Autor: Miguel Munhoz Filho
Estamos acompanhando atentamente o interesse em desarmar a população e, ao mesmo tempo, melhorar os equipamentos dos policiais, sejam estaduais ou federais.
Compartilhamos da mesma idéia, mas cientes, sem ser pessimistas, que o trabalho será lento e difícil, já que desarmar os cidadão de bem é mais fácil, porém o desarme de bandidos (traficantes, matadores de aluguel, ladrões etc.) é muito mais complicado. Aliás, já deveriam estar desarmados e presos.
Mas é bom questionarmos se essa prática vai resolver o problema da violência. Podemos dizer, a princípio, que não resolverá totalmente, mas, sem dúvida, diminuirá a criminalidade.
Seria muito bom que além desses propósitos saudáveis (desarmamento e melhores equipamentos para a polícia), praticássemos o “desarmamento interior – no espírito”, que a sociedade em geral tirasse o dedo do gatilho do coração, porque sem armas também se mata. Isso também não acontece de uma hora para outra, é necessário coragem e determinação de todos para vivermos numa sociedade menos violenta. Pensando nesse assunto, apresentaremos algumas proposições para serem analisadas:
– Que os pais de família evitassem “armar” os filhos com intolerância religiosa, social, racial e política, evitando transmitir revolta e ódio através de castigos irracionais.
– Que o Governo e alguns Educadores, graças a Deus que não são todos, se preocupassem em formar o caráter dos alunos e não simplesmente informá-los. Um exemplo é preocupar-se com as adolescentes para que não engravidem, mas esquecem de outras áreas, como a emocional, espiritual e social.
– Que os presídios e outros locais de aprisionamento recebessem condições para reeducar os seus “hóspedes”, preparando-os para retornar saudáveis ao convívio da sociedade, e não para serem piores que antes.
– Que os meios de comunicação, principalmente a TV, evitassem ser contraditórios, pois apresentam a realidade do país nos jornais, o que é louvável, e mais tarde apresentam filmes violentíssimos, que não edificam a família brasileira, apenas colaboram para mais violência.
– Que os líderes eclesiásticos procurassem testemunhar sua fé com santidade, evitando que as dependências dos templos tornem-se referencias de comércio, parecendo mais agência bancária do que templo de adoração. Também, outros se tornam similares de clubes, chegando ao ponto de comercializar bebidas alcoólicas, justificando que “eles bebem socialmente”, no entanto, esquecem das famílias que estão em lágrimas por causa do alcoolismo de um dos membros da família, que iniciou bebendo socialmente em festas que se dizem religiosas.
– Que levássemos a sério as palavras de Jesus Cristo, quando Ele disse “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. (…) Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Marcos 12: 30 e 31). Com certeza pararíamos de ouvir pessoas dizerem que são “religiosas de berço ou de batismo, mas não são praticantes…”. Esse costume ecoa na sociedade causando egoísmo agrário, péssima divisão de renda (luxo e fome) e ideologias invasoras que transmitem mais insegurança e geram mais problemas. Isso porque perdeu-se o verdadeiro sentido da expressão “CRISTÃO”.
Como anunciamos, não é fácil, no entanto, não é impossível. Acredito em possibilidades porque tenho esperança de podermos mudar situações e índices, tornando-os mais aprazíveis.
Que todos nós, não apenas os outros, mas a começar por mim e você, querido(a) leitor(a), iniciemos ou continuemos a lutar por um Brasil melhor, desarmando nosso próprio interior (nosso espírito). Um grande abraço desse brasileiro esperançoso.
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