Autor: Anderson Rogério de Souza
É muito perigoso quando passamos a freqüentar o mundo das falsas deduções
É incrível o que podemos fazer com os chamados “comentários”. Num grupo, quando estamos em família, com amigos ou no trabalho, podemos escutar algo de alguém ou mesmo criar um comentário a respeito de uma pessoa. O problema é que quando escutamos alguma coisa de alguém, geralmente, é algo suposto, algo que não temos certeza direito de como, quando ou onde aconteceu de fato. É assim que surge um equívoco.
Quando escutamos algo a respeito de uma pessoa, contado ou descrito por outra pessoa deveríamos nos calar e interromper, de imediato, a “corrente dos falatórios equivocados”, já que não sabemos os fatos, as coisas, as pessoas e as implicações envolvidas; afinal, um equívoco é sempre duvidoso, confuso, suspeito.
É muito perigoso quando passamos a freqüentar o mundo das falsas deduções. Quando nos corrompemos, mudando de lado, assumimos uma identidade suja na qual a mentira e a incerteza mais parecem o “morno” que Deus vomita (Ap 3.16). Se na presença das pessoas temos uma apresentação, uma postura e por detrás tecemos comentários que duvidosos, nos tornamos com um ser de duas faces, como se fôssemos uma aberração! Alguém com duas naturezas, ambíguos, de duplo sentido.
Muito embora as desculpas para tal comportamento sejam o meio externo, ou amizades ruins… sabe-se que isso começa por dentro, no nosso íntimo. Não somos bons o bastante para nos afastar sozinhos de qualquer tipo de vida pecaminosa e vil. Quando mais nos distanciamos da vida espiritual e nos achegamos ao mundo das trevas, mais pertos da falsidade, dos falatórios profanos, das palavras torpes, das fofocas e dos equívocos que destroem estaremos.
Jamais um pastor, um líder, ou o próprio Espírito Santo ficarão do lado de quem conta histórias, envolvendo outras pessoas, baseados em falsas ou equivocadas suspeitas. Aliás, líderes não deveriam nem sequer dar atenção a suposições sobre pessoas. Mas, infelizmente, muitos escutam e ficam do lado dos narradores de histórias confusas.
Passagens bíblicas nos diz que a boca pode transtornar uma casa inteira (Tt 1.10-11). As palavras podem amaldiçoar (Tg 3.10). Com palavras podemos, também, agir como torpes e “comprar” pessoas (Jd 1.16).
Aconselho que pessoas que andam nesse caminho apressem-se em fugir dele, abandonando-o definitivamente! Dentre as pessoas que ficarão de fora do Reino de Glória estão os mentirosos. A mentira é falsidade. Está longe do termo “verdade”, que é a conformidade do que se diz com o que é, de fato. A mentira está perto do ambíguo e do equívoco.
Não tem parte com Deus aqueles que alimentam a prática de semear contendas, machucando, maculando, ferindo e destruindo vidas com palavras sujas, como se fossem armas que apunhalam pelas costas.
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