Autonomia no trabalho

Autor: Rick Boxx
O novo livro de Daniel Pink, “Drive” (Força Motriz), estabelece um exemplo interessante sobre como favorecer a autonomia no trabalho. Ele define autonomia como “agir com escolha” e como justificativa, ressalta um estudo da Universidade Cornell feito com 320 pequenas empresas.

Das empresas pesquisadas, metade dos negócios garantia autonomia aos funcionários, enquanto o restante confiava na direção orientada verticalmente, de cima para baixo. Este segundo modelo fornecia direção executiva explícita, oferecendo pouca liberdade de ação aos empregados. De acordo com o estudo, as empresas que permitiam liberdade de decisão aos empregados cresceram em uma taxa quatro vezes maior do que aquelas mais controladoras, além de apresentarem uma rotatividade no quadro de empregados 30% menor.

Essas descobertas não deveriam nos surpreender, pois refletem a forma como fomos planejados.

Na Bíblia vemos que Deus originalmente estabeleceu autonomia para o trabalho. Gênesis 1.26 nos ensina: “Então disse Deus: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.
Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão.’” Embora fosse o Criador, Deus estava delegando autoridade à Sua principal criação – o homem – para que fosse gestor de tudo quanto Ele fez.

A defesa da autonomia é também retratada no Novo Testamento. Mateus 10.1 nos conta que: “(Jesus) Chamando Seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e curar todas as doenças e enfermidades.” Mais tarde, Ele lhes pediu relatório do que tinham experimentado. Em Mateus 21 Jesus enviou dois de Seus discípulos adiante dele ao povoado, para fazerem os preparativos para Sua entrada em Jerusalém. Jesus estava reconhecendo que para que Sua obra alcançasse êxito e subsistisse à Sua presença na Terra, Ele teria que confiar no talento e zelo de Seus seguidores para sustentarem o trabalho. Existem muitos benefícios em proporcionar autonomia aos empregados, conforme afirmam as Escrituras:

Benefícios advindos de talentos exclusivos. Até mesmo os melhores líderes são limitados. Não possuem todas as habilidades e capacitação necessárias para cumprir as metas de sua organização. Conferir autonomia aos funcionários lhes dá liberdade para usar plenamente os talentos exclusivos de cada um. “…O corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo…Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?” (I Coríntios 12.12,19).

Benefícios advindos de diversas perspectivas. Sempre ajuda considerar a perspectiva daqueles que veem as questões de ângulos diferentes. Se tiverem liberdade para expressar sua opinião, eles podem apresentar ideias que os líderes não consideraram. “Os planos fracassam por falta de conselho; mas são bem-sucedidos quando há muitos conselheiros” (Provérbios 15.22).

Benefícios advindos de empregados confiantes. Pessoas com autonomia sentem que confiaram nelas e geralmente ficam ansiosas para provar que são dignas dessa confiança. “Como o frescor da neve na época da colheita é o mensageiro de confiança para aqueles que o enviam; ele revigora o ânimo de seus senhores” (Provérbios 25.13).

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