Autor: Autor Desconhecido
O início da Escola Dominical, como a conhecemos hoje, deu-se em 20 de julho de 1780 na cidade de Gloucester. Era uma cidade importante da Inglaterra no período pós Revolução Industrial, notável por sua indústria de tecelagem. Atraía muita gente que, deixando a vida no campo, seguia para as cidades buscando melhores condições de vida. Entretanto, na cidade de Gloucester, a imensa riqueza de uma minoria contrastava com a grande pobreza e o analfabetismo da maioria da população. O fato de existirem muitas igrejas não impedia o avanço da criminalidade. Robert Raikes, fundador da Escola Dominical, dedicou-se à carreira de jornalista e editor, trabalhando na Imprensa Raikes, de propriedade da família, a qual ele passou a dirigir após a morte de seu pai.
Raikes preocupava-se muito em melhorar as condições das prisões, visando a regeneração dos criminosos que para ali eram conduzidos. Descobriu que o abandono em que viviam as crianças pobres da localidade e as suas atividades, também aos domingos, eram um estímulo à prática do crime. Que perversos os meninos de Gloucester ! Lutavam uns com os outros, eram mentirosos e ladrões, indescritivelmente sujos e despenteados. Depredavam propriedades e infestavam ruas, tornando-as perigosas com as calamidades deles.
Robert Raikes, um homem de profundas convicções religiosas, fundou então uma escola que funcionava aos domingos porque as crianças e os jovens trabalhavam 6 dias por semana, durante 12 horas. Usava a Bíblia como livro de estudo, cantava com os alunos e ministrava-lhes, também, noções de boas maneiras, de moral e de civismo.
O plano de Raikes exigia um profundo sentimento de caridade cristã. Conseguiu que algumas senhoras crentes o ajudassem, fazendo visitas aos bairros pobres da cidade, a fim de convencerem os pais a enviarem seus filhos à escola.
De 1780 a 1783, sete Escolas já tinham sido fundadas somente em Gloucester, tendo cada uma 30 alunos em média. Em 3 de novembro de 1783, Robert Raikes, triunfalmente, publicou em seu jornal a transformação ocorrida na vida das crianças.
O historiador John Richard Green afirmou:"As Escolas Dominicais fundadas pelo Sr. Raikes, no final do século XVIII, originaram o estabelecimento da educação pública popular".
O efeito da Escola Dominical foi tão poderoso, que 12 anos após sua fundação, não havia um só criminoso na sala dos réus para julgamento nos tribunais de Gloucester, quando antes a média era de 50 a 100 em cada julgamento !
Em muito pouco tempo, o movimento se espalhou e várias igrejas ao redor do Mundo organizaram suas Escolas Dominicais. Nas E.B.D. mais antigas, segundo se tem notícia, o ensino limitava-se à leitura de passagens bíblicas estudadas simultaneamente por crianças e adultos. Mais à frente, nasceu o desejo de que houvesse um sistema de lições graduadas : seriam adaptadas ao desenvolvimento da mente infantil e viria estabelecer conveniente e necessária promoção de alunos de grau em grau entre os diferentes departamentos da Escola Dominical.
Em resposta a esse apelo, o Comitê das Lições Internacionais, unanimemente, encaminhou o assunto à Convenção em Louisville, realizada em junho de 1908. Foi criado um Subcomitê, que preparou lições dirigidas aos principiantes, ao departamento primário elementar e ao primário superior. Em anexo, enviaram uma lista dos assuntos que corresponderiam aos anos seguintes desses mesmos departamentos. Anunciou-se também a preparação do programa geral de lições para todos os departamentos em que a Associação Internacional dividiu a Escola Dominical : Principiantes (4 e 5 anos), Primário Elementar (6 a 8 anos), Primário Superior (9 a 12 anos), Intermediário (13 a 16 anos), Superior (17 a 20 anos) e Adultos (20 anos em diante).
Referência : Revista Vida Cristã (nº 183)
Sete razões para participar de uma Escola Dominical
A Escola Bíblica Dominical —a maior Escola do Mundo, tem sido a principal responsável pela formação ministerial dos obreiros e obreiras em nossas igrejas.
Prosseguir em conhecer ao Senhor é um imperativo dirigido a todos os crentes, porém muitos não têm descoberto o maravilhoso motivo desta ordem divina, e não desfrutam das riquezas e tesouros nos oferecidos por Deus através da sua palavra.
Como uma forma de encorajamento e estímulo aos mestres e alunos, a seguir estarão sendo apresentadas sete razões para estarmos participando com freqüência de uma das poucas oportunidades, que nos sobrou neste mundo ocupado, de aprendermos a Palavra de Deus, que é a Escola Bíblica Dominical:
1 – POR AMARMOS A JESUS. Jesus disse: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama." (Jo 14.21)
O amor é o maior dos mandamentos. O apóstolo Paulo, no capítulo treze de sua primeira Carta aos crentes de Corinto, explica este sentimento na sua plenitude. Que lindo e sublime é o amor !!!
Certamente ninguém que professe a fé cristã diria que não ama o Senhor Jesus. As pessoas possuem meios muito variados de demonstrar o amor que sentem pelos outros. Quando queremos agradar a alguém a quem dispensamos consideração, respeito, reverência, a primeira coisa que fazemos é procurar saber das coisas que esta pessoa gosta. E assim já podemos começar a demonstrar nossos sentimentos, conferindo à pessoa amada coisas e situações que lhe agradam. Muitas pessoas gostam de receber bombons no dia de seu aniversário, outras já não resistem ao encanto de um buquê de rosas, outras gostam de ser elogiadas em público. Cada pessoa amada espera receber declarações e gestos acompanhados de genuína prova deste sentimento. A cópia de um documento não pode representar o documento oficial se não for autenticada por um Oficial de Justiça. Assim, todas as nossas declarações devem ser confirmadas tanto em palavras como através de nossos atos.
Exemplo incomparável na demonstração deste sublime sentimento, que é o amor, nos deu nosso Pai celestial. Em Jo 3.16 a Bíblia diz que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Único… Como vimos, Deus não somente amou, mas demonstrou esse amor através da atitude de nos enviar Seu único Filho para morrer em nosso lugar. Deus sabia que nós necessitávamos de salvação, e ele poderia ter nos deixado comer da Árvore da Vida que estava no Jardim, mas isso seria para nós uma catástrofe, sem que antes Deus nos tivesse proporcionado a reconciliação consigo através do sacrifício do Cordeiro Pascal. A Bíblia diz que Deus prova seu amor para conosco pelo fato de nos ter enviado seu Filho Jesus, sendo nós ainda pecadores.
Jesus tem suas preferências e não as deixou ocultas, mas nos revelou. E uma das maiores alegrias de Jesus é saber que seus filhos têm e guardam seus mandamentos. O Apóstolo João no versículo quatro de sua terceira carta também diz que ele não tem maior alegria do que ouvir que os seus filhos andam na verdade. E se de coração amamos a Jesus, certo é que nossa primeira ocupação é procurar conhecer os mandamentos de Jesus para que possamos guardá-los, pois Jesus reconhece aqueles que o amam através da obediência aos seus mandamentos.
Compra-se remédios nas drogarias; carne, nos açougues; dinheiro a gente pega no banco. Cada coisa tem o seu ponto de origem, e a Palavra de Deus não é diferente. Nós tomamos posse dos mandamentos e ensinos de Deus na Bíblia Sagrada, nos cultos de doutrina, na Escola Bíblica Dominical… São nestas ocasiões que Deus nos revela sua vontade através de seus ministros. E se nós desprezarmos estas oportunidades ou até mesmos relegá-las a um plano inferior em nosso sistema de valores, não teremos conhecimento das preferências de Jesus para que nós possamos amá-lo.
A Palavra de Deus é tão preciosa que Jesus nos recomendou que a guardássemos, para que não viéssemos a perdê-la, para que não fosse roubada, contaminada ou deteriorada. Nós podemos expressar nosso amor por Jesus de várias maneiras: através dos cânticos, de poemas, de nossa conduta… mas se eu não procurar conhecer, possuir e praticar seus mandamentos, estarei propenso a entrar pelo vergonhoso caminho da hipocrisia. Os adesivos no carro, na camisa, no boné, nos chaveiros, todos são formas de demonstrar nosso amor a Jesus; os instrumentos que tocamos, também; os hinos que cantamos, da mesma forma. Mas se estas demonstrações não estiverem acompanhadas pela obediência à sua palavra, será o mesmo que alguém oferecer, à vista de todos solenemente, um presente com rótulo diferente do conteúdo. No momento da oferta tudo é muito bonito e até admirável, mas quando o presente é aberto, é a maior decepção. É bom termos cuidado para não decepcionarmos a Jesus.
Às vezes precisamos rever nossos valores para sabermos se o que procuramos fazer para Jesus é a forma correta de demonstrar o nosso amor para com ele. Nós devemos amar nosso próximo, respeitando-o; amar as almas perdidas, evangelizando-as; amar a obra de Deus, trabalhando nela. Mas acima de tudo devemos amar a Jesus, conhecendo e guardando os seus mandamentos (Jo 14.21).
2 – PARA NÃO ERRARMOS. Jesus disse: "Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus." (Mt 22.29)
Não é necessário nem comentar acerca das grossas fileiras de pessoas hoje que caminham para o abismo por aderirem a movimentos, seitas e superstições por causa da falta de conhecimento bíblico.
Naquela ocasião de Mt 22.29, um grupo religioso, os Saduceus, que dizia não haver ressurreição, perguntava a Jesus a respeito de uma mulher que teve vários maridos nesta vida, e qual seria seu marido na vida futura. Nosso Senhor Jesus repreendeu-os não somente por não conhecerem as Escrituras, mas também por não conhecerem o poder de Deus.
A falta de conhecimento bíblico leva o homem a achar que está nesta terra tudo o que de melhor Deus
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