Deus continuou a chamar e usar mulheres no Novo Testamento

Autor: June Summers Pike
É pertinente a este estudo explorar os relatos dos escritores dos Evangelhos do Novo Testamento, bem como a história de Lucas das práticas relatadas em Atos da Igreja Primitiva, para descobrir como Deus chamou a usou mulheres na época do Novo Testamento.
Dúvidas precisam ser esclarecidas. Como é que eram usadas as mulheres que Deus chamou? Jesus incluiu mulheres no ministério dele? O que é que Ele promoveu, permitiu, e praticou? Será que Ele liberou mulheres do papel estreito, culturalmente limitado da sua época na igreja que Ele veio estabelecer? Será que Jesus reinterpretou o papel da mulher como o seu Sermão do Monte reinterpretou a Lei? Será que Jesus ampliou o ministério da mulher e seu significado? Qual foi a atitude de Jesus para com a mulher crente? Será que a igreja primitiva seguisse o exemplo dEle?

Vamos procurar nas Escrituras.

Claramente o Novo Testamento revela que a chamada contínua de Deus e uso de mulheres estavam dentro dos parâmetros revelados pela profecia do Antigo Testamento (Joel 2:28-29). No primeiro sermão cristão registrado no Dia de Pentecostes, Pedro proclamou a continuação da realização da profecia de Joel. (Atos 2:17-18).

Para realizar seus propósitos, Deus usaria TODOS os crentes. Como o Novo Israel, “não há homem nem mulher porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Galatas 3:28), e como beneficiários da salvação (Atos 2:21), ambos homens e mulheres eram identificados como aqueles sobre os quais o Espírito iria derramar o dom da profecia:

Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: ‘E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos anciãos terão sonhos; e sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão (Atos 2:16-18).1
Biblicamente isto está de acordo com a ação divina de chamar mulheres inspiradas tão bem como homens para responsabilidades ministeriais específicas durante a época do Antigo Testamento. Miriã, Débora, e Hulda cada uma era chamada “profetisa”: “um sobre o qual o Espírito de Deus tinha descido, … o instrumento de transmitir ao israelense o conhecimento da vontade divina”.2
Os papeis destas mulheres variavam, Miriã, irmã de Moisés e Arão, participava duma equipe de liderança conjunta (Miquéias 6:4). Ela agiu como líder do culto das mulheres depois da experiência de atravessar o Mar Vermelho (Êxodo 15:20). Débora, também líder de uma equipe, foi a esposa inspirada por Deus de Lapidote, ambos líder espiritual e civil para toda Israel, poderosamente usada como profetisa e juíza para trazer vitória para o seu povo (Juízes 4:4ss) – homens, mulheres, e crianças.

A profecia de Débora que o Senhor venderia a Sísera à mão de uma mulher foi cumprida através de Jael, mulher de Heber (Juízes 4:9,21; 5:24-27).

Sem dúvida a missão mais notável de uma profetisa no Antigo Testamento é aquela da Hulda, esposa de Salum, como registrada em 2 Reis 22:14ss. Embora Jeremias e Sofonias fossem profetas na época de Josias, é fato que eles não estavam escolhidos para autenticar o Livro da Lei achado quando o templo estava sendo reparado durante o seu reino.

Ao pedido do Rei Josias o sumo sacerdote Hilquias, o escrivão Safã e outros foram diretamente ao endereço de Hulda em Jerusalém, dado como a Segunda Parte (também 2 Crônicas 34:22), para consultar o Senhor a respeito do que estava escrito no livro que tinha sido achado. Esta profetisa teve as credenciais corretas. Ela estava disposta a ser usada como instrumento de Deus para instruir o que “o Senhor, o Deus de Israel” teve a dizer para seu povo. Hulda identificou as Escrituras inspiradas.

O que é que foi o resultado do ministério da Hulda? O Rei Josias renovou o pacto com o Senhor. Ele realizou uma reforma. Ele baseou suas ações tão somente no testemunho da profetisa que, na realidade, esta foi a Palavra de Deus.

Estes exemplos do Antigo Testamento, segundo Atos 2:16-18, são esclarecedores da participação contínua de mulheres em viver pela fé na igreja cristã, em qualquer época ou lugar.

Mulheres chamadas por Deus eram usadas para autenticar Jesus como o Cristo, tão bem como a sua ressurreição. Elas se tornaram proclamadoras ativas e ceifeiras. Enquanto na terra, Jesus as deu esta missão, não deixando nenhuma dúvida quanto ao lugar da mulher na sua igreja, Jesus incluiu as mulheres crentes como líderes fidedignos na proclamação do Evangelho.

Deus aprovou seu Filho (Lucas 9:35) e seu ministério. Igualmente, Deus mesmo mandou anjos para fazer mulheres testemunhos competentes (Mateus 28:4-7; Marcos 16:5-7; Lucas 24:4-8).

Notavelmente a teologia paulina afirma de novo a mensagem pentecostal de Pedro. Mulheres “pela fé em Cristo Jesus”, “um em Cristo Jesus” com todos os crentes (Gálatas 3:26-20) são chamadas ao ministério de orar e profetizar, um dom outorgado especificamente às mulheres como aos homens (1 Coríntios 11:5,41).

O Apóstolo Paulo em 1 Coríntios 14:3 definiu o dom da profecia como falar para “edificação, exortação e consolação” no contexto do culto público.

Adam Clark, nascido em 1762, escreveu no seu comentário, primeiro publicado na Inglaterra em 1810 e na América em 1824:

Qualquer que seja o significado de orar e profetizar, quando toca no homem, eles têm exatamente o mesmo significado quando toca na mulher. De modo que pelo menos algumas mulheres, tão bem como alguns homens, poderiam falar aos outros para edificação, exortação e consolação. E este tipo de profecia ou ensino foi predito por Joel 2:28, e Pedro fez referência em Atos 2:17. Se tais dons não fossem concedidos às mulheres, a profecia não podia ter sido realizada.3
Exemplos específicos de Deus chamar e usar mulheres como proclamadoras na época do Novo Testamento têm sua origem em Deus mandar seu Filho ao mundo através de uma mulher, em cumprimento direto da Escritura (Mateus 1:22-23, Isaías 7:14). O anjo Gabriel comunicou a chamada específica de Deus à Maria, agraciada, dotada com honra especial (Lucas 1:26-38).
Abençoada acima de todas as mulheres, Maria foi escolhida a ser aquela que, através da cobertura do poder do Altíssimo, daria à luz o próprio corpo e sangue de Jesus Cristo (Mateus 1:16, 18-25; Lucas 1:26-38). Ela aceitou a chamada dela, acreditando que Deus realizasse seus propósitos através dela (Lucas 1:45). Ela recebeu o dom da fala divina (Lucas 1:46-55). Mais tarde ela seria incluída no grupo orando no cenáculo junto com outras mulheres (Atos 1:14), pedindo e ficando cheio do Espírito Santo (Atos 2:4).

O cântico de louvor da Maria (Lucas 1:46-55), saturada com linguagem do Antigo Testamento, é semelhante à oração da Ana. Possivelmente ela fosse refletindo na grande revelação de Deus do Messias prometido, o Ungido, primeiramente enunciado por esta mulher Ana (1 Samuel 2:10). Maria ponderou o ato milagroso do Espírito Santo dentro dela e focalizou na santidade, poder, e misericórdia de Deus enquanto Ele cumpriu sua promessa, esperada por tanto tempo, através dela.

Como os profetas de antigamente, Maria recita no seu Cântico as obras poderosas do Senhor no passado como indicativos do presente e futuro. Ela predisse que mudança radical ocorria nos corações individuais, através do ato redentor de Deus, como a Palavra se tornaria carne (João 1:14).

Isabel, parente da Maria (Lucas 1:36) foi também escolhida para dar à luz um “cheio do Espírito Santo já desde o ventre de sua mãe” (Lucas 1:15). “Justa diante de Deus” (Lucas 1:6) “Isabel ficou cheia do Espírito Santo” (Lucas 1:41). Ela recebeu o poder da fala profética para ecoar as palavras do anjo (Lucas 1:28) revelando uma compreensão do mistério cercando o nascimento do Messias prometido (Lucas 1:42,45).

O foco cai ainda em uma terceira mulher chamada para reconhecer a chegada do Messias. A viúva Ana, remanescente da tribo de Aser, chamada profetisa (Lucas 2:36)4, dá graças a Deus enquanto ela se reuniu com Maria e José no momento em que Simeão abençoou Jesus, então ela testemunha do advento de Cristo para aqueles esperando a redenção (Lucas 2:25-38).

Não somente as mulheres foram usadas como alguns dos primeiros a proclamar o nascimento do Menino Jesus, Deus também as usou como as primeiras a anunciar a realidade da ressurreição.

De fato elas foram as primeiras testemunhas do Senhor ressuscitado. Partindo elas pressurosamente do sepulcro, experimentando temor misturado com alegria, cumprindo a missão que o anjo tinha as confiada, elas encontraram Jesus (Mateus 28:9-10).

Dois dos três escritores sinóticos incluem este fato específico que as mulheres foram comissionadas por um anjo para levar as notícias da ressurreição de Jesus aos discípulos — com Marcos acrescentando o nome de Pedro (Mateus 28:4-7; Marcos 16:5-7; Lucas 24:4-8). Lucas afirma que as mulheres fizeram como foram mandadas, falando aos onze tão bem como aos outros crentes na vizinhança (Lucas 24:9). A instrução foi também dada para dizer aos discípulos que o Jesus ressuscitado estaria indo à frente deles a Galiléia. Eles podiam o ver lá, confirmando a própria predição de Jesus (Marcos 14:28).

Quando elas se encontram com Jesus, ele amplifica a mensagem Angélica ao as mostrar que ele está ressuscitado, enfatizando de novo que elas não precisam temer, no entanto elas precisam dizer para os discípulos (que Jesus chama de “irmãos”) a irem a Galiléia onde eles o veriam. De modo que Jesus as julgam dignas de serem as primeiras proclamadoras da sua ressurreição.

Marcos 16:9-10 diz explicitamente: “Ora, havendo Jesus ressurgido cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente à Maria Madalena … foi ela anunciá-lo”. (Ver também Mateus 28:11; Lucas 24:10; João 20:1). Pedro ,,, correu ao sepulcro (Lucas 24:12).

As mulheres eram testemunhas eficientes. Os discípulos fizeram como as mulheres instruíram, eles foram a Galiléia como Jesus tinha indicada (Mateus 28:16). Lá eles acharam Jesus. Segundo as Escrituras:

A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e lhe concedeu que se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas predeterminadas por Deus (Atos 10:40-41a).
Deve ser notado que as mulheres foram escolhidas de antemão pelo próprio Deus a ser as primeiras testemunhas do Senhor ressurgido. Elas foram as primeiras a ver com seus próprios olhos a Jesus (Marcos 16:9).
As mulheres que Deus usou e continuou a usar eram mulheres crentes, destemidamente testemunhando da sua fé.

A porta-voz Angélica reconheceu o propósito das mulheres em chegar ao sepulcro: “Eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado” (Mateus 28:5; Marcos 16:6). Ele verificou os motivos delas.

Adam Clarke declara de novo:

Falando humanamente, estas mulheres mereciam ser as primeiras testemunhas da ressurreição de Cristo: durante a vida elas ministravam a ele, e na morte elas não estavam divididas. Elas O acompanhavam a CRUZ, apesar da sua ligação a ele as expor ao perigo muito iminente, e agora elas chegam para velar e chorar ao seu SEPULCRO … Estas mulheres fieis proclamaram o Evangelho para aqueles que depois seriam os professores da raça humana inteira. Eis que honra Deus outorga àquelas que perseverem na verdade dEle, e continuam a O confessar diante dos homens.5
As mulheres não estão incluídas na lista de Paulo das aparições pos-ressurreição.

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; que apareceu a Cefas, e depois aos doze; depois apareceu a mais de quinhentos irmãos duma vez, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormiram; depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos; e por derradeiro de todos apareceu também a mim, como a um abortivo (1 Coríntios 15: 3-8).
Que mulheres não estão incluídas na lista de Paulo das aparições do Senhor Jesus ressuscitado não exclui o fato que elas eram escolhidas por Deus mesmo a ser as primeiras testemunhas da ressurreição.
Este é o testemunho do Novo Testamento: Deus honrou mulheres crentes que Ele mesmo tinha escolhido para proclamar a realidade do Senhor ressuscitado para discípulos descrentes (Lucas 24:9-11, 22-24; João 20:1-3,8-9), assim como ele escolheu algumas delas a serem participantes enquanto o “Verbo se fez carne” (João 1:14), em cumprimento da profecia do Antigo Testamento (Isaías 7:14; Joel 2:28-29).

Quais foram estas mulheres tementes a Deus que foram escolhidas?

Maria Madalena está mencionada nos quatro Evangelhos. Ela está colocada primeira em todos os relatos sinóticos (Mateus 28:1; Marcos 16:1; Lucas 24:10). João 20:1 fala dela como a grande testemunha da ressurreição como ela se encontra sozinha com Jesus. (Como os apóstolos Mateus e João eram participantes durante o período de 40 dias depois da ressurreição.)

Também na lista está Maria, mãe de José (Josaf) (Marcos 15:47) também “mãe de Tiago o Menor” (Marcos 15:40; Mateus 27:56) – a outra Maria (Mateus 28:1), uma seguidora da Galiléia e sustentadora financeira de Jesus (Marcos 15:40-41; Lucas 8:3). Ela estava na Crucificação (Marcos 15:40,47; Mateus 27:56,61; Lucas 23:49,55) e o enterro de Jesus. Também ela preparou especiarias e ungüentos para o perfumar (Lucas 23:56).

O escritor do Evangelho de Marcos, entendido a ser João Marcos, filho da Maria de Jerusalém (Atos 12:12,25), com relação próxima com Pedro (Marcos 16:7) coloca Salomé em terceiro lugar. Ela provavelmente foi a esposa de Zebedeu, a mãe de Tiago (o mais velho) e João, e tia de Jesus (Marcos 16:1; Mateus 27:56; João 19:25).

Lucas, que pesquisou seus fatos com tanta diligência, acrescenta Joana (a esposa de Cuza, procurador de Herodes) (Lucas 8:2-3) e outras (Lucas 24:10).

Notavelmente algumas mulheres não esperavam até depois da ressurreição para a proclamar como fato: Deus honrou a fé delas enquanto Ele as usou para anunciar a vinda da ressurreição.

Enquanto Jesus ainda estava vivo, Marta foi usada para proclamar dramaticamente o poder da ressurreição bem como Jesus como Messias. Quando ela declarou: “Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo” (João 11:27), Sua fala profética foi muito semelhante àquela de Pedro em Cesaréia de Filipe (Mateus 16:16-17).

As circunstâncias da sua confissão são notáveis. Depois da morte de Lázaro, Marta foi ao encontro de Jesus, “ao saber que Jesus chegava” em Betânia (João 11:20). Ela não compreendia a demora de Jesus, mas ela confiava nEle explicitamente, sabendo que qualquer coisa que Ele pedia a Deus, Deus respeitaria. Ela estava destemida em dialogar publicamente com Jesus, acreditando ser permitida para ela. Ela não foi repreendida por isso.

Jesus honrou a confiança da Marta. Ele a afirmou que Lázaro ressurgiria. Ela não teve dúvida: “Sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia” (João 11:24).

Jesus galardoava abertamente a fé dela declarando seu propósito:

Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto? (João 11:25-26).
Marta foi garantida um lugar no reino futuro de Cristo. Ela é uma intérprete de quem Jesus é e uma que autentica o lugar de qualquer mulher crente naquele reino. Ela não foi a irmã que costumava assentar aos pés de Jesus. Entretanto, ela foi uma crente ativa, dada insaite divina quando sem constrangimento ponderou as grandes verdades do reino. O que Jesus disse que está registrado em Mateus 16:17 também se aplica aqui para Marta: “… não foi a carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus”.
Que ela não compreendeu completamente não a desqualificou como testemunha. Outros tinham reagido semelhantemente.

Quando as mulheres relataram para os discípulos que Jesus estava vivo, “pareceram-lhes como um delírio as palavras das mulheres e não lhes deram crédito” (Lucas 24:11). Para os dois no caminho de Emaús Jesus disse: “Ó néscios, e tardos de coração para crerdes tudo que os profetas disseram!” (Lucas 24:25).

Como Ana, mãe de Samuel, foi a primeira a profetizar do Messias, e como Isabel foi o primeiro a reconhecer o Messias no ventre da Maria, então Ana, que foi viúva e profetisa, reconheceu que o neném Jesus foi o Messias prometido, assim a mulher samaritana ao poço de Jacó foi aquela para quem Jesus revelou: “Eu o sou, eu que falo contigo (que se chama o Cristo)” (João 4:25-26).

Não se pode deixar de notar que a mulher samaritana foi privilegiada a ser usada. Pelos padrões do mundo ela não foi o tipo de mulher a ser escolhida. Uma samaritana paria, vivendo fora dos códigos morais da sua época, ela foi honrada a ser aquela para quem Jesus se revelou como Messias. A atitude de Jesus para com ela foi consistente com seu caráter e propósito de buscar e salvar os perdidos, então tendo perdoado o pecado, a incluir o pecador salvo em serviço ativo.

Reconhecendo Jesus a ser quem Ele disse que foi, ela trouxe uma cidade para ouvir Jesus proclamar o Evangelho: “E muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher, que testificava: Ele me disse tudo quanto tenho feito … E muitos mais creram por causa da palavra dele” (João 4:39,41).

Ela foi singularmente usada para trazer os perdidos para Cristo naquela ocasião e para preparar para o avivamento mais tarde em Samária à medida que a igreja espalhou para todo mundo pelo poder do Espírito (Atos 8:5,12; 1:8). Ela compartilhou com aqueles que a rejeitaram abertamente, ativando a sua fé recém-nascida, falando a verdade revelada para ela.

Quando Filipe, o diácono que se tornou evangelista, foi levado pelo Espírito a Samária, ele ceifou o que a mulher com Jesus tinham semeado nos corações do povo samaritano. Precisa se supor que Filipe levou a sua família consigo para Cesaréia. Mais tarde lemos que Deus usou suas filhas virgens no ministério naquela cidade. A história de testemunhas oculares da Igreja Primitiva de Lucas inclui uma visita a este lar, sem notar objeção paulina.

Partindo no dia seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Tinha este quatro filhas virgens que profetizavam (Atos 21:8-9).
Deus tem dito através da sua Palavra:

Derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão (Joel 2:28; Atos 2:17).
Como crentes em Jesus Cristo, o Messias, e na ressurreição, é essencial que encararmos a questão de grande importância: “Deus continuou a chamar e usar mulheres no Novo Testamento?” dentro do contexto das palavras e ações de Jesus:

Como é que eram usadas mulheres chamadas por Deus?
Jesus incluiu mulheres no seu ministério?
O que é que Jesus promoveu, permitiu, e praticou?
Jesus liberou mulheres do papel estreito, culturalmente limitado da sua época na igreja Ele veio estabelecer?
Jesus reinterpretou o papel da mulher como seu Sermão do Monte reinterpretou a Lei?
Jesus ampliou o ministério das mulheres e seu significado?
O que é que foi a atitude de Jesus para com as mulheres crentes?
A Igreja Primitiva seguiu o exemplo de Jesus?
Continua a ponderar estas questões à medida que faz outros estudos relacionados à mensagem do Novo Testamento.

Notas ao Fim
The Septuagint Version of the Old Testament, with an English Translation, Grand Rapids, Zondervan, p 1083, usa o grego profehteusousin “profetizará” (Joel 2:28) para o hebraico nib be’u ”e profetizará” (Joel 3:1 no texto hebraico). Today’s Parallel Greek-English New Testament, Richmond, COMMISSION, I976, p. 338, usa o grego profehteusousin “profetizará” (Acts 2:17-18). The TheoIogical Dictionary of the New Testament, editado por Gerhard Friedrich, Geoffrey W. Bromiley, tradutor e editor, Vol. VI, Grand Rapids, Eerdmans, quarta impressão, August 1973, p. 812, diz, “No LXX navi’ ‘profeta’ está sempre traduzido profehtehs, não há uma instância sequer de qualquer outra palavra.
Adam Clarke, Clarke’s Commentary, The 0ld Testament, Vol. Il-Joshua to Esther, Nashville, Abingdon, 1810 (Inglaterra), 1824 (EUA), p. 116.
Adam Clarke, Clarke’s Commentary, The New Testament of our Lord and Saviour Jesus Christ, Vol. II-Romans to the Revelations, Nashville, Abingdon, 1824, p. 250.
Friedrich, op. cit. ” … os seguintes pontos podem ser feitos concernente o uso das palavras profehtehs ktl em relação ao oráculo grego”. (a) “Significa homens e mulheres indicados e o trabalho deles, o que é declarar algo cujo conteúdo não está derivado deles mesmos mas do deus que revela a sua vontade naquele sítio particular”, p. 791. “Profehtehs ktl … simplesmente expressa a função formal de declarar, proclamar, tornar conhecido”. … “Não pode haver dúvida que profehtehs pertença à esfera religiosa, onde significa aqueles que falam no nome de um deus, declarando a vontade divina e conselho no oráculo”, p. 795. “De um modo geral o NT compreende por profeta o proclamador bíblico da mensagem divina, inspirada,” p. 828. “Profehtis ‘profetisa’ ocorre somente duas vezes no NT. Embora algumas mulheres na comunidade primitiva tivessem o espírito da profecia (Atos. 2:17f; 21:9; I Coríntios 11:5), elas não foram dadas este título, … A judia Ana, entretanto, é chamada uma profetisa em Lucas 2:36 … e Jezabel a tentadora tem o mesmo título em Apocalipse 2:20”, p. 829, “que se diz profetisa”.
Adam Clarke, Clarke’s Commentary, The New Testament of Our Lord and Saviour Jesus Christ, Volume I-Matthew to the Acts, Nashville, Abingdon, 1824, p. 282.

Autora é D.Min, Midwestern Baptist Theological Seminary, Kansas City, MO.
Missionária aposentada Foreign Mission Board of the Southern Baptist Convention: Brasil, Angola, e África do Sul
Ex professora Colégio Teológico Batista da África do Sul, Secção da Provínica Oeste, Cape Town, África do Sul
Ex professora Seminário Teológica Batista Equatorial, Belém, Brasil
Enviar correio eletrônico a Dra. June Summers Pike (hjpike@webtv.net)

1 Comentário

  1. Muito bom esse estudo.
    Bem explicado, parabéns.
    Me ajudou bastante num estudo que fazia a respeito das mulheres no ministério de Jesus.

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*