Autor: Rakel
Esses dias estive comparando a vida cristã com o que nos disse Jesus no evangelho de Mateus 5:13 “Vós sois o sal da terra”. A partir daí passei a observar as qualidades do sal: ele serve para conservar, temperar, adubar, dar sabor, entre várias outras coisas. Dias atrás uma igreja aqui de minha cidade promoveu uma feijoada para angariar fundos em prol de uma congregação que eles haviam aberto. Enquanto eu estava esperando na fila a minha vez alguns irmãos pertencentes a igreja na qual eu congrego me falaram: – Não está boa, mas continuei ali e peguei o meu prato. A feijoada estava completa: toicinho, lingüiça, pé de porco… mas faltou algo, o mais barato de todos, e que tornou aquele almoço sem graça: o sal. Justamente isso. Percebi aí o quanto esse mineral é de grande utilidade e o quanto a sua ausência faz diferença em uma refeição.
Quando nós, jovens cristãos, e todos as pessoas salvas por Cristo Jesus, somos comparados com o sal recai sobre nós uma responsabilidade tamanha: devemos ter um sabor. Sermos sal nessa terra implica em fazermos a diferença nesse mundo. Enquanto o mundo se corrempe, vai perdendo seus valores nós devemos a cada dia transformar-nos e não nos conformarmos (Rm 12:2) visto que esse mundo que
jaz no maligno( ).
Sal sem sabor
Podemos perceber através de muitas outras coisas que o sal tem suas utilidades, só que “… se o sal for insípido com o que se há de salgar?” . Cristo nos deu essa função de sermos o sal da terra, acontece que se perdermos o nosso sabor, não serviremos mais pra nenhuma dessas função distintas do sal. Somos salvos por Jesus Cristo, mas se perdemos as nossas qualidades, se perdermos as nossas características vamos deixar de ser e vamos simplesmente parecer.
O açúcar possui a mesma aparência que o sal, mesma cor, textura, volume; onde está então a diferença entre um e outro? Está justamente no sabor. É certo que em algumas coisas, na falta do sal, eu posso recorrer ao açúcar. Por exemplo, eu estou fazendo uma pipoca e percebi que acabou o sal, pra não ficar na vontade, vou até o açucareiro e faço pipocas doces. Nesse caso substitui o sal pelo açúcar. Agora imagine você temperando uma carne e no meio da sua atividade perceber que o sal acabou. Nesse caso você não pode simplesmente pegar um pouco de açúcar e completar a tarefa pois o açúcar não pode temperar nada e bem assim somos nós aqui nesse mundo. Sendo sal da terra o mundo espera de nós uma conduta diferente, espera que tenhamos a postura de um crente. Observe: qualquer pessoa, jovem ou não – do mundo – tem o costume de xingar se , ao caminhar, bater o seu pé em uma pedra e se ferir; todas as pessoas agem assim e é bastante normal. Agora se eu ou você fizermos o mesmo o que dirão? – Ah, Fulano diz que é crente e tem uma boca imunda. Embora eles pratiquem essa ação, acabam esperando de nós o que condiz com a nossa função de sal, eles mesmos não sabem que nós somos denominados por sal, mas esperam uma atitude diferente. “Bom é o sal, mas, se ele degenerar, com que se adubará? Não presta nem para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora (Lc 14:34-35)” Assim podemos perceber porque muitos crentes acabam sendo desvalorizados até mesmo no mundo. Quantos de nós já tivemos a infelicidade de ouvir alguem dizer: – Pra ser crente igual aquela ali prefiro ficar como estou. Isso porque esse sal perdeu o seu sabor e não presta nem mais para o lixo, e passa a ser pisado pelos homens “Para nada mais serve, senão para ser pisado pelos homens (Mt 4:13b)” E muitas vezes isso tem acontecido no meio do povo de Deus. Uma pessoa a tempos deixou de ser sal, quer perdeu o seu valor ou se transformou em outra coisa, mais pelo fato de continuar no saleiro é taxado pelo título de sal.
Igreja comparada a um saleiro
Com certeza, se alguém se deparar com um açúcar dentro de um saleiro, dirá com certeza que se trata de um sal, isso porque o saleiro é o lugar do sal, a sua idéia só irá mudar quando for preciso testar o sabor. Com isso podemos perceber que dentro da igreja todas as pessoas podem ser consideradas como crentes, mas que é justamente fora desse saleiro que iremos confirmar ou não sua veracidade. É muito fácil eu ser fiel ao Senhor diante dos olhos do meu Pastor, do líder da juventude, dos meus irmãos; mas é fora da igreja, na rua, na escola, em casa que eu preciso mostrar o meu valor.
Que assim nós jovens ,que somos forte e temos a palavra de Cristo em nossas vidas (I Jo 2:14 b) venhamos viver de maneira tal que as pessoas vejam em nós tudo aquilo que elas esperam vindas dos filhos de Deus. Assim como se expressou o Pr. Daniel Rocha na matéria Quero Ser Um Crente Diferente que não precisemos falar o tempo todo que somos crentes para que as pessoas venham saber disso, mas que venhamos a viver de tal forma que essas mesmas pessoas percebam Cristo em nós.“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que todos vejam as suas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está no céu. (Mt4:16)”
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