Deus elege a igreja

Autor: José Rodrigues Machado

Texto Base: Êxodo 19:17-20, Mateus 16:16-19, Atos 2:15-18, 33

Introdução

Veremos neste estudo a forma magistral como Deus fez surgir a Igreja, e a Sua constante presença acompanhando-a em sua trajetória no decorrer do tempo. Como povo eleito, a Igreja nasceu do próprio coração de Deus (Efésios 1:4a). Em sua forma mais ampla, já no aspecto neotestamentário, pôde receber o aval da eterna e salutar companhia do Senhor Jesus (Mateus 28:20). E, para efetivar o objetivo de sua eleição – promover a edificação espiritual do homem – , conta com o agir do Espírito Santo (João 16:8).

1. CONGREGAÇÃO DE ISRAEL, UM PROTÓTIPO DA IGREJA DE CRISTO

Aceitando ser a Igreja um ajuntamento de povo, uma assembléia convocada, ou uma reunião para se prestar culto a Deus, entendemos que as suas raízes remontam à comunidade de Israel.

1.1. No monte Sinai, uma reunião solene
Foi ao terceiro mês da saída do povo de Israel do Egito, que chegaram ao monte Sinai. Nesse monte aconteceu uma das mais solenes reuniões registradas no Antigo Testamento, constituindo-se num verdadeiro protótipo da igreja de Jesus Cristo.

1.1.1. Uma reunião convocada (Êxodo 19:3)
A Igreja nasceu como uma reunião de povo solenemente convocada pelo Senhor Deus.

1.1.2. Um povo exclusivo de Deus (Êxodo 19:5)
”Sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos”. A base em que se firmaria esta promessa de exclusividade, e que asseguraria sua perpetuidade, encontramo-la no próprio texto: “…se guardardes a minha aliança”.

1.2. Nascendo com a presença de Deus (Êxodo 19:18)
”O Senhor descera sobre ele em fogo”, O selo do pacto entre Deus e o seu povo estava firmado: a presença de Deus. E, em que pesem as imperfeições que a Igreja vem demonstrando através dos tempos, Deus tem mantido a sua promessa, e a Igreja sempre pôde contar com a presença gloriosa do Senhor para o cumprimento de sua missão.

2. JESUS ENCAMPA AS ORIGENS DA IGREJA

Preliminarmente, dizíamos que a Congregação de Israel era um protótipo da verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Com a manifestação de Jesus ao mundo, as sombras cederam lugar à realidade. Dessa forma, Jesus assume, isto é, encampa a Si as origens da verdadeira Igreja de Deus. É óbvio que sua atitude não significou a neutralização total da Igreja do Antigo Testamento; pelo contrário, Ele revalorizou seu remanescente aproveitável, dando-lhe mais objetividade e funcionalidade.

Jesus, o alicerce da Igreja neotestamentária, foi:

2.1. Uma aspiração e visão do salmista.
Já no Antigo Testamento, quando a Igreja vivia seus rudimentos, isto é, não possuía a forma e funcionalidade de hoje, o Salmista, sob a inspiração de Deus, podia projetá-la no mundo atual fundamentada no Senhor Jesus, como a pedra rejeitada pelos edificadores (Salmo 118:22,23).

2.2. Concretização e coroação da mensagem profética.
Quando o Senhor Jesus diz a Pedro: “Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mateus 16:18), estava, gloriosamente, confirmando a mensagem profética do salmista: a pedra rejeitada, tornando-se o fundamento da Igreja. Portanto, a Igreja tomou forma, no Novo Testamento, sob a égide do senhorio de Cristo. Conseqüentemente, caem por terra todas as outras teorias que visam tirar de Cristo esta prerrogativa.

2.3. Valorização ao homem integrado à Igreja.
Um outro aspecto da Igreja alicerçada em Jesus, é que o Cabeça da Igreja – Cristo – procurou conferir ao homem crente e integrante de seu corpo, um valor muito grande neste mistério: “O que ligares na terra, terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra, terá sido desligado nos céus”, palavras de Jesus a Pedro.

3. O ESPÍRITO SANTO, AGENTE DA IGREJA NASCENTE

A escolha dos doze apóstolos, seguida da convocação dos setenta discípulos, foi o início da nova Igreja, cuja culminância aconteceu no dia de Pentecostes com o derramamento do Espírito Santo sobre os crentes reunidos em Jerusalém, dando forma visível à nova comunidade cristã, tendo Cristo como o Cabeça.

3.1. Para um povo eleito, a abundância do Espírito Santo.
As novas línguas ouvidas no dia de Pentecostes deixaram o povo não crente um tanto confuso. Pedro, o apóstolo, mostra-lhes, pelas Escrituras sagradas, que aquilo não era embriaguez, e sim o cumprimento da profecia de Joel (Atos 2:14-21), que previa o derramamento do Espírito Santo em profusão nos últimos dias.

3.2. A abertura da fé também aos gentios.
A Igreja que tomava forma com o derramamento do Espírito Santo, deixava de ser restrita aos judeus, abrindo suas portas a todas as raças. Em Jerusalém viviam nos dias de Pentecostes todas as raças do mundo atual, e é a elas que Pedro dirigiu a Palavra, dizendo-lhes: “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar” (Atos 2:39). Era, portanto, o Espírito Santo que tornava a mensagem desta nova Igreja mais abrangente e universal.

CONCLUSÃO
Qual é a base para que a Igreja continue sendo um povo exclusivo de Deus? Mencione algumas das prerrogativas dos membros da nova Igreja de Cristo. O que tornou a mensagem da Igreja, do Novo Testamento, universal?

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