Autor: Jocildo Maximino Junior
O "Sermão do Monte", obra-prima que é, aborda de forma sucinta os princípios do viver cristão. Longe de ser uma repetição da lei de Moisés, ele contém uma série de afirmações que afetam o âmago da vida humana e as questões do cotidiano que todos nós vivenciamos.
Contrapondo-se ao ensino religioso dos líderes judaicos daquele tempo, que sobrecarregavam o povo com pesadas imposições, Jesus confronta o ouvinte com situações que exigem dele uma tomada de posição. Numa atitude deliberada, Ele ignorou o pensamento religioso de sua época, e apresentou aos seus seguidores o mesmo desafio feito no Velho Testamento: "Escolhei hoje a quem sirvais." (Js 24.15.)
Após derrotar o diabo na questão da adoração (Mt. 4:10), o Senhor passou a ensinar os princípios que regem nossa relação com Deus. Antes de falar especificamente sobre adoração, Jesus deu instruções sobre nosso relacionamento vertical (com Deus) e horizontal (com o próximo). Ele sabe, muito melhor do que nós, que a adoração nada mais é que a expressão de um relacionamento correto com Deus.
Embora não tenha abordado diretamente alguns aspectos inerentes à adoração, há um bom trecho em que trata de decisões a serem tomadas. No meio desse texto acha-se inserido o "Pai Nosso". Fica fácil perceber que tais decisões afetam nossa relação com Deus.
A adoração resulta de uma série de atitudes que tomamos, dentre elas a aproximação maior com Deus, pois não são as emoções que determinam nossa adoração, e, sim, a vontade. E a principal decisão nessa questão não é se adoraremos ou não, mas a quem adoraremos. Tão logo deliberamos adorar a Deus, temos diante de nós uma série de escolhas que poderão afetar profundamente nosso culto a ele. Essas decisões, mais que quaisquer outros atos, irão determinar nossa atitude nesse particular.
Adoração é sempre fruto de uma atitude interior.
Jesus nunca falou sobre a maneira como devemos expressar nossa adoração. Ele se preocupou mais com o modo como a adoração se forma em nosso espírito. Há muitos que defendem fervorosamente o seu “método de adoração”. Mas Jesus preocupou-se mais com a atitude do adorador.
Há inúmeros fatores de ordem espiritual, mental e emocional relacionados com a adoração. Ninguém adora a Deus com a mesma intensidade emocional o tempo todo. Entretanto, para adorarmos de fato ao Senhor, nossa atitude e estado de espírito devem ser sempre coerentes com a Palavra de Deus que nos diz em João 4:23: ”Mais a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim adorem”.
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