Autor: Autor Desconhecido
Conta-se que certo chinês gozava de grande prestígio em sua aldeia. Seu único filho, seguindo as instruções e o exemplo do pai, crescia em sabedoria e conhecimento. Pai e filho dedicavam parte de seu tempo ao cultivo da terra. Certa noite o filho esqueceu de fechar a porta da estrebaria e o cavalo fugiu. Ao saberem do acontecido os vizinhos comentavam com certa ironia: Mas que azar! Encarando-os calmamente, o sábio perguntou: O que é azar? Foi azar ou foi sorte? Ninguém entendeu o que sábio queria dizer.
Como o cavalo estava acostumado a passar as noites de sereno e frio na estrebaria, acabou voltando no quarto dia. Para a surpresa de todos, trouxe consigo mais três cavalos selvagens. Na boca dos vizinhos, uma só exclamação: Mas que sorte! Repetindo a cena de quatro dias antes, o sábio perguntou: O que é sorte? Foi sorte ou foi azar? Mais uma vez as pessoas não entenderam o que ele queria dizer.
Nos dias seguintes, o filho do sábio se ocupou com o adestramento dos cavalos selvagens. Tudo corria muito bem. Mas do último cavalo ele caiu e quebrou uma perna. Ao visitá-lo, os vizinhos comentavam consternados: Mas que azar! Ao que o sábio novamente perguntou: O que é azar? Foi azar ou foi sorte?
Há muito tempo havia conflitos entre aquela aldeia e uma aldeia vizinha. Naqueles dias estourou a guerra. Todos os jovens foram convocados para lutar. Menos o filho do sábio que estava com a perna quebrada e por isso foi dispensado. Tristes com o fato de seus filhos estarem na guerra, os vizinhos disseram ao sábio: Mas você é de sorte! Mas o sábio respondeu: O que é sorte? Foi sorte ou foi azar?
Faça um comentário