Autor: Rev. Enoc Teixeira Wenceslau
“Eu sou o Bom Pastor, o Bom Pastor dá a Sua vida pelas Suas ovelhas”
(João, 10.11)
Altruísmo, (do latim alter, outro), é a devoção ao interesse do próximo, é a ação que não é motivada por razões pessoais e que realmente visa o bem-estar do outro. Já o egoísmo, é a idéia de que todos os atos de uma pessoa, bons ou maus, são sempre feitos por interesse próprio. O egoísta busca em primeiro lugar os seus próprios interesses. Uma pessoa egocêntrica é aquela que só é capaz de interagir com as pessoas e as coisas se absolutamente tudo girar em torno do seu “eu”. Ela, e somente ela, deve ser o centro das atenções, a ela devem pertencer os melhores cargos para que o seu nome permaneça em evidência. De tanto pensar em si, nos seus pensamentos não há lugar para mais ninguém… O egoísta não admite que a atenção das pessoas não esteja no que ele pensa e a forma como julga todas as coisas; acredita que todos ao seu redor, por gratidão, lhe devem favores… e, tais “favores” prestados, muitas vezes, por bens “mal adquiridos” – conforme a advertência divina em Habacuque, 2.9, onde “os fins justificam os meios”…
Já o altruísta serve com amor, doa-se sem estabelecer condições. Como disse o Apóstolo Paulo, “Não busca seus próprios interesses”. Na parábola do bom pastor, Jesus apresenta-se como Modelo de altruísmo. “Eu sou o Bom Pastor, o Bom Pastor dá a Sua vida pelas Suas ovelhas” (João, 10.11). A bondade de Jesus transparece em três aspectos:
Em primeiro lugar, Ele garante a segurança das Suas ovelhas dispondo-se a arriscar a própria vida por amor a elas, colocando-Se em segundo plano. Mesmo que para tanto esteja Sua vida correndo risco, a Sua prioridade está na preservação da vida de cada ovelha que Seu Pai lhe havia dado.
Em segundo lugar, Ele desfruta de conhecimento e intimidade com cada ovelha. Ele conhece Suas ovelhas uma por uma e elas O conhecem pela voz…
Finalmente, a bondade de Jesus também transparece pelo fato de que Ele supre as necessidades de Suas ovelhas, conforme expresso no Salmo 23, “O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará”. Na expressão, “e dou a vida pelas Minhas ovelhas” (João, 10.15), somos lembrados de que Ele cumpriu o prometido em João 3.16: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que n´Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”…
Na celebração da Páscoa Cristã, rememoramos toda história de nossa libertação, que culminou com o sofrimento, a crucificação, morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Há quase dois mil anos muitos têm ouvido a voz de Jesus, o Bom Pastor, e atendido ao Seu irreversível chamado. Sejamos, portanto, gratos a Deus porque Ele nos escolheu para sermos “Seus filhos” (João, 15.16).
Faça um comentário