Autor: Italo J. Passanezi Fasanella
“Por esta causa dobro os joelhos em presença do Pai, ao qual deve a sua existência toda família no céu e na terra, para que vos conceda, segundo seu glorioso tesouro, que sejais poderosamente robustecidos pelo seu Espírito em vista do crescimento do vosso homem interior.” (Efésios 3, 14-16).
A família tem sua origem em Deus criador de todas as coisas. Portanto, sua origem é Divina. Não foi a Igreja , nem o homem e muito menos a sociedade quem inventou a família.
Sendo a família instituição Divina – “…ao qual deve a sua existência toda família…” – ela precisa se esforçar continuamente em viver sua plena identidade, ou seja, ser aquilo que Deus sonhou para ela; por isso, diz João Paulo II: “Família, torna-te aquilo que és.” (Familiaris Consortio, 17). Isto significa: “Família, viva a vontade de Deus. Viva o projeto de Deus a seu respeito. Deixe Deus ser a vida e o centro de sua existência. Não negue sua identidade, sua origem divina. Deixe Deus ser Deus em teu seio.”
Muitos são os desafios que desagregam a família e que a fazem perder o rumo, ou a identidade. Existem intenções malignas por trás de muitas ações na sociedade e principalmente dos meios de comunicação querendo desfigurar, descaracterizar a família. Até mesmo com idéias de novos modelos de família, o que contraria o projeto de Deus, como se Deus fosse incapaz de criar um modelo perfeito, ficam inventando outros modelos como se fossem soluções para nossos problemas, mas são apenas para encobrir a vida de pecado, justificando-a como uma verdade e querendo enquadrar Deus nestes padrões.
Ao contrário, nós é que temos de enquadrar nossas famílias ao projeto de Deus. Somente assim seremos famílias felizes. Só é feliz a família que vive procurando fazer a vontade de Deus. A verdadeira identidade da família está em Deus, aquilo que ela é e aquilo que ela deve ser – “Família, torna-te aquilo que és.” – e para alcançar esta identidade cada família precisa viver uma espiritualidade forte, buscando na fonte, que é o próprio Senhor, a força necessária para lutar contra os males que a atingem. Por isso, é que neste sentido o Senhor derrama sobre as famílias o seu Espírito, que é, no dizer de João Paulo II, a força interior que capacita cada família para viver o amor (cf. Carta às Família, 4). Como vimos acima S. Paulo nos dizer: “…que sejais poderosamente robustecidos pelo seu Espírito em vista do crescimento do vosso homem interior.” E justamente pela falta dessa “força interior” é que muitas famílias desistem de lutar. Entregam-se, rendem-se ao inimigo que de diversas formas vai fazendo “minar” as forças dessas famílias.
Por isso, digo hoje a você que passa por momentos difíceis, até mesmo, situações dificílimas e que estão te fazendo desistir de continuar lutando pela sua família: NÃO DESISTA DE SUA FAMÍLIA! Talvez você esteja desistindo e não esteja agüentando mais por não ter armas mais fortes e nem mesmo forças para enfrentar as potentes armas e armadilhas do maligno. Mas o próprio Senhor te dá a força maior, o seu Espírito para que sejais poderosamente robustecidos.
Peço hoje ao Senhor, que derrame sobre você e sua família o Espírito Santo. Que sua mente e seu coração fiquem inundados de sua presença e desfaça qualquer sentimento ou intenção de desistência, de derrota, de pensamentos negativos, de toda contaminação maligna. Que o Senhor cure toda enfermidade de sua família, a falta de diálogo e perdão, os vícios, a violência, o adultério e providencie tudo que for necessário. Que você e sua família sejam abundantemente abençoados e com a luz do Espírito Santo encontrem o caminho da verdadeira identidade no amor de Deus.
Por isso, mais uma vez eu te digo: NÃO DESISTA DE SUA FAMÍLIA! PORQUE DEUS NÃO DESISTIU DELA!
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