Louvor e intercessão na caminhada

Autor: Hebert Junker




Textos básicos: Salmos 84; 120-134. Texto da Lição: Salmo 122 Este é o terceiro dos Hinos de Peregrinação, dentre este bloco de salmos (120-134) e sua descrição está de forma concreta nos versículos 1b e 4; podendo também ser definido como um Hino de Sião. Os versos 1-2 descrevem a alegre peregrinação em direção a Jerusalém, e nos versos 3-4 encontramos um louvor da Santa Cidade, o centro cultural da nação, o lugar onde justiça é honrada e obrigada. O Salmo termina com uma intercessão em favor da paz de Jerusalém. CÂNTICO DE PEREGRINAÇÃO O cântico de peregrinação está relacionado à adoração no Templo, sendo este apontado como o único santuário legítimo de adoração pública de Judá. De acordo com os requerimentos da lei de Deuteronômio, três vezes por ano – a Festa dos Pães Asmos, das Semanas e a das Tendas – todos os homens de Judá deveriam adorar no Templo (Dt 16.16). A então prática da peregrinação ao santuário foi agora limitada ao Templo de Jerusalém. Por volta do ano 397 a.C., por Esdras, estas três festas foram entendidas como "festa fixada pelo Senhor" (Lev 23.4). Esta prática deu origem a dois grupos pequenos de Salmos: um, o Salmo de Sião; o outro grupo pode ser intitulado Salmo de Peregrinação. Todos os Salmos de Peregrinação são também salmos de Sião, (ex. Salmo 84 e 122) porque Sião é a meta da peregrinação. Mas nem todos os hinos de Sião são hinos de peregrinação. No Cântico de Peregrinação do Salmo  122, encontramos passos para a saída e entrega no Templo de Jerusalém: A alegria da Peregrinação; Louvor de Jerusalém; Intercessão por Jerusalém. I. A ALEGRIA DA PEREGRINAÇÃO (vs. 1-2) "Que alegria…vamos": o Salmista nos dois primeiros versículos apresenta dois momentos especiais para a peregrinação: quando o peregrino se põe a caminho – "vamos"- e quando ele pisa os "umbrais da cidade santa".
Primeiro a alegria de ir e avistar Jerusalém e a Casa do Senhor; segundo, o adentrar na cidade e no Templo. O salmista aqui recorda o sentimento de alegria, quando ele e seus companheiros começavam a peregrinação. Era um sentimento que podia ser comparado ao júbilo nos momentos de cânticos nos cultos em nossa igreja. II. LOUVOR DE JERUSALÉM (vs 3-5) Edificada como uma cidade…: A segunda parte deste salmo canta a glória da cidade. Bem fundada (entende-se por Deus), centro espiritual de todo o povo, e lugar do culto: "as tribos do Senhor", "celebrar o nome do Senhor"; e tribunal do rei que administra a justiça em todo o reino. Centro religioso e político, fundação de Deus. A expressão "cidade compacta" pode ser comparada as instruções da fabricação do Tabernáculo para a adoração: "ajuntarás a tenda, para
que venha a ser um todo" (Ex 26.11). "Israel era uma família de tribos", como diz no verso 4, referindo-se não a uma uniformidade, mas cada uma com seu caráter bem marcado (cf. Gn 49; Dt 33). O relacionamento das tribos se dava muito mais do que os de sangue ou de conveniência, elas eram "as tribos do Senhor", e Jerusalém era o lugar de encontro. No versículo 5, observamos uma ênfase na palavra "justiça" até de certa maneira contrastando com as glórias de Jerusalém, mas, na realidade ela é o primeiro dever de um soberano, cf. Is 2.4; 42.3-4. III. INTERCESSÃO POR JERUSALÉM (vs.6-9) O sentido da palavra Jerusalém, cidade que oferece a paz, definem o tom destes versículos, apontando não apenas para o sentido da paz, mas também como sendo o lugar de segurança e prosperidade, isto é, uma cidade onde se vive em condições sadias e justas, e onde principalmente reine a paz. A intercessão encontrada no versículo 6 é mais do que uma simples oração contra inimigos externos, mesmo que se refiram a muros e palácios, mas um desejo intenso que a paz seja uma realidade.
Jerusalém era para o israelita como a igreja é para o cristão. Dentro desta perspectiva, vemos os laços fortes de irmão e amigos que encontramos no texto, onde peregrinam juntos em direção a Jerusalém.
Deus achou por bem edificar a Sua casa num lugar como Jerusalém.
Quando disse: "buscarei o teu bem". Os peregrinos pronunciaram sua bênção sobre a cidade. Desejavam-lhe todos os bens, sobretudo a síntese de bens que é a paz. A razão deste desejo é ao mesmo tempo a garantia de sua eficácia, é a casa do Senhor da aliança. PEREGRINAÇÃO DA IGREJA A Igreja vive de caminhadas, lutas, desafios e metas.
Encontramos nela, em sua caminhada, muitos motivos de louvor e de intercessão. Contudo, muitas vezes sem um propósito comum, ou bem definido. O salmista, no salmo 122, chama a atenção para a caminhada dos judeus rumo a Jerusalém. Com isto nos dá pistas para como caminhar em direção ao Templo para adorar ao Senhor: Louvor e Intercessão.
Estas pistas devem fazer parte do estilo de vida de cada membro da igreja, adquirindo assim, o mesmo espírito de unidade para o culto – adoração ao Senhor. CONCLUSÃO Apontamos nesta conclusão algumas possíveis discussões adicionais: 1) Como devemos nos preparar para ir e adentrar no Templo do Senhor? Como nosso coração, sentimento, mente se comporta quando nos dirigimos à Casa do Senhor? 2) Em nossa vida diária e comunitária, qual é a importância que damos ao louvor e a intercessão? 3) Como podemos atualizar esta mensagem de peregrinação a Jerusalém e o Templo, para nossos dias, como igreja cristã? Que outros meios, símbolos e atitudes que poderíamos ter na caminhada ao Templo?


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