Autor: Moisés Suriba
Outro dia meu carro teve uma pane.
O problema era mais sério do que eu pensara e tive que pedir a um amigo que me puxasse com o seu carro até uma oficina mecânica.
Com uma corda bem resistente, não muito curta nem muito longa, amarramos o meu carro ao dele e lá fomos nós, atravessando a cidade.
Marcas daquele trajeto:
Onde ele passava, lá estava eu atrás.
Virava para a direita? Eu também. Para a esquerda? Eu, igualmente.
Ele aumentava a velocidade? O mesmo se passava comigo.
Diminuía? Eu diminuía.
Ele parava no semáforo? Eu também.
Avançava? Lá ia eu atrás dele.
Em alguns pontos do trajeto percebi que meu carro, mais leve, avançava mais rápido que o dele, colocando em risco meu pára-choque dianteiro e o pára-choque traseiro do seu carro. Então eu fui com o pé no freio, e a maior parte do caminho eu fui sendo arrastado e freando para não me aproximar muito.
Liguei meu pisca alerta e mantive a distância.
Em outras palavras:
Eu estava amarrado a ele; não podia ultrapassá-lo; não me arriscava a me aproximar muito; avançava com o pé no freio. Em tudo o que ele fazia, eu o imitava.
Você quer ouvir uma triste notícia?
Há muita gente que pensa que estas são as marcas de um bom discipulado.
Não, não. Estas são as marcas de um carro estragado.
Quando você vir duas pessoas, o mestre e o discípulo, num relacionamento como o descrito acima, não se alegre, não teça elogios.
São marcas de carro estragado, de comportamento doentio, e nunca de um discipulado cristão.
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