Autor: Ismar do Amaral
“Irmãos, peço em nome de nosso Senhor Jesus Cristo que estejam de acordo no que dizem e que não haja divisões entre vocês. Sejam completamente unidos num só pensamento e num só propósito” (I Cor. 1:10).
Na oração sacerdotal, registrada no capítulo 17 do evangelho de João, o nosso Senhor Jesus nos deixou um desafio imenso, que é tão grande quanto o do próprio cumprimento da missão: “…para que todos sejam um, como tu, Pai, está em mim e eu em ti. E para que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste (versos 20 e 21). É o desafio da unidade cristã!
O texto mostra que é a unidade o sinal que legitima e confirma a missão da igreja no mundo. Sendo tão importante, a unidade deve ser buscada por toda a igreja, em todos os níveis. Isso não significa que qualquer esforço no sentido de aproximar os cristãos possa ser entendido e classificado como algo que realmente une. O apóstolo Paulo afirma que isto é obra do Espírito na igreja e que nossas atitudes sem dúvida colaboram para a manutenção deste vínculo precioso (Ef. 4:3-6).
Mas quais aspectos fortalecem a unidade cristã? Eu diria que precisamos atentar para quatro coisas que são básicas para crescermos cada vez mais em unidade.
Em primeiro lugar, a unidade cristã tem uma base que é Cristo. Nos encontramos na fé e na graça de Cristo, em sua salvação que nos alcança, temos o fundamento precioso para a unidade, que é a sua própria obra em nosso benefício (Jô 3:16).
É preciso também um encontro com a Bíblia. Esse encontro nos leva à própria revelação de Deus e as orientações que ele mesmo quer dar a nós e a igreja. A unidade se constrói também com as verdades da Bíblia, para que creiamos mais e mais em Jesus, pois afinal de contas, é para ele que as Escrituras apontam.
Mas a unidade cristã também se consolida com a vida da igreja, o Corpo de Cristo. Quanto mais intensa é essa vida, essa comunhão fraternal, essa participação de amor, esse espírito de adoração comunitária a Deus, mais irmanada estará a família da fé. Um pastor dizia que é importante “reunir para unir”. Convivência é fundamental. Se a igreja não cultua, não ora, não ri, não chora, não louva em conjunto, não pode pretender viver a plenitude da unidade, como aponta o texto de Atos 2:42-47.
Por fim, a unidade se manifesta publicamente na missão. Esta última não é tarefa de uma só pessoa, mas responsabilidade de todos nós que amamos e obedecemos a Cristo. Não é a toa que muitos estudiosos hoje entendem que a unidade da igreja se faz muito mais na prática, na ação, do que em qualquer outra atividade eclesial. Quando estamos servindo a Deus e ao seu reino, não temos tempo para as questões que dividem. Quando nos unimos no trabalho do Senhor, então de fato nos tornamos uma comunidade que caminha em unidade.
A unidade que precisamos buscar não é algo fácil de obter. É preciso submissão a Deus, sintonia com seu Espírito, amor, tolerância, paciência, e uma profunda dedicação. Mas é um belíssimo alvo a ser alcançado, marca distintiva de uma igreja amadurecida! Você está convidado a se unir na busca desse alvo!
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