Construindo pontes

Autor: Sérgio Fonseca Cruz

Pedro e João eram amigos de infância. Certo dia, se desentenderam por um motivo banal e desde então foram alimentando ressentimentos mútuos. Por fim nem se falavam mais. Moravam em sítios vizinhos, tendo apenas um riacho como limite entre suas propriedades.
Um dia apareceu pela redondeza um pedreiro à procura de trabalho. Bateu à porta do sítio de Pedro e ofereceu-se para prestar-lhe serviço. Pedro pediu-lhe que construísse um muro para servir de limite entre as suas terras e as de seu vizinho. Depois de relatar ao pedreiro a sua desavença com João, recomendou também que construísse um muro bem alto.
O pedreiro iniciou o seu serviço, enquanto Pedro saiu para resolver outras coisas. Ao entardecer, quando voltava para casa, Pedro teve uma surpresa. O homem havia construído uma ponte entre as duas propriedades e não um muro como ele havia pedido.
Irritado com a situação, já estava para recriminar o pedreiro por ter-lhe desobedecido, quando avistou o amigo na ponte vindo em sua direção e dizendo:
– Pedro! Agora vejo como você é um amigo de verdade, mandou construir uma ponte entre nossas propriedades apesar do desentendimento que tivemos!
Ouvindo isso, Pedro também caminhou em sua direção, dando-lhe um forte abraço.
O pedreiro, presenciando a cena se despediu. Pedro e João o convidaram para ficar, ao que ele respondeu:
– Obrigado, mas eu não posso, tenho outras pontes para construir.
A história não é de minha autoria. É do livro Para Que Minha Vida Se Transforme, que por sinal é um título bem sugestivo.  É possível que em seus relacionamentos com amigos ou familiares, alguém tenha decepcionado, ferido ou magoado você. A dor, o ressentimento e o ódio constituem-se numa forte argamassa na construção de “muros” ao nosso redor, no que diz respeito aos nossos relacionamentos pessoais.  O que é mais fácil: construir muros ou construir pontes? Na minha opinião, considerando a dureza do coração humano, para algumas pessoas seja mais fácil construir muros de isolamento, indiferença, rancor, ódio e etc. Muros invisíveis! No entanto, se a pergunta for: o que é melhor para construir? Com certeza, nossos muros virão abaixo e darão lugar a maravilhosas pontes, sendo que os maiores beneficiados seremos nós mesmos, libertando-nos deste “claustro emocional”.
O mesmo material com que se constrói um muro, pode se construir uma ponte. Tudo é uma questão de escolha. Assim também acontece em sua vida: uma mesma situação pode ser utilizada para unir ou separar as pessoas. Que Deus te abençoe em suas novas construções!

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