Autor: Hamilton Medeiros de Oliveira
“Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Hebreus 2.18).
Algumas pessoas têm uma visão de Deus como se Ele fosse um Deus distante, assentado em um trono distante, numa galáxia qualquer. De repente, os gritos desesperados dos pobres mortais chegam ao trono deste Deus distante, e Ele resolve dispensar-lhes alguns favores. Entretanto, o Deus revelado na Bíblia é o Deus que se aproxima, que chega perto, tão perto, tão perto, que se tornou um homem, quando se encarnou no ventre de uma virgem a dois mil anos atrás. Ele é o Emanuel (Deus conosco).
Quando Cristo se fez carne, vindo tabernacular entre os homens, Ele assumiu uma perfeita humanidade. Jesus é perfeito Deus e perfeito homem. Ele herdou todas as debilidades de nossa humanidade caída, exceto a nossa natureza pecaminosa. Ele sentiu fome, cansaço, tristeza, admiração, angústia, solidão, indignação. Cristo experimentou a dor de ser rejeitado. Quem já foi rejeitado sabe o quanto dói! Ele veio para os que eram seus, e os seus não o receberam (João 1.11). Ele foi caluniado, foi chamado de endemoninhado, de beberrão e glutão, de trapaceiro e mentiroso. Ele foi um sem-teto. Ele foi abandonado por seus discípulos, sentiu a dor de ser traído. Por fim, Ele foi desamparado pelo Pai, feito maldição e experimentou a morte espiritual, quando foi pendurado numa cruz, de onde exclamou: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Mateus 27.46) Por que Cristo sofreu tanto assim? Será que ele fez por merecer os seus sofrimentos? Não, absolutamente não! Se existiu neste mundo alguém que não merecia sofrer, Jesus Cristo foi esta pessoa. Então, por que os seus sofrimentos?
Ele sofreu de maneira vicária, em nosso lugar. Ele foi humilhado para que nós fôssemos elevados à presença do Deus Pai. Ele foi despido para que nós fôssemos vestidos de vestes de salvação. Ele desceu às partes mais baixas para que nós fôssemos elevados às alturas dos céus. Como declarou um certo colega de ministério, diante das lutas de sua vida: “A intensidade dos sofrimentos de Cristo o habilita a compreender qualquer sofrimento humano”.
Como declarou Boff: “Deus assim, só poderia ser homem; homem assim, só poderia ser Deus”.
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