Autor: Whit Criswell
“Somos o número 1! Somos o número 1!” Vivemos num mundo que nos ensina a nos concentrarmos em nossas próprias necessidades e desejos. Somos aconselhados a “prestar atenção no número 1”, ou seja, em nós mesmos. Mas não é o orgulho um traço detestável, pelo menos nos outros? Não estou falando de autoconfiança ou de amor próprio, mas de um egoísmo ofensivo, repulsivo nosso próximo e a Deus; um conceito arrogante que faz alarde de si mesmo e rebaixa os outros.
A Bíblia ensina que o orgulho leva à destruição da vida de uma pessoa. Ele infla a percepção da nossa própria importância. Ouvi alguém dizer: “Se eu pudesse comprar uma pessoa pelo valor que ela realmente tem e vendê-la pelo valor que ela realmente vale, ficaria rico!” A Bíblia adverte: “A desgraça está um passo depois do orgulho; e a vaidade faz cair na desgraça” (Provérbios 16.18).
É de Tiago a recomendação, “Humilhem-se diante do Senhor e Ele os porá numa posição de honra” (4.10). Mas o que queremos é soprar nossa própria trombeta, ou seja, nos autopromovermos. Pouco depois da morte do Presidente Theodore Roosevelt, um de seus filhos disse: “Meu pai sempre quis ser o noivo de todos os casamentos e o cadáver de todos os funerais” — querendo traduzir o quanto ele apreciava ser o centro das atenções.
Contrastando com isto, Jesus interagiu com os fariseus em Lucas 14:1-14, e revelou algumas perspectivas que nos ajudarão a ser pessoas que compreendem o valor de colocar o interesse dos outros em primeiro plano:
Seja flexível (versos 1-6) – Uma outra palavra poderia ser “cooperação”. Seja aberto, ensinável, disposto a mudar. O orgulho obstinado recusa-se a mudar, enquanto a flexibilidade expressa a disposição de fazê-lo. Amo esta citação: “Morte é quando as memórias do passado se sobrepõem à nossa visão do futuro.” Você não pode ter acesso à cultura do CD-DVD usando um “tape” antigo. Nos negócios – e na igreja também – o toque fúnebre soa com a velha cantilena: “Nós sempre fizemos isto desta maneira.”
Seja humilde (versos 7-11) – É impressionante a quantidade de pessoas que nos reconhecem quando conseguimos lugar nos melhores setores dos estádios ou ginásios esportivos. Também é impressionante como é mais fácil falar sobre pessoas preeminentes, do que sobre um anônimo. Isto é orgulho. Manobramos para conquistar posição e reconhecimento, assim como os fariseus naquele jantar. Humildade significa curvar-se, diminuir-se aos olhos dos outros.
John Ortbert brincou: “Gostaria de ser humilde; mas e se ninguém me notar?” Você está buscando seriamente ser humilde? A Bíblia manda exercitar humildade no casamento: ela instrui a esposa a ser submissa ao seu marido e exorta o marido a amar sua esposa como Cristo amou a Igreja. (Lembre-se que, para o Seu povo, Jesus voluntariamente morreu na cruz. Isto é humildade!) Deveríamos orar: “Senhor, ajuda-me a demonstrar amor e compaixão por minha esposa (meu esposo), a fim de que ela (ele) sinta-se amada (o) e cuidada (o) e necessária (o) e apreciada (o)”.
Seja abrangente (versos 12-14) – Jesus pede que alcancemos o pobre, o aleijado, o cego, o perdido. Nosso amor precisa ser como o amor de Deus: grande o suficiente para incluir todo o mundo. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira…” (João 3:16). Quão abrangente é o seu amor? É preciso humildade para se concentrar nos outros, em vez de em nós mesmos. É preciso humildade para se manter um espírito ensinável. A humildade não é uma opção, mas um requisito para os seguidores de Cristo.
Quando você muda o foco de si mesmo para os outros é impressionante como Deus abençoa esse espírito humilde. Ao final, você será quem ficará com a benção, porque cresceu em intimidade com Deus, na medida em que imitou a Cristo, Aquele que buscou e alcançou os rejeitados e necessitados. “Porque quem se faz de importante será humilhado; e quem se humilha será honrado” (Lucas 14:11).
Whit Criswell é um ex-banqueiro, instrutor e homem de negócios, que conhece bem as pressões do meio empresarial. Mora em Lexinghton, Kentucky, com a esposa Sandra, a filha Whitney e o filho Chad.
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