Autor: Anísio Renato de Andrade
INFLUÊNCIA
Este vocábulo designa uma “força” capaz de produzir alterações em ambientes que estão além da sua origem. É o poder da transmissão. É um princípio universal de trocas. É, normalmente, uma “via de mão dupla”. Às vezes, uma influência é mais forte e neutraliza outra que vem em sentido contrário.
Onde houver algum tipo de contato, haverá influência.Seja no campo físico, químico, social, político, religioso, etc. Se colocarmos, em um mesmo copo, café e leite, esses líquidos se influenciarão mutuamente. Haverá troca de temperatura, cor, sabor e consistência. Se unirmos determinadas substâncias, a interação não será assim tão pacífica. Contudo, a influência acontecerá, ainda que explosiva.
Nas relações humanas, o princípio se mantém válido. Estamos expostos a inúmeros tipos de influência. Poderíamos compará-las às ondas eletromagnéticas. Estão no ar. Não podem ser vistas, mas ninguém escapa ao seu alcance.
O cenário brasileiro apresenta exemplos que nos mostram que influência é sinônimo de poder. A maior parte da nossa população é manipulada pelas influências que se disseminam através dos meios de comunicação. Na política, a prática chega a pontos extremos. Já inventaram até o “tráfico de influência”.
Analisando o que somos, como pessoas, notamos que a nossa personalidade é o resultado da ação de influências diversas. Nosso livre-arbítrio não deixa de existir, mas até as decisões mais conscientes estão carregadas de fatores externos. Como disse Salomão : “Não há nada novo debaixo do sol”.(Ec.1:9). E, parafraseando o apóstolo Paulo : que tenho eu que não tenha recebido ? (I Cor.4:7).
A influência é, às vezes, positiva e necessária. Em outros casos, é perniciosa e prejudicial. Por isso, a Bíblia nos adverte contra o conselho dos ímpios, o caminho dos pecadores, a roda dos escarnecedores e as más conversações. (Sl.1:1 ; II Cor.6:14 ; I Cor.15:33). Somos o sal da terra (Mat.5:13), mas não fica bem misturar sal e terra. O sal se tornaria insípido e, conseqüentemente, inútil. Somos a luz. Não podemos fazer aliança com as trevas (II Cor.6:14). Caso contrário, produziremos a penumbra e a sombra, o que, para Deus, são trevas do mesmo jeito.
Assim diz o Senhor nas Sagradas Escrituras : “Não toqueis nada imundo e eu vos receberei.” (II Cor.6:17). “Anda com o sábio e serás sábio, mas o companheiro dos tolos será afligido.” (Pv.13:20).
Geralmente, as influências são sutis. O próprio termo “influência” está relacionado ao verbo “fluir” que, por sua vez, se refere, primariamente, `a característica sutil de escape e penetração dos líquidos e gazes. Algumas influências se instalam e chegam a criar raízes sem que percebamos. Por isso, é preciso vigiar. Algumas delas são bem-vindas. Outras são sementes que o inimigo lança enquanto dormimos (Mt.13:25). Em alguns casos, somos influenciados conscientemente. Aí, o melhor nome para o fenômeno é imitação.
No âmbito religioso, tais princípios e situações são realidades históricas. Na seqüência deste estudo, procuraremos detectar as influências que o judaísmo recebeu de outras religiões, bem como as que transmitiu no decorrer de sua história até o primeiro século d.C.
Tal empreendimento ser-nos-á útil para podermos avaliar, até certo ponto, a origem divina ou humana das práticas religiosas. Desse modo, tornar-se-á mais clara a distinção entre o santo e o profano. Estudando fatos relacionados ao judaísmo, estaremos entendendo nossas raízes, pois daí veio o cristianismo e conosco estão muitas influências judaicas.
Que Deus nos ajude nesse propósito e que o seu resultado possa influenciar positivamente a muitas pessoas.
A HERANÇA DAS RELIGIÕES PRIMITIVAS
“No princípio, criou Deus os céus e a terra”. (Gn.1:1).
Depois de preparar a terra, Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e com ele teve comunhão durante algum tempo. Tais fatos marcaram definitivamente o ser humano, o qual, depois de haver pecado, passou a ter uma espécie de saudade de seu estado original e do seu criador. Tal vazio interior levou o homem a buscar a Deus. Essa busca deu origem a diversas religiões, que, apesar de divergentes em muitos aspectos, possuíam várias características em comum. Por quê ? Porque a espécie humana é uma só ; teve a mesma origem; tem os mesmos anseios e a mesma atração por Deus. Além disso, muitas práticas e conceitos foram transmitidos pela tradição oral. A religião não pode, por si mesma, chegar a Deus. Ademais, Satanás tem enganado o homem, apresentando outras trilhas, por onde se enveredaram muitas religiões e outras surgiram.
A primeira religião foi monoteísta. Os primeiros homens, conhecedores de sua origem, buscaram o verdadeiro Deus. Com o passar do tempo, o pecado foi afastando a humanidade para mais longe do criador. Lembremo-nos de que Caim, mesmo depois de matar seu irmão, ainda conversava com Deus. Qual foi sua decisão então ? Fugir da presença do Senhor. (Gn.4:8-14). Isso retrata bem o rumo da humanidade. Depois da confusão das línguas, em Babel, os homens se espalharam por toda a face da terra. Muitos povos se formaram. Sua organização era, inicialmente, tribal. Nesse contexto, diversas religiões surgiram. Todas essas religiões primitivas preservaram diversos conceitos verdadeiros sobre Deus e diversas práticas de importância espiritual autêntica.
A expressão “religiões primitivas” refere-se às que surgiram na pré-história, ou seja, antes da invenção da escrita. Às que apareceram depois, denominamos “religiões antigas”, conforme terminologia utilizada em uma de nossas fontes bibliográficas.
O que afirmamos sobre as religiões primitivas procede, principalmente, de informações fornecidas pela arqueologia. Em casos duvidosos, os dados foram confrontados com práticas religiosas de vários povos que, ainda hoje, vivem em estado primitivo em diversas partes do mundo. Por exemplo :
– Na África : os pigmeus, pigmóides, bátuas, babongos e bantos.
– Na América do Sul : os fueguinos (Terra do Fogo).
– Na América do Norte : os esquimós e os caribus.
– Na Ásia : os andamaneses, semangues e os aetos.
– Na Austrália : os aborígenes.
Esses povos vivem em sociedades primitivas, onde predomina o patriarcado; onde o povo vive da caça, da pesca, do plantio ou do pastoreio; onde a estrutura da sociedade é a mais simples possível; onde não há contato com o resto do mundo e onde não chegou a influência das descobertas científicas e tecnológicas.
As características desses povos atestam seu estado primitivo quanto às condições econômicas, sociais e religiosas.
Outra fonte de informações são escritos antigos contendo narrativas sobre períodos anteriores à invenção da escrita.
As religiões primitivas foram se desenvolvendo e se tornando cada vez mais diferentes umas das outras. Alguns povos conservaram uma idéia sobre Deus bem próxima da original. Criam em um Ser Supremo, que havia criado o homem e morava no céu. Algumas dessas religiões foram se corrompendo. Passaram a adorar o sol, a lua e outros astros. Entre os que viviam da caça, surgiu a adoração aos animais. A crença na imortalidade da alma era comum a todos esses povos. Daí, alguns caíram no extremo de invocar e adorar os mortos. Em alguns casos, a crença no Ser Supremo foi abandonada e passou-se a valorizar os objetos, as palavras e os gestos sagrados, como se tudo isso tivesse um poder residente. Assim, surgiu a magia. Entre outros casos, passou-se a crer em vários “seres supremos”, cada um responsável por um fenômeno da natureza. Como diz Romanos 1:21-23 : “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes e de répteis.”
É importante observarmos que, entre as religiões que mantiveram a crença no Ser Supremo, algumas o chamavam de pai, ou nosso pai. Outras o chamavam criador. A maioria não lhe associava a qualquer figura. Algumas ensinavam que ele era semelhante a um homem idoso com longa barba branca.
Algumas características eram praticamente comuns entre as religiões primitivas :
– Crença em poderes sobrenaturais (o Ser Supremo, ou seres, ou poderes)
– Uso de colunas, pilares, altares e templos sagrados.
– Realização de sacrifícios de animais para obtenção de perdão e favores divinos.
– Existência do homem sagrado ( sacerdote, xamã, vidente, ou feiticeiro).
– Realização de festas sagradas.
– Uso de palavras sagradas (orações, profecias, mitos).
– Uniões sagradas (matrimônio, clã, tribo, ordem religiosa)
Passamos a citar outras práticas, mais raras, porém merecedoras de destaque:
– Cânticos, às vezes, acompanhavam os sacrifícios.
– Inclinava-se a cabeça ou erguiam-se as mãos durante as orações.
– Tiravam-se os calçados em sinal de respeito.
– Ofereciam-se ao Ser Supremo os primeiros frutos de uma colheita.
– Sacrificavam-se ao Ser Supremo os animais primogênitos.
– Faziam-se pactos com uso de sangue.
– Eram observadas regras alimentares.
– Consideravam-se impuros os períodos de menstruação e gravidez.
– Apenas as mulheres eram proibidas de comer carne de porco.
– Tocar em um defunto era motivo de quarentena.
– O Sangue humano ou de animal eram considerados sagrados.
– Proibia-se olhar ou tocar em certos objetos sagrados.
– Evitava-se mencionar o nome do Ser Supremo desnecessariamente.
– Proibia-se trabalhar nos dias das festas religiosas.
– Praticava-se o jejum nas cerimônias de iniciação.
– Comia-se carne dos sacrifícios acreditando que esse ato criaria um vínculo de parentesco entre o praticante e o Ser Supremo ( ou deuses).
– Faziam-se promessas aos deuses (votos).
– Alguns povos primitivos praticavam a circuncisão.
– Havia rituais de comunhão, nos quais o novato tinha seu nome trocado.
– O sangue dos animais sacrificados era derramado sobre locais sagrados.
– Cria-se no renascimento do animal a partir dos seus ossos. Por isso, não os quebravam.
– Algumas montanhas eram consideradas sagradas.
– Em alguns rituais de iniciação, havia um banho sagrado, que era considerado início de uma nova vida.
Certamente, essas manifestações não se deram, todas, no meio de um só povo e na mesma época. O que temos acima é uma seleção de crenças e rituais praticados por diversos grupos primitivos dentro de um período de tempo que não podemos delimitar com precisão, mas que se situa, aproximadamente, entre 4000 e 3000 a.C.. Tais práticas ocorreram em diversos lugares do mundo. Entretanto, as informações mais numerosas se referem aos povos da Mesopotâmia.
Na elaboração do presente trabalho, selecionamos, preferencialmente, as práticas que interessavam ao nosso objetivo. Outros tantos rituais existiram, mas que se distanciam do nosso enfoque. Os historiadores têm acesso a todas essas informações, mas muitos deles fazem uma interpretação diferente de tudo o que dissemos. Nossa visão se desenvolve sobre os pressupostos da fé em Deus e da veracidade da Bíblia.
Para localizarmos as origens judaicas, é bom mencionarmos que o tempo dos povos primitivos é dividido nos seguintes períodos :
Cultura primordial – A sobrevivência se baseava na coleta de plantas e na caça. Já havia o clã, que era formado por famílias monogâmicas sem organização política.
Cultura primária – Surge o cultivo de plantas, a horticultura. A caça já é mais especializada. Inicia-se o pastoreio de animais. É a cultura dos pastores que nasce. Nela, se destaca o valor da numerosa família patriarcal e o nomadismo.
Cultura secundária – A horticultura se desenvolve para o cultivo de cereais. Para isso, as comunidades rurais vão se fixando em determinados lugares. A caça e o pastoreio vão se desenvolvendo por outro lado. Os pastores passam a praticar grandes migrações.
Cultura terciária – É a combinação de todas as atividades citadas anteriormente.
Pela fixação de moradias surgiram as cidades e posteriormente o comércio. Alguns povos cresceram muito, dando origem às primeiras grandes civilizações.
A mais antiga civilização que se destacou pelo seu deseonvolvimento foi a dos sumérios. Em 3000 a.C., a Suméria já possuía grandes cidades que estavam situadas na Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates. Seu desenvolvimento em diversos setores foi surpreendente em relação à sua época. Entre seus feitos notáveis destaca-se a invenção da escrita cuneiforme. Sua vida religiosa era intensa.
Em suas cidades havia grandes templos, chamados zigurates, nos quais encontravam-se sacerdotes e sacerdotisas. Havia muitas pessoas ligadas ao serviço do templo. Entre outras coisas, se ocupavam com a arte religiosa, a música e os escritos. Estes incluíam métodos de encantamento, descrição de rituais, lendas, lamentações e hinos. Os sumérios eram politeístas. Possuíam, aproximadamente, 3000 deuses, aos quais faziam-se sacrifícios de animais.
A religião suméria ensinava que os homens foram moldados pelos deuses a partir da argila, unicamente para serem seus escravos.
Os templos possuíam terras e celeiros para o sustento dos sacerdotes e também dos órfãos e viúvas.
Entre as cidades da Suméria estava Ur, de onde saiu Abrão.
Pelo que estudamos até aqui, vemos que era imensa a herança religiosa que Abrão recebeu, ou seja, eram inúmeras as influências que seriam herdadas, mais tarde, pelo judaísmo. Muito do que abordamos até aqui pode parecer ter sido extraído da Bíblia. Normalmente, pensamos na Bíblia como fonte primária, mas, até essa altura da história, a Bíblia ainda não existia. Tendo em mente todas essas informações, podemos compreender a ação de Abraão ao sacrificar um animal a Deus (Gn.22:13), ou a atitude de Jacó ao erigir uma coluna em Betel (Gn.28:18). Não eram práticas inventadas por eles, mas influências herdadas. Se Deus aceitou, e algumas vezes até prescreveu tais ações, isto significa que elas eram corretas e, provavelmente, surgiram nas relações de Deus com os povos primitivos. Enquanto alguns desses povos degeneraram a religião verdadeira, outros ainda a praticavam. Em Gênesis 14, é citado Melquisedeque. Este era sacerdote do Deus Altíssimo, recebeu os dízimos e ofereceu a Abraão pão e vinho. No contexto desta pesquisa, Melquisedeque já não nos parece tão deslocado como no relato bíblico. Ele era rei e sacerdote de um povo que servia, ou havia servido, ao verdadeiro Deus.
Quase todas as crenças e rituais primitivos, citados acima, apareceram mais tarde na vida dos patriarcas ou no judaísmo, devidamente ajustados e regulamentados pela lei mosaica. A lei tornou obrigatórias muitas daquelas práticas. Outras se firmaram pela tradição e houve muitas que Deus proibiu que se fizessem. As proibições divinas tinham, entre outros, o objetivo de interromper o livre curso das influências. Por exemplo, foi proibida a fabricação e uso das imagens de esculturas. Se Deus não proibisse, o judaísmo teria incorporado essa influência maligna.
À primeira vista, pode parecer espúrio o fato dos israelitas praticarem um rito religioso existente entre outros povos. Pode parecer estranho e até duvidoso que Deus tenha ordenado que assim se fizesse. Essa impressão decorre da visão que temos dos povos do passado. Vemos Israel como o povo de Deus e o resto do mundo como povos do Diabo. É verdade que Israel foi um povo escolhido para um propósito especial. Entretanto, a própria Bíblia nos apresenta evidências das relações de Deus com outros povos. Daí surgiram rituais que só mais tarde o judaísmo viria a praticar. Vejamos alguns textos bíblicos interessantes, entre os quais, referências a um período já avançado na história de Israel :
– Melquisedeque servia a Deus e não era descendente de Abraão – Gn.14.
– Balaão era moabita e servia ao Deus verdadeiro. – Núm. 24.
– O Senhor livrou os sírios através de Naamã. – II Rs. 5.
– Como Israel foi liberto do Egito, Deus tirou também os filisteus de Caftor e os sírios de Quir. – Am.9:7.
– Os habitantes de Nínive jejuaram, cobriram-se de saco e cinza, e Deus perdoou os seus pecados. – Jn.3.
– Ciro, rei da Pérsia, foi chamado de servo e ungido de Deus. – Is.45:1.
Tudo isso é bem coerente com o propósito divino da salvação. Seu objetivo sempre foi resgatar homens “de toda tribo, língua, povo e nação”. (Ap.5:9). Israel foi escolhido para ser o agente de Deus entre as nações. Foi eleito, não para ser influenciado, mas para influenciar, e levar a benção da promessa (Gn.12:3) a todas as famílias da terra.
INFLUÊNCIA EGÍPCIA
Já localizamos a origem de Abraão e as influências que vieram das religiões primitivas para o judaísmo. Vamos agora dar um salto de alguns séculos na história. O início da religião de Israel se deu, “oficialmente”, no monte Sinai, quando Moisés recebeu os dez mandamentos. O povo acabara de sair do Egito, onde esteve por 430 anos. Esse tempo deve ter sido suficiente para que os israelitas absorvessem muitas características da religião egípcia. Os egípcios eram politeístas e muitos de seus deuses eram representados por imagens de animais. Por exemplo, a deusa Hator era representada pela imagem de uma vaca. Logo ao pé do monte Sinai, vemos a manifestação da influência egípcia : Aarão constrói um bezerro de ouro e diz : “Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito”. (Êx.32:1-5). Na seqüência, realizaram uma grande festa, o que era muito comum nos ritos sagrados das religiões primitivas e antigas. No Egito, havia templos e sacerdotes, os quais tinham o hábito de se purificarem nas águas de uma lagoa sagrada. O acesso ao interior dos templos era exclusivo aos sacerdotes. Havia também entre eles o sumo-sacerdote, que proferia orações diante da imagem do seu deus; se prostrava e também queimava incenso. No judaísmo vieram a ser praticados rituais quase idênticos a esses.
Na saída do Egito, Deus deu ao povo os dez mandamentos. Daí em diante, viria a travessia do deserto. Durante esses quarenta anos, Deus tratou com o povo a fim de desarraigar muitas influências egípcias que não poderiam caracterizar o povo de Deus. Por esse tempo, o Senhor começou a previni-los acerca da influência dos povos que habitavam a terra prometida. Deus deu dois tipos de ordem, pois ele sabia que Israel não cumpriria cabalmente a primeira. Deus mandou que os cananeus fossem totalmente destruídos. (Núm.33:50-56 Dt.7:1-6 ; 25-26). Sabendo que isto não aconteceria, o Senhor prescreveu uma série de proibições a fim de que o judaísmo não se maculasse com as influências pagãs. (Dt.17:2-5 Dt.18: 9-14).
No caminho para Canaã, Israel passou pelos termos dos moabitas. A influência maligna foi fatal. Os israelitas participaram dos sacrifícios idólatras e se prostituíram. Provavelmente, tal prostituição era parte do culto. (Núm.25:1-3). A reação de Deus foi matar vinte e quatro mil israelitas. É assustador. Entretanto, se Deus não fizesse assim, Israel poderia querer incluir a prostituição em seus próprios rituais.
INFLUÊNCIA DOS CANANEUS E NAÇÕES VIZINHAS
Apesar das proibições divinas, Israel se contaminou com as práticas religiosas de Canaã e das nações vizinhas. A seguir, relacionamos algumas dessas ocorrências, que se deram desde os tempos dos juízes até o fim da monarquia :
Foram edificados altares em vários lugares, quando só deveria haver um altar para a nação. (II Rs.17:9 II Rs. 21:1-4 Dt.12:11-14)
Andaram nos estatutos das nações de Canaã. (II Rs. 17:8).
Fizeram estátuas, imagens de escultura. (II Rs.17:10,16 II Rs. 21:7)
Queimaram incenso em vários lugares, principalmente debaixo das árvores. (II Rs.17: 10- 11 Os.4:13).
Praticaram a adoração a diversos deuses, principalmente a Baal. (II Rs.17:7,12,16 Os.4:17). Baal era a principal divindade dos cananeus e fenícios. Sua figura estava relacionada ao sol. Seu culto incluía sacrifícios de crianças.
Adoraram os astros. (II Rs. 17:16 II Rs.21:5 II Rs.23:5)
Praticaram a feitiçaria. (II Rs.21:6 I Sm.28:7).
Invocaram os mortos. (I Sm.28:7-11).
Praticaram a magia. (Os.4:12).
Os casamentos políticos dos reis favoreceram o aumento da idolatria. (I Rs.16:31). O pior exemplo foi o de Salomão, que tomou mulheres moabitas, amonitas, iduméias, sidônias, hetéias, etc.. ( I Rs.11:1-9).
Todas essas práticas provocaram a ira de Deus. Em conseqüência, disso ele entregou Israel nas mãos da Assíria e Judá foi levado para a Babilônia. (II Rs. 17:20-23).
O PROFETISMO NO ANTIGO ORIENTE MÉDIO
No estudo do Antigo Testamento, deparamos com o profetismo em Israel e Judá. Este fenômeno inicia-se no tempo de Samuel e estende-se até o período pós-exílico. Entretanto, serve bem ao nosso tema salientar que esse não foi um movimento exclusivamente israelita. As descobertas arqueológicas testificam de que havia profetas entre outros povos e religiões. Até entre os sumérios eles já estavam presentes.
Havia, inicialmente, dois tipos de profetas : o vidente e o nabi. O vidente era parte das comunidades nômades. Tinha visões espirituais e transmitia suas mensagens por meio de versos poéticos. Balaão é um exemplo de vidente gentio. O nabi era o profeta extático, que estava ligado a um santuário, um templo, ou uma corte real. Os reis possuíam, geralmente, um ajuntamento de profetas a seu serviço. Todos esses traços do movimento profético se manifestaram em Israel (I Sm.9:9). O maior representante do profetismo javista foi Elias.
Nesse tempo, havia muitos profetas, que poderiam ser encontrados profetizando isoladamente ou em bandos.
INFLUÊNCIAS NA LITERATURA
Como vimos, os videntes de diversas religiões transmitiam suas mensagens em forma de versos. Tal prática se tornou comum em Israel. Isto pode ser facilmente constatado nos livros proféticos do Velho Testamento.
A literatura religiosa judaica assimilou influências diversas. Poderíamos citar, por exemplo, o uso de parábolas e lamentações. A própria literatura sapiencial era corrente entre outras nações. Os reis das nações antigas mantinham muitos sábios em suas cortes. Eram os conselheiros reais. A sabedoria foi muito valorizada no Egito, na Arábia, na Fenícia, na Babilônia e em outras nações. Entretanto, a literatura desses povos estava cheia de magia, superstição, idolatria e licenciosidade. Muitos escritos sapienciais da antigüidade foram recuperados pela arqueologia. Eles tratavam de questões comuns da humanidade, tais como o sofrimento, a moral e a religião. Suas conclusões, porém, eram desalentadoras. Os sábios gentios já se dedicavam a questionar o comportamento humano e compor provérbios. Cabe destacar, entretanto, que tais escritos perdem na essência, quando comparados aos livros bíblicos poéticos, principalmente, aos Provérbios de Salomão. Israel apresentou a melhor essência sapiencial, mas recebeu a influência quanto ao estilo literário.
INFLUÊNCIA DA ASSÍRIA
A Assíria se localizava `as margens do rio Tigre, em suas planícies férteis. Seu povo era de descendência semita. Eram guerreiros extremamente ferozes e cruéis. Esse foi um dos impérios mais agressivos da antigüidade. Conquistava outras nações sob a justificativa de uma missão divina. Sua principal divindade era Assur. Entre seus rituais estavam os sacrifícios de animais. Eram imolados leões, cabritos, gazelas, avestruzes e até macacos. Os assírios acreditavam na existência de muitos deuses e também demônios, alguns dos quais, supostamente, possuíam asas. A crença dos israelitas nos demônios parece ter se desenvolvido durante o cativeiro, por influência da Assíria e/ou da Babilônia. O certo é que, antes, atribuíam todos os acontecimentos à ação de Deus.
Após levar cativos os habitantes do Reino do Norte, a Assíria assentou outra população em seu lugar. Tal medida criou o ambiente propício para influenciar o remanescente israelita que havia permanecido em sua terra. O resultado foi um povo híbrido, os samaritanos, que, pela carga de influência estrangeira, passaram a ser discriminados pelos judeus. (Jo.4:9).
INFLUÊNCIA DA BABILÔNIA
Semelhantemente às tribos do norte, também Judá se corrompeu com todas as influências dos cananeus e povos vizinhos. Por esta causa, Deus os entregou nas mãos da Babilônia. (II Rs.17:19-20). Os babilônios eram politeístas e se dedicavam também à magia, astrologia, adivinhações e encantamentos. Em sua religião, havia sacerdotes, os quais possuíam grande poder político. Esse fator parece ter influenciado os judeus. Nos dias de Cristo, os sacerdotes judaicos se encontravam em proeminência política no meio do seu povo.
Na Babilônia, os judeus aprenderam a dura lição de que não deviam assimilar toda e qualquer influência religiosa. No livro de Daniel já podemos observar alguns judeus com personalidade religiosa mais forte e inflexível. Notamos o caso de Daniel, que manteve seus hábitos de oração ao verdadeiro Deus, mesmo sob risco de vida. Seus três amigos, Sadraque, Mesaque e Abdenego, recusaram-se terminantemente a adorar a estátua de Nabucodonozor. Tais atitudes possibilitaram momentos surpreendentes em que os judeus cativos influenciaram os reis estrangeiros, os quais ordenaram que todos reconhecessem e adorassem o Deus verdadeiro. (Dn.2:47 ; 4:1-3 ,34-37 ; 6:25-28).
Estas foram experiências particulares, mas que exemplificam uma tendência do povo cativo. Após o retorno, os judeus se mostraram definitivamente imunizados contra a influência politeísta. Durante o cativeiro, eles repensaram suas relações com Deus e seus valores religiosos. Tais reflexões produziram o Talmude da Babilônia.
No cativeiro surgiram as sinagogas, que, até hoje, são, em todo o mundo, centros da cultura e da religião judaica.
INFLUÊNCIA DA PÉRSIA
Em 538 a.C. o império da Babilônia foi conquistado pela Pérsia. Essa nação praticava uma religião monoteísta, o zoroastrismo, com características que nos parecem surpreendentes, como passamos a transcrever :
“Os soberanos persas – pelo menos Dario, e talvez Ciro e Câmbises – adotaram uma religião de Estado. todas as conquistas eram realizadas em nome de um Ser Supremo, Ahuramazda, criador do céu e da terra. No obscuro passado persa, Ahuramazda fora uma dentre várias divindades da natureza. Os rituais incluíam sacrifícios de animais, uma cerimônia do fogo e a ingestão de uma bebida sagrada e alucinógena chamada haoma. Mas, em algum momento anterior a 600 a.C. , surgiu das estepes do nordeste da Pérsia um profeta que iria revolucionar a religião daquele povo. Esse profeta era Zaratustra, ou Zoroastro, como os gregos o chamavam. Ahuramazda manifestara-se a Zoroastro numa visão, revelando-se como a divindade suprema, onisciente e onipotente. Ele era o representante da luz e da verdade, o criador de todas as coisas, a fonte de toda a virtude. Voltados contra ele estavam as potências das trevas, os anjos do mal e os guardiães da mentira e da falsidade. O universo era visto como o campo de batalha em que essas forças opostas se digladiavam, tanto na esfera das conquistas políticas quanto nas profundezas da alma humana. Mas, com o tempo, a luz voltaria a brilhar, dispersando a escuridão e fazendo prevalecer a verdade. No dia do ajuste de contas, os abençoados alcançariam a salvação celestial, e todos os outros assariam nas chamas do purgatório.
O conceito de um deus único e todo-poderoso não era inteiramente novo. Os egípcios haviam considerado essa idéia durante o reinado de Aquenaton, e os judeus caminhavam nessa direção havia séculos. Mas Zoroastro deu ao monoteísmo um poderoso impulso. E seu padrão ético – a luz contra as trevas, a verdade contra a falsidade – constituía uma inovação espiritual de enorme importância. Num sentido imediato, essa visão pode ter sido um reflexo da animosidade entre um reformador visionário e um povo tradicionalista. Zoroastro condenou o sacrifício de animais, por exemplo, e elevou o culto do fogo à eminência de símbolo de purificação e verdade. Mas foi no plano ético que ele obteve seu verdadeiro triunfo, promovendo um modelo de comportamento virtuoso.
O zoroastrismo sofreu inúmeras modificações no decorrer dos séculos, e seu monoteísmo essencial acabou minado por uma hierarquia cada vez maior de santos e demônios. Alguns de seus rituais pareceram excêntricos aos contemporâneos: a aparente adoração do fogo, em elevadas torres ao ar livre; a ausência de templos e ídolos; uma veneração pela natureza tão difundida que os zoroastristas ortodoxos abandonavam seus mortos nos topos das montanhas em vez de macularem a terra com um sepultamento. Mas a essência abstrata do zoroastrismo afetou profundamente o pensamento religioso do Oriente Médio. Ela influenciou os escribas judeus que, na Babilônia, estavam editando os antigos textos da lei mosaica, proporcionado-lhes novos conceitos de céu e inferno e inspirando-os com um novo sentido de responsabilidade individual perante um Deus único e verdadeiro.
A crença numa vida celestial após a morte para os bons e nos tormentos infernais para os maus pode ter sido, em parte , responsável pela maneira esclarecida com que os soberanos persas tratavam as nações conquistadas.”
É impressionante a semelhança entre o zoroastrismo e o judaísmo em diversos pontos. Além da influência que os judeus receberam no cativeiro, parece que outras tantas influências foram trocadas entre essas religiões. É difícil tirar uma conclusão. Algumas perguntas não encontram respostas. Por exemplo : Teriam tido os persas uma experiência com o Deus verdadeiro ? Essa hipótese é fascinante e não pode ser descartada. Principalmente, quando lembramos que o Deus de Israel se referiu ao rei Ciro como servo e ungido. (Is.45:1). De qualquer modo, algumas características do zoroastrismo são biblicamente reprovadas.
Durante o domínio persa, os cativos judeus foram autorizados a retornar para sua terra.
INFLUÊNCIA DA GRÉCIA
Em 333 a.C., Alexandre, o Grande, conquistou a Pérsia. Nesse período, estava em franca ascensão o domínio grego sobre o mundo conhecido da época.
Em 175 a.C. , o rei Antíoco IV construiu um ginásio em Jerusalém e ensinou os jovens judeus a praticar o atletismo. Além disso, tirou os vasos do templo em Jerusalém e colocou nele a imagem de Zeus, seguindo uma prática que fora bem sucedida em todos os outros domínios gregos. Antíoco resolveu estirpar a religião judaica, acabando com a circuncisão e com a observância das leis relativas aos alimentos. A tudo isso o povo de Jerusalém se submeteu. Sacrificaram aos ídolos gregos e profanaram o sábado. Entretanto, fora da cidade, os judeus resistiam obstinados. Esses fatos são narrados no primeiro livro dos Macabeus.
Muitos servos de Deus fiéis, que resistiram a Antíoco Epifanes, foram por ele executados. Até então, os judeus esperavam a recompensa divina em vida. Essas mortes de pessoas virtuosas fizeram com que fosse desenvolvida a fé na imortalidade e na ressurreição. Apenas os saduceus resistiram a essas conclusões.
Além desses episódios, a influência grega sobre o judaísmo se deu mais através da cultura. A língua grega foi difundida em todo o mundo. Até em Israel se falava grego.
Havia colônias judaicas em muitos lugares. Em Alexandria, no Egito, estava uma das principais e lá foi feita , em 270 a.C., a tradução do Antigo Testamento para o grego. Essa versão recebeu o nome de Septuaginta, sendo utilizada mais tarde por Jesus e seus discípulos.
INFLUÊNCIA DE ROMA
Israel conseguiu se libertar do jugo da Grécia, mas logo foi conquistado pelos romanos. Estes, em seus primórdios, praticaram uma espécie de culto da natureza. Depois, foram “adotando” deuses e práticas religiosas de outras nações, principalmente da Grécia.
Como influência romana no judaísmo, podemos citar o templo que Herodes contruiu em Jerusalém. A construção era em estilo helenístico, com pilares coríntios e com a imagem de uma águia sobre a entrada principal.
No ano 70 d.C. os judeus se rebelaram contra Roma, que revidou, invadindo Jerusalém e derrubando o templo.
INFLUÊNCIA DO JUDAÍSMO SOBRE O CRISTIANISMO
O cristianismo é fruto do judaísmo. Cristo é um judeu. Tal influência é tão abrangente, que poderíamos dizer que herdamos tudo o que o judaísmo tinha e passamos a selecionar o que seria utilizado ou não.
Do judaísmo recebemos o Antigo Testamento e , com ele, toda a nossa base religiosa. Cremos no mesmo Deus; cremos no céu, no inferno, na existência das hostes celestiais, na recompensa para os justos e no castigo para os ímpios. Uma lista completa seria bastante extensa.
Em alguns segmentos considerados, estatísticamente, cristãos, tais como os adventistas do sétimo dia, o vínculo com o judaísmo se torna ainda mais evidente, pois tais igrejas procuram seguir , ainda hoje, alguns preceitos da lei mosaica, que nós, batistas, não observamos.
Os padres católicos, por sua vez, usam vestes que nos lembram os sacerdotes bíblicos.
Muitas igrejas, inclusive batistas, mantêm a tradição de apresentar crianças recém-nascidas. Tal prática não é um preceito cristão, mas está relacionada ao rito judaico da circuncisão. (Lc.2:21-58).
Enquanto algumas denominações guardam o sábado, outras guardam o domingo como dia do Senhor. Em ambos os casos, está a influência do sábado judaico.
O Novo Testamento ensina que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas e que o templo de Deus somos nós. Entretanto, existe, ainda hoje, uma forte valorização dos templos de concretos como se fossem sagrados. Muitos se referem a eles como “Casa de Deus”. Os púlpitos ou altares são, às vezes, considerados lugares santos. Tais pensamentos são herança judaica. Alguns as receberam “via catolicismo”.
A comemoração da páscoa é outra herança. Nós, como cristãos, não temos o dever de comemorá-la. A ceia do Senhor absorveu os significados dessa festa e não tem data determinada para sua realização.
Há alguns grupos evangélicos que chegam a comemorar pentecoste e tabernáculos sem, contudo, seguir todos os ritos da lei em relação a essas festas.
Muitas influências judaicas são necessárias e foram endossadas pelo Senhor Jesus (Mt.5). Outras, porém, são pesos desnecessários e totalmente incompatíveis com a revelação da Nova Aliança. (At.15:28-29 Gl.5:3-4).
CONCLUSÃO
O judaísmo se ergueu sobre os fundamentos das religiões primitivas. No seu desenvolvimento, foram adotadas características próprias de outros povos. Pode-se perguntar então : Onde está a originalidade ou a vantagem do judaísmo ? Está na eleição de Abraão, na revelação que Deus fez de si mesmo a Israel, e nas alianças do Senhor com o seu povo.
“Qual é logo a vantagem do judeu ? Ou qual a utilidade da circuncisão ? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas.” (Rm.3:1-2).
A lei judaica brilha por suas características gerais, avançadas para a época. A legislação mosaica exaltou o que o mundo antigo rebaixava; dogmatizou a questão da unidade de Deus; protegeu o estrangeiro, que outros povos consideravam inimigo; amparou o pobre; dignificou a mulher; prescreveu a caridade; estabeleceu castigo para o homicídio e o furto; e moderou a escravidão.
Através dos mandamentos, o Senhor mostrou que a moral, a santidade, o amor, a justiça e a misericórdia são a essência do seu caráter e os elementos mais importantes da verdadeira religião. Isto não viria por influência humana, mas somente através de uma comunhão real com Deus, sem a qual, qualquer judeu ou cristão perde todo o seu valor. Sua religiosidade cai então ao nível de outra qualquer que tem sido praticada pela humanidade em todos os tempos. Como disse o profeta Samuel, a rebelião é semelhante à feitiçaria e a iniquidade é como a idolatria. (I Sm. 15:23).
A história de Israel serve-nos como advertência. Que tipo de influência temos recebido ? Estejamos vigilantes. Examinemos todas as coisas, retendo somente o que for bom. (I Ts.5:21).
Sobretudo, precisamos cultivar nosso relacionamento com Deus. É a nossa aliança com ele que nos faz diferentes. Assim, poderemos influenciar a muitos, levando-os a encontrar o caminho da salvação e da vida eterna.
BIBLIOGRAFIA
ENCICLOPÉDIA – Programa Auxiliar de Pesquisa Estudantil – EDIPAR – Edições e Participações Ltda.
BÍBLIA SAGRADA – Versão Revista e Corrigida de João Ferreira de Almeida Sociedade Bíblica do Brasil.
BÍBLIA SAGRADA – Versão Católica – Edições Paulinas.
CÁCERES, FLORIVAL – História Geral – Editora Moderna.
BOYER, O.S. – Pequena Enciclopédia Bíblica – Editora Vida.
ENCICLOPÉDIA – História em Revista – Editora Abril.
FERREIRA, AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA – Novo Dicionário de Língua Portuguesa – Editora Nova Fronteira
SERRANO, JONATHAS – Epítome de História Universal
RUSSEL, BERTRAND – Obras Filosóficas – Companhia Editora Nacional
FILHO, TÁCITO DA GAMA LEITE – Origem e Desenvolvimento da Religião – JUERP
KIDNER, R. DEREK – Provérbios – Coleção Mundo Cristão – Edições Vida Nova
FOHRER, GEORGE – História da Religião de Israel
Faça um comentário