Nossas armas!

Autor: João Carlos
“Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco”. João 18: 10.

O ser humano, desde seus primórdios, produz armas e utensílios que lhe possam servir de defesa, agressão ou conforto, com melhoria das suas condições de vida. É possível que ao inventar um instrumento, como uma espada, por exemplo, seu inventor jamais tenha pensado na sua utilização agressiva. O que faz a diferença para que o bom seja mal em determinadas ocasiões?
Veja bem, o texto bíblico que usei como referência, acima, mostra Pedro usando uma espada para cortar a orelha direita de um funcionário do sumo sacerdote, no momento da prisão de Jesus. Podemos até entender o ato como de defesa, embora Jesus tenha ordenado ao contrário. Tanto isso é verdade que Ele pediu que Pedro colocasse a espada de volta na bainha. Não era essa a defesa que Jesus queria.
O ato só valeu como um gesto de bravura, pois na primeira oportunidade que Pedro teve, após esse incidente, de testemunhar que era discípulo de Jesus, negou sem pestanejar. Por outro lado, a espada, que habitualmente deveria ter finalidade pacifica e de defesa frente a possíveis ataques de animais ferozes, no gesto transformou-se numa arma de morte, de agressão.
Com certeza, o que Jesus esperava de Pedro naquele momento, fosse uma defesa pelo testemunho. Poderia ter argumentado, pela transformação de sua vida que a palavra de Jesus fez acontecer. Isso aconteceu mais tarde, depois que Jesus já havia sido assassinado e ressuscitado, após o pentecostes. Assim que Pedro se sentiu cheio da presença de Jesus e da convicção da palavra, pela ação do Espírito Santo, perdeu o medo e pode proferir seu testemunho. A conseqüência de suas palavras foi que milhares de pessoas se renderam aos ensinos que Jesus havia deixado e pelos quais deu Sua vida.
Então é de se perguntar nestes dias tão difíceis nos quais vivemos, no que diz respeito à violência: que armas poderemos usar? Uma arma, seja qual for, poderá resolver a situação por determinado tempo, mas a solução definitiva só será alcançada pelo testemunho, pelas palavras, pela demonstração de mudança. Se Jesus tivesse acabado com seus acusadores, no ato de sua prisão, tudo o mais teria perdido o sentido e não estaríamos falando hoje d’Ele como O que deu voz à Palavra, que transforma e que dá vida.
Entendo o gesto de Jesus de dizer ao Pedro para embainhar, de novo, sua espada, como um movimento de troca das armas. Naquele momento estava tirando uma arma de morte das mãos de Pedro e colocando em seu lugar uma arma poderosíssima de vida, a Palavra. Esta arma demonstrou ser muito mais contundente, pois era de vida abundante para multidões.
Que armas nós estamos usando ainda hoje? Ou que direção tomamos? Estamos nos defendendo, agredindo ou tentando melhorar as condições de vida?
Se pensarmos mais adiante, a arma infalível é a Palavra, que é definitiva para melhorarmos as nossas condições de vida. Pedro, com a espada, defendeu-se de uma pessoa, mas com a Palavra deu vida a milhares, num só dia. A espada até poderá ser útil para muitas coisas, mas nunca vai gerar vida! Faça uso da arma correta para a sua necessidade de hoje, a Palavra! Deus te abençoe sempre!

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