino de Deus, é necessário o fluxo de novas forças espirituais. De certa maneira, devemos nascer novamente: “Aquele que não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus” (João 3:1-3). Este nascimento à vida espiritual é realizado pelo Espírito Santo, e o condutor de Sua força é a água do Batismo.
O Significado da Bem-Aventurança
A bem-aventurança de Deus é a principal fonte de todas as forças e capacidades espirituais. A mesma é como o sol que fornece a luz e a vida ao nosso mundo inteiro.
Ao se desviar de Deus através do pecado, as pessoas perderam Sua força vivificante, e portanto morreram espiritualmente. O objetivo da vinda de Cristo vem a ser o retorno do nosso contato com Deus, e com isso – da vida perdida. Eis porque o direcionamento ao Cristo assemelha-se à ressurreição dos mortos: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, em que os mortos ouvirão a voz do filho de Deus (Sermão do Evangelho) e os que a ouvirem viverão,” – dizia o Salvador (João 5:25).
Penetrando no coração do pecador, a bem-aventurança de Deus identifica, frente à sua consciência, toda a mediocridade e o dano de sua alma. Repentinamente, como se despertasse de um sono, o pecador começa a ter consciência de toda a tragicidade de sua condição, começa a temer seu destino eterno, e a preocupar-se em como superar a tragédia e se salvar. Antes ele era cego em relação à sua própria salvação, insensível e descuidado; hoje, vê, sente, e se preocupa. Mas, isto ainda não é uma modificação, mas somente uma possibilidade de modificação e um chamado à mesma. A bem-aventurança parece bater no coração do pecador e dizer-lhe: “Vês onde entrou, veja e tome as devidas medidas para a sua salvação.” Se ele despertar e aproveitar esta intuição – isto lhe será benéfico; caso não aproveite – será deixado de lado e retornará ao seu sono profundo.
O traço comum do sentimento de arrependimento sob o efeito da bem-aventurança de Deus, vem a ser a insatisfação consigo mesmo e a busca de algo superior. A pessoa torna-se insatisfeita com tudo que a rodeia, com suas qualidades, com aquilo que possui, mesmo que seja muito abastada.
As palavras “… aquele que não nascer da água e do Espírito” (João 3:5) dizem sobre o renascer da bem-aventurança do homem nas águas do Batismo e a iniciação da bem-aventurança do Espírito Santo na Crisma. Outros meios espirituais fornecidos pelo Salvador, principalmente os mistérios da Confissão e da Comunhão, tem como objetivo fortalecer e intensificar nossas forças espirituais. A isto também nos ajudam nossas preces domésticas e eclesiásticas, as proezas cristãs e as boas obras. Devemos prestar uma atenção especial à prece do coração, que atrai a bem-aventurança de Deus, e torna-nos o templo do Espírito Santo.
A bem-aventurança ajuda o homem a enxergar a mediocridade e a insignificância dos bens terrenos, aquecendo nosso coração com a chama do amor à Deus. Gradualmente, na consciência do homem o contato com Deus torna-se sua principal riqueza.
Um traço característico de que o Reino de Deus começa a adentrar a alma humana é a devoção e o entusiasmo com que o mesmo assimila tudo o que é espiritual. “Vim lançar fogo na Terra, e que mais quero, se já está aceso?” dizia o Salvador (Lucas 12:4). Da mesma maneira como durante um incêndio as chamas atingem todo o edifício, a chama espiritual deve invadir todo o ser do cristão – suas idéias, interesses, sentimentos, desejos, toda a sua atividade. Mas, existe o perigo de perder o contato com Deus. “Não extingais o Espírito” (1 Tess 5:19), “Não sejais vagarosos no cuidado: sede fervorosos no espírito servindo ao Senhor,” – previne-nos o apóstolo Paulo (Rom 12:11).
Como o princípio da boa disposição direciona-se à nós pela inspiração de Deus, a mesma também nos fornece auxílio para a realização das boas obras. Depende de nós submetermo-nos à inspiração de Deus com maior ou menor presteza, e aceitar a Sua ajuda. Merecemos uma recompensa ou um castigo, dependendo se sentiremos preguiça ou se tentarmos viver obedecendo a vontade de Deus.
O processo de renovação espiritual ocorre profundamente no homem, portanto é dito que “O Reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Hei-lo aqui, ou Hei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós” (Lucas 17:20-21).
Devemos direcionar todos os nossos esforços à consolidação deste Reino no interior de nós mesmo: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas,” – diz o Salvador (Mat. 6:33). Ele não diz “Buscai somente o Reino de Deus e a verdade,” e sim, “primeiro o Reino de Deus…,” ou seja, os cuidados com o Reino de Deus, a tendência à verdade da vida devem ocupar o lugar de primazia na nossa consciência.
O inimigo da nossa salvação tenta distrair-nos do principal, apresentando-nos várias tarefas “urgentes” e “importantes.” Prevenindo-nos sobre esta nova escravização pelo material, Deus certifica-nos: “Não andeis pois inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram” (Mateus 6:31-32). Somente pessoas com um sentimento moral adormecido se satisfazem com os bem materiais. Para os filhos do Reino de Deus, o mundo externo com todos os seus bens pode ser somente o meio para atingir o objetivo básico, encontrado além do mesmo.
Quem É Atraído Pelo Reino?
Conforme já fora mencionado, em determinadas condições, o Reino de Deus não se concretiza tanto nas melhoras sociais externas como nas mudanças benéficas internas que o mesmo efetua nos homens. O Reino de Deus é próximo, principalmente àqueles que são constrangidos por este mundo trivial e cruel, àqueles que sofrem com seus próprios pecados e imperfeições, àqueles que sufocam no ambiente de mentiras, àqueles que anseiam pela glória do bem e da verdade.
Se qualquer pessoa for permeada apelo anseio da renovação espiritual – o Reino de Deus ocorrerá para ela. Se qualquer povo for permeado por este anseio – o Reino de Deus também aparecerá diante dele. Para aqueles que estão satisfeitos consigo mesmos e que estão felizes com a estrutura vigente, que consideram engraçada e incompreensível esta tendência ao ideal, que não se preocupam com a mentira e a injustiça existentes, que desprezam a pureza e o desinteresse, que sonham em enriquecer e correr atrás da felicidade terrena e das satisfação físicas – para eles o Reino de Deus é um ensinamento estranho e desnecessário.
O Reino de Deus não é triunfado neste mundo. O mesmo é um “portão apertado e um caminho estreito,” o qual poucos encontram. O mesmo é um “edifício” em construção, ainda inacabado. Mas com tudo isso, o mesmo é um fenômeno bastante real, concretizado no mundo desde o dia da chegada do Salvador à Terra. O mesmo cresce e se multiplica permanentemente, atraindo, e, de certa maneira absorvendo pessoas espiritualmente sensível de todas as camadas sociais, de todas as nacionalidades e de todos os níveis intelectuais. O mesmo é uma organização (unificação) de personalidades, idéias, escritos, transformações e fenômenos externos, direcionados por Deus e aperfeiçoados por sua força benéfica invisível. O Reino de Deus – é uma vida nova, reta, estruturada sobre a fé no Salvador e na aceitação de seus ensinamentos.
A Glória total e evidente do Reino de Deus realizar-se-á somente após a Segunda Vinda de Cristo, quando a sociedade dos justos se unirá ao mundo angelical, tornando-se o reino Celestial. Agora o mesmo se concretiza somente de maneira parcial e incompleta nos corações dos crentes, à medida de seus progressos espirituais.
Contudo, os resultados favoráveis, ou os “frutos” deste Reino são perceptíveis na história do homem após o Nascimento de Cristo – na supressão da escravidão, na correção da moral, na superação da rudeza e vulgaridade, numa legislação mais humana, no atrofiamento das superstição, num maior respeito à personalidade, no enobrecimento de todas as ramificações artísticas – literatura, pintura, arquitetura, música ….
Conclusão
Desta maneira, toda a vida e os ensinamentos de Cristo foram direcionados ao estabelecimento de novos princípios espirituais na vida humana: a fé pura, o amor vivo à Deus e ao seu semelhante, a tendência ao aperfeiçoamento moral e a santidade. É sobre estes princípios que se deve estruturar sua filosofia religiosa e a sua vida.
Ao construirmos as nossas vidas de acordo com os ensinamentos de Cristo, confrontamo-nos com a idéia de que o Reino de Deus infalivelmente triunfará, e que no mundo renovado surgirá a tão prometida paz, justiça, alegria e a vida eterna. Rogamos a Deus que nos faça dignos de herdar o Seu Reino!
Desta maneira, mesmo aqui, sob as abóbadas das sepulturas dos mártires, suspiros aflitos isolados dissolveram-se num alegre hino de fé triunfante. A contemplação do crepúsculo evangélico sobre o mundo obriga os cristãos a esquecerem suas tristezas e fracassos. Devemos lembrar que o Reino de Deus é alcançado pela força, e somente aqueles que dispensarem esforços serão capazes de atingí-lo.
Venha a nós o Vosso Reino, Senhor!
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